Acre
Área de proteção terá trilha ecológica e turismo de base comunitária
Os cinco mil hectares da Área de Proteção Ambiental (APA) Jará, localizada em Juruti, no oeste do Pará, terão uma trilha ecológica e um projeto de turismo de base comunitária. Um dos objetivos da iniciativa é gerar renda de forma sustentável para as comunidades locais.
O projeto Promoção do uso público da APA Jará, realizado pelo instituto de pesquisa Imazon em parceria com a prefeitura de Juruti, prevê também ações de educação ambiental e um curso de comunicação para jovens difundirem informações sobre a APA Jará nas redes sociais.
Para o pesquisador do Imazon, Jeferson Figueira, as áreas protegidas são importantes ferramentas para a promoção da educação ambiental no município. “Além disso, a APA Jará promove serviços ecossistêmicos como a captura de carbono da atmosfera, guarda grande biodiversidade de fauna e flora e ainda pode ser um espaço de recreação e lazer para a população jurutiense, promovendo saúde e bem-estar”, explicou, em nota.
Figueira e a pesquisadora Jarine Reis, também do Imazon, apresentaram o projeto durante a reunião do conselho gestor da unidade de conservação, realizada no final de março. Na ocasião, foi estabelecido um cronograma das atividades que serão realizadas, incluindo a sensibilização das comunidades locais sobre o potencial do turismo de base comunitária, a abertura da trilha, a capacitação para os condutores da trilha e o curso de comunicação.
A previsão é que a trilha esteja concluída no fim de maio deste ano e que os cursos de capacitação de condutores ocorram em junho, para depois receber os turistas.
“Buscamos não apenas abrir as portas da APA Jará para visitantes, mas também fortalecer o vínculo entre nossa população e a riqueza natural que nos cerca”, disse a Secretária de Meio Ambiente de Juruti, Nayme Couto, em nota. A expectativa é que isso ajude a mobilizar as pessoas na defesa da APA frente a crimes ambientais como o desmatamento e a degradação florestal.
Segundo a secretária, com a promoção do turismo sustentável, cria-se oportunidades para que a comunidade local compartilhe histórias, tradições e conhecimentos, ao mesmo tempo, em que ocorre a proteção e valorização do patrimônio ambiental, além da geração de renda. “É um o significativo para unir conservação e desenvolvimento comunitário, trazendo benefícios reais para todos nós”, acrescentou.
“Com a APA Jará, Juruti se destaca como um modelo de equilíbrio entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável. O projeto reforça a importância de parcerias entre sociedade civil, setor privado e poder público na construção de soluções eficazes para a proteção da Amazônia”, disse a pesquisadora Jarine, do Imazon. O projeto tem financiamento da Alcoa Foundation.
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Acre
Se PCCR não for enviado à Aleac, greve na saúde deve ser deflagrada em 17 de junho

Foto: Sérgio Vale
Durante entrevista ao programa Boa Conversa – Edição Aleac, o deputado estadual Adailton Cruz (PSB) confirmou nesta terça-feira, 27, que os trabalhadores da saúde do Acre irão entrar em greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 17 de junho. Segundo ele, a decisão foi tomada em assembleia geral das categorias, que cobram, entre outros pontos, o envio imediato do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da saúde para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
“A Assembleia Geral decidiu por unanimidade que a saúde do Acre entra em greve de forma indeterminada a partir do dia 17 de junho. Um dos objetivos dessa greve geral, além da situação do cenário de saúde como um todo que a sociedade está acompanhando, por exigir melhorias, é também que o plano de carreiras da Secretaria de Saúde chegue aqui na Assembleia para ser apreciado, e até o momento não chegou e os prazos já foram extrapolados. Então, as categorias, os sindicatos deliberaram, vão entrar de greve por tempo indeterminado a saúde do Acre inteiro a partir do dia 17 de junho, e eu vou estar junto com a nossa área, com a nossa saúde, porque a causa é justa e eu defendo e apoio”, afirmou o parlamentar.

Foto: Iago Nascimento/ac24horas
O deputado também comentou informações que circulam nos bastidores de que o PCCR estaria atualmente em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE), aguardando o relatório do quadro fiscal para, então, seguir para a Casa Civil e, posteriormente, para a Aleac.
“Eu espero que esses ajustes sejam feitos, porque se não for, a gente vai ter que trabalhar aqui dentro da Assembleia para fazer, porque são ajustes mínimos e cada categoria que pleiteou é justo. A Sesacre, inclusive, reuniu com a equipe e já se comprometeu a fazer esses ajustes. A gente está esperando que até sexta, inclusive, eles concluam. Mas como todos os prazos já foram extrapolados, o limite agora será dia 17 de junho. Então, se o projeto chegar aqui e os ajustes forem feitos, certamente, e às outras providências com relação aos técnicos que a gente trabalha forem feitas, certamente a greve será suspensa. Agora, se não for, vai parar e já está decidido e eu espero que seja. Eu acredito, sim, Marcos, que esses ajustes serão feitos, até porque houve o compromisso da própria gestão, da secretaria, em estar fazendo. Então, a gente está aguardando”, reforçou.
Adailton também foi questionado sobre a possibilidade de o projeto chegar à Aleac sem contemplar os ajustes solicitados pelas categorias. “Chegando aqui, se os apontamentos que foram feitos não tiverem sido corrigidos, e tem uns, inclusive, que são graves, se não for, pode até inviabilizar todo o processo, vamos chamar as categorias, vamos chamar a Casa Civil, a própria Sesacre, a Secretaria de Fazenda, e exigir que sejam feitos os ajustes. Se, em todo caso, persistir, vamos usar os nossos direitos regimentais de apresentar emenda. Mas eu acredito que o projeto deve chegar aqui já com os ajustes feitos. Espero que assim seja e que a saúde adormeça ou suspenda essa espera aí de 25 anos por um plano de carreira digno para cada um”, finalizou.
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Acre
17% das câmeras de segurