Acre
Após MDB e PSDB, PP lidera oposição em tentativa de derrotar o PT
Herdeiro do espólio político do tio, o ex-governador Orleir Cameli (1995-1998), morto em 2013 vítima de câncer, Gladson caiu no gosto popular, visto como a jovem liderança da política acreana.
Em suas duas décadas de domínio hegemônico do poder no Acre, o PT já enfrentou vários adversários que tentaram lhe derrotar. Os mais fortes nesse duelo foram o MDB de Flaviano Melo e o PSDB, à época, capitaneado por Tião Bocalom.
As duas legendas saíram do papel principal e aram a ser coadjuvantes. Na linha de frente, agora, está o Partido Progressistas, ou simplesmente Progressistas.
Na atual moda de mudança de nome das siglas como tentativa de amenizar os danos causados pela Lava Jato, as legendas am uma maquiagem para se apresentar melhor ao eleitorado.
Junto com o PT e o PMDB (melhor dizendo, MDB), o PP formava a trinca de partidos que liderava o esquema de corrupção dentro da Petrobras.
No Acre, os progressistas são liderados pelo senador Gladson Cameli, a sua principal e única liderança expressiva.
Até 2012 o PP estava no colo do PT, formando a Frente Popular do Acre (FPA). Percebendo que não tinha condições de alçar voos mais altos por conta do domínio dos irmãos Viana, o então deputado federal Gladson Cameli rompeu com o grupo de olho na disputa ao Senado, dali dois anos.
Herdeiro do espólio político do tio, o ex-governador Orleir Cameli (1995-1998), morto em 2013 vítima de câncer, Gladson caiu no gosto popular, visto como a jovem liderança da política acreana.
Desde sua eleição ao Senado, em 2014, com uma vitória acachapante sobre a candidata do governo, Perpétua Almeida (PCdoB), Gladson assumiu de vez as rédeas da oposição, tirando de cena as velhas figuras do grupo, incluindo Bocalom, o que mais chegou perto, em 2010, de tirar o PT do Palácio Rio Branco.
As urnas nem bem tinham sido fechadas quatro anos atrás e Gladson já era apontado como o governador eleito em 2018. Os oposicionistas ainda buscavam um acordo de paz interno para chegarem vivos ao fim do segundo turno entre Márcio Bittar, então no PSDB, e Sebastião Viana (PT).
A reeleição do petista reforçou ainda mais a figura de Gladson Cameli como o grande nome da oposição em 2018. PSDB e MDB, que até bem pouco tempo tinham grande poder de barganha, precisaram buscar um novo lugar ao Sol.
Os tucanos agora são vice na chapa encabeçada pelo PP; o MDB até chegou a bater o pé pela cadeira, mas se conteve com Bittar para o Senado.
Apesar de ainda ter muitos cabelos pretos, Gladson Cameli conseguiu realizar o que os cabeças brancas foram incapazes: unificar a oposição.
Os petistas sempre acusaram os adversários de ser um “balaio de gatos” por, a cada aproximação de eleição, irem às farpas na disputa por espaços.
O progressista, como numa tacada de mestre, conseguiu colocar cada peça no seu devido lugar. O principal problema resiste em Bocalom, que não aceitou ser retirado da presidência do Democratas e alimenta a candidatura do policial militar Ulysses Araújo.
O coronel do PSL tenta surfar na onda de popularidade do presidenciável Jair Bolsonaro. Conforme a última pesquisa Delta, essa transferência não ocorreu até o momento.
Dentro da oposição os progressistas são os mais estruturados. A possibilidade de vencer a eleição tem atraído muitos aliados. A fadiga dos 20 anos de petismo também ajuda o jovem Gladaon, que, com sua imagem, ofusca todos os problemas que envolvem seu partido no plano nacional.
O carisma do senador faz até os acreanos se esquecerem do governo de seu tio, marcado por escândalos de corrupção e má gestão na istração do Estado. Essa será a principal tática dos petistas: relembrar o governo Orleir Cameli.
Essa longeva sustentação do PT no poder, contudo, deve-se ao apoio da própria família Cameli no Vale do Juruá, a região que concentra a maior resistência ao vianismo no Acre.
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Acre
Gonzaga visita feira Rondônia Rural Show e conhece acreanos que levaram a farinha do Acre para as mesas dos rondonienses
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Luiz Gonzaga, visitou nesta quinta-feira (29) a feira de agronegócio Rondônia Rural Show Internacional, que ocorre entre os dias 26 e 31 de maio, na cidade de Ji-Paraná.
Gonzaga lidera a comitiva de parlamentares e empresários acreanos que foram ao estado de Rondônia participar da feira e tratar de parcerias comerciais.
De acordo com Gonzaga, a comitiva acreana se faz presente na Rondônia Rural Show com o objetivo de apresentar os produtos acreanos aos demais estados da região Norte e também para conhecer de perto novas experiências de produção e industrialização de produtos agrícolas.
Durante a visita à feira, Gonzaga conheceu um casal de Tarauacá, no Acre, que apostou na farofa como um produto essencial na mesa dos rondonienses. O casal James Amorim e Ana Paula afirmam que a marca Farofas Acreana tem feito um grande sucesso no estado vizinho, levando a essência acreana para outras regiões do Norte e gerando emprego e renda.
