Acre
Acre se torna o primeiro estado do país a operar drone harpia para reforço no monitoramento das fronteiras pela Segurança Pública
O Acre sai na frente mais uma vez ao ser o primeiro estado a contar com drone Harpia como reforço no monitoramento da Segurança Pública, principalmente nas áreas de fronteira. O novo dispositivo vai atender todo o sistema de segurança, inclusive o Corpo de Bombeiros e também órgãos ambientais.
O secretário estadual de Segurança Pública, Américo Gaia, explica que foram mais de R$ 6,6 milhões de investimentos, provenientes de recursos do governo e de emenda parlamentar destinada pelo deputado federal Ulysses Araújo. Além disso, quatro carros foram entregues à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), totalizando um incremento de mais de R$ 7 milhões na pasta.

Foram entregues quatro caminhonetes e mais um drone harpia para reforço na Segurança. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Em sua fala, o governador Gladson Camelí destacou que a união dos poderes tem feito a diferença na gestão e enfatizou que a ação conjunta traz benefícios para toda a população.
“Estamos avançando cada vez mais com tecnologia e reforçando parcerias com a Câmara Federal, que tem nos ajudado, principalmente com recursos para a Segurança Pública. Então, queremos mostrar para o Brasil e para o mundo que há união de esforços para que a gente possa diminuir as diferenças cada vez mais”, destacou.
O estado vai contar com esse primeiro dispositivo e teve que comprar ainda um segundo. Os drones devem atender às cidades, prioritariamente do Baixo e Alto Acre, além do Juruá.
“O diferencial desse equipamento é que nós teremos imagens em tempo real durante o percurso dele durante as fronteiras do nosso estado, garantindo que a gente otimize os recursos, tanto logísticos, como humanos. Pois ele vai na área, faz esse reconhecimento e, dependendo do cenário, mobilizamos nossas aeronaves e efetivo. Assim, seremos mais cirúrgicos”, explicou Gaia.
Quatro servidores devem ar por capacitação para operar o veículo aéreo não tripulado (Vant). Gaia enfatiza, ainda, que a Segurança tem priorizado a tecnologia em favor da população e dos servidores.
“Todas as nossas rodovias que, hoje, saem das cidades em direção à fronteira são videomonitoradas. E o Vant vem para otimizar esse serviço de segurança pública”, completa.

Governador destaca a união de todas as esferas para o avanço no estado. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Tecnologia de ponta
O CEO da Advanced Technologies Security e Defense (ADTech), Bruno Santos, responsável pela fabricação do drone, explica que o equipamento tem 12 horas de autonomia, voando a 100 km/h, podendo voar até 1.200 km/h. “Ele pode levar uma carga útil, como câmera, mas também fotogrametria e outras cargas. Todo produto gerado pela carga útil do é transmitido em tempo real para o tomador de decisão, que vão observando as imagens e ar o comando para a tropa em solo ou para a equipe tática do que fazer.”
O treinamento é necessário porque, apesar de ser chamado como drone, este equipamento é tático e não civil.
“É um treinamento que vai abranger desde normas de meteorologia, aerodinâmica e também operação de carga útil do drone e a manutenção dos mesmos. O maior benefício que a gente enxerga é a proteção do servidor e também da população, porque permite um olhar avançado da Sejusp sem que o servidor seja colocado em risco e garantindo uma resposta rápida”, pontua Santos.