“É uma oportunidade de mostramos nossos produtos aos participantes da feira e conhecermos pessoas como o James e a Ana Paula que vieram de Tarauacá para apostarem em outro estado e ainda mais com produtos da nossa região. Isso mostra o grande potencial de produção do Acre”, disse Gonzaga.
James conta que hoje o casal é referência na venda de farinha acreana em sono rondoniense.
“Trouxemos a farofa do Acre, a nossa farinha, para o estado de Rondônia. Estamos há mais de 15 anos aqui e encontramos em Rondônia uma oportunidade de negócio. Tivemos a ideia de fazer a Farofas Acreana com farinha do Acre e tivemos uma aceitação muito grande. Hoje somos referência da farinha acreana em Rondônia”, disse James.
O deputado estadual Gilberto Lira afirmou que é uma satisfação encontrar conterrâneos que levam produtos do Acre para serem comercializados em outras regiões do Brasil.
“É uma felicidade encontrar conterrâneos que estão vencendo em outros estado com produtos da nossa terra. Estamos aqui na feira aprendendo e vamos levar esse aprendizado para nosso estado”, disse Lira.
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Cerol faz duas vítimas em Cruzeiro do Sul e reacende alerta sobre riscos em brincadeiras com pipas
Motociclista sofre corte na garganta e pedestre é atingido em via movimentada; autoridades reforçam fiscalização e pedem denúncias
Cruzeiro do Sul (AC) — Dois acidentes graves envolvendo o uso de linhas com cerol e chilena voltaram a acender o alerta das autoridades sobre os perigos dessa prática ilegal na tarde da última quarta-feira (28), em diferentes bairros de Cruzeiro do Sul. Um pedestre e um entregador de aplicativo foram feridos quase simultaneamente em ocorrências distintas, causando apreensão entre moradores e reacendendo o debate sobre segurança pública.
O primeiro caso ocorreu na Avenida Lauro Muller, no bairro João Alves, uma das mais movimentadas da cidade, onde o pedestre Sebastião, de 56 anos, foi surpreendido por uma linha de pipa com cerol que ficou estendida sobre a via. Ele teve ferimentos leves, mas o risco de um acidente mais grave causou indignação entre os que presenciaram o ocorrido.
Minutos depois, no bairro da Baixa, o jovem Luiz Felipe Oliveira do Nascimento, de 19 anos, sofreu um corte profundo na garganta e nos dedos enquanto realizava a última entrega do dia em sua motocicleta. A vítima relatou que só conseguiu se livrar da linha chilena — um tipo ainda mais cortante — porque portava um canivete, com o qual conseguiu cortar o fio.
“Quando senti pegando na garganta, tentei parar com a mão, mas cortei todos os dedos. Era linha chilena, parecia um fio”, contou Luiz Felipe, ainda visivelmente abalado. “Minha mãe poderia ter me recebido de outro jeito. Saí para trabalhar e poderia não ter voltado”, desabafou.
A empresa em que o jovem trabalha informou que adotará medidas de segurança, como o fornecimento de protetores de pescoço para os entregadores. Ainda assim, o medo permanece entre os profissionais que atuam diariamente nas ruas da cidade.
O uso de cerol e linha chilena é proibido por lei e considerado crime. As autoridades locais, incluindo a Polícia Militar e os órgãos de trânsito, anunciaram o reforço na fiscalização e solicitaram à população que denuncie práticas perigosas, como o uso de linhas cortantes, pelos canais oficiais — entre eles o telefone 190 e o aplicativo da PM.
Além de motociclistas, pedestres e ciclistas também estão sob risco constante, especialmente em finais de semana e férias escolares, períodos em que a soltura de pipas se intensifica. A PM reforça: lazer sim, mas com responsabilidade. O uso de cerol pode transformar uma simples brincadeira em tragédia.
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Preso em flagrante: Monitorado por tornozeleira é detido com drogas e simulacros em área de mata de Rio Branco
Airon Aquino, de 21 anos, foi capturado pelo Bope com mais de 1,6 kg de entorpecentes no bairro da Paz
Um monitorado por tornozeleira eletrônica, identificado como Airon Aquino Rodrigues, de 21 anos, foi preso na tarde desta quinta-feira (29), acusado de tráfico de drogas, em uma área de mata na Rua Anápolis, no bairro da Paz, região marcada pelo intenso comércio ilegal de entorpecentes.
Segundo informações do Batalhão de Operações Especiais (Bope), equipes da Companhia de Choque e da ROTAM realizavam patrulhamento de rotina quando avistaram dois indivíduos em atitude suspeita dentro da vegetação. Ao perceberem a aproximação policial, os suspeitos fugiram, se separando durante a tentativa de escape.
Airon, que carregava uma mochila, foi perseguido e alcançado pelos militares. Durante a revista pessoal, nada foi encontrado com ele, mas, ao inspecionarem a bolsa, os policiais localizaram 1,4 kg de maconha, 100 g de cocaína, 94 pedras de crack, 199 trouxinhas de cocaína e dois simulacros de pistola.
Diante das evidências, o jovem recebeu voz de prisão e foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde permanece à disposição da Justiça. A polícia segue em busca do segundo suspeito que conseguiu fugir pela mata.
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