Gladson Camelí comemora que Acre seja exemplo no uso da tecnologia. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Acre em primeiro lugar
Também foram entregues quatro caminhonetes 4×4, com compartimento detido, totalizando R$ 1.162.000, sendo R$ 290.500 cada uma. O recurso dessa aquisição é do legado da diretoria da Força Nacional de Segurança Pública.
O governador Gladson Camelí também enfatiza que a tecnologia é a aliada ao combate ao crime organizado e que pretende apostar na modernização, para que o estado seja pioneiro em ações e espelho para outros estados. “O fato humano só vai vencer o crime organizado e contrabando com a ajuda da tecnologia. Com ações de segurança, pioneirismo, o Acre vai avançar e vamos estar sempre em primeiro lugar.”
Comentários
Acre
Número de focos de queimada no Acre cai em 2025, mas avança sobre áreas já desmatadas
O Acre registrou uma queda significativa no número total de focos de queimada no primeiro semestre de 2025, segundo dados da plataforma TerraBrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram contabilizados 61 focos entre janeiro e junho deste ano, uma redução de mais de 55% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o estado registrou 137 ocorrências.
Apesar da diminuição expressiva no número total, o perfil das áreas atingidas chama a atenção: a maioria dos focos de 2025 ocorreu em regiões já degradadas. Do total registrado, 31 focos (50,8%) aconteceram em áreas de desmatamento consolidado, enquanto 28 (45,9%) foram em áreas de desmatamento recente. Apenas dois focos, o equivalente a 3,3%, ocorreram em áreas de vegetação nativa.
Em 2024, o cenário era diferente. A maior parte dos focos de queimada, 82 (59,9%), ocorreu em áreas de desmatamento recente. Outros 44 (32,1%) foram registrados em regiões de desmatamento consolidado, e 11 (8%) atingiram vegetação nativa.
Comentários
Acre
ICMBio fecha o cerco contra criadores de gado na Resex Chico Mendes
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realiza neste final de semana entre sábado e domingo, 07 e 08, uma operação de fiscalização na Reserva Extrativista Chico Mendes, com o apoio de forças de segurança, para combater o desmatamento ilegal e a criação irregular de gado em áreas protegidas, em Xapuri (AC). A ação integra uma mobilização nacional e ocorre em pontos considerados críticos da reserva.
O videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, esteve no Seringal Maloca, onde funciona uma base do ICMBio, e conversou com Carla Lessa, gerente regional do instituto, que explicou os objetivos e procedimentos da operação. Segundo ela, a ação foca em áreas onde já houve notificações e autuações, mas que continuam sendo desrespeitadas por moradores.
“É importante a gente contextualizar que a Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada na década de 90. Ela envolve sete municípios, são cerca de 5 mil famílias que conhecem o uso do território, o limite do uso do território. A gente tem um acordo com as comunidades, que é o plano de utilização, onde tem regras e solicita-se autorização para desmate, para uso do território. E a gente tem, em paralelo com as ações sociais e econômicas, a fiscalização como atribuição do ICMBio. No processo de fiscalização, a gente autua, multa, embarga a área e, em algumas situações, a gente notifica para retirada do gado. Essas ações muitas vezes são feitas pela equipe local, só que quando a situação extrapola, que é o que infelizmente tem acontecido, a reserva Chico Mendes hoje configura como a mais desmatada na Amazônia, a gente precisa de algumas ações mais enérgicas de retirada desse gado. E é isso que a gente está começando a fazer aqui, mas com alvos específicos, onde, repito, tem ações judiciais, tem ações de saída de moradores irregulares, reiteradas notificações para retirada de gado e não cumpridas. Então, nesse momento aqui, o foco são esses alvos, não especificamente só aqui em Xapuri, mas são alvos com essa característica”, explicou.
Questionada sobre o número de pessoas notificadas, Carla Lessa afirmou que são muitas e que a fiscalização se concentra em moradores que fazem uso inadequado do território. “O número exato de pessoas notificadas são muitas. Infelizmente, muitos moradores utilizam de forma inadequada o seu espaço, a sua colocação. A unidade tem um plano de utilização que define o percentual da área que é usada e a forma como deve ser usada. Não é proibido o gado, o problema é que você não pode extrapolar conforme o tamanho da sua área, o tamanho da sua colocação, o limite. Essas pessoas são notificadas, são multadas, são aconselhadas a não reutilizar, deixar regenerar a área que eles mataram. Isso tem sido feito continuamente, mensalmente, nas ações da Unidade de Conservação. E, repito, aqui a gente está só vindo em casos extremos, onde realmente a situação chegou às vias judiciais ou de forma istrativa, foram reiteradas solicitações de retirada do gado e descumprimento por parte do autuado”, ressaltou.
Durante a visita da equipe de reportagem, foi possível observar animais sendo isolados em algumas localidades. A gerente explicou como será feita a destinação desse gado apreendido. “Uma vez que a gente determina que o gado está apreendido, esse gado a a ser responsabilidade do ICMBio, em parceria com o Idaf, que é o órgão sanitário responsável, que quantifica os animais, avalia a situação sanitária e cabe ao ICMBio dar a destinação final do gado. Então, esse manejo agora é de responsabilidade nossa”, destacou.
Ainda segundo Carla Lessa, o levantamento do número total de animais e propriedades envolvidas está em andamento. “A gente está levantando e o Idaf está aqui, desde ontem, fazendo esse levantamento para nós. A gente não tem esse dado claro porque é um levantamento contínuo. Então, a gente tem algumas prioritárias, sim, mas é um trabalho que vai continuar ao longo do ano, que o objetivo final, realmente, é reduzir o desmatamento na reserva Chico Mendes”, finalizou.
ASSISTA AO VÍDEO:
Comentários
Acre
“Essa novela precisa acabar! O nosso partido é acre”, afirma Nicolau Júnior
Deputados estaduais, liderados pelo presidente de ALEAC, Nicolau Júnior, percorrem a BR 364 pra gritar por socorro
“Precisamos de união e de um esforço conjunto para mudar a história da BR 364. Com o compromisso de todos teremos força para melhorar a vida do nosso povo”.

Foto: Sérgio Vale
Essa foi a mensagem do presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior, ao final da caravana de deputados estaduais, federais e do senador Petecão, além de lideranças da sociedade civil organizadas e prefeitos, que percorreram entre quinta e sexta, a BR 364 para fiscalizar as condições da estrada.
A mobilização é mais do que importante e válida. O movimento da Comissão Parlamentar Permanente em Prol da BR 364 é mais do que necessário. E unir as forças políticas do Acre é o único caminho para que, de forma definitiva a situação, e para que se possa resolver esse problema crônico que é a BR 364.

Foto: Sérgio Vale
“Por aqui a não só a produção de metade dos municípios do Estado. Esta estrada é o caminho para quem precisa de atendimento médico na capital, ou em Cruzeiro do Sul e podem ter certeza: as boas condições de trafegabilidade da estrada podem ser a diferença entre viver e morrer para quem precisa de atendimento de emergência. Do jeito que está, lamentavelmente, a BR 364 se torna uma sentença de morte, para quem precisa de socorro”, afirmou com veemência o presidente Nicolau Júnior.
Ao final da caranava, após 14 horas de viagem, já no sábado pela manhã, no CEANOM, em Cruzeiro do Sul, com todas as lideranças reunidas, foi assinado um documento conjunto que será entregue ao Governo Federal, em que é destacada a importância social e econômica da BR 364.

Foto: Sérgio Vale
“Precisamos da união de todos, inclusive dos nossos parlamentares que podem ajudar com suas e mendas parlamentares, destinando-as para as obras de reconstrução da BR. Não é hora de brigas políticas e ideológicas. Essa novela tem que acabar de uma vez por todas. É hora de pensar no nosso maior partido que é o Acre”, finalizou o presidente da ALEAC, Nicolau Júnior.
Você precisa fazer para comentar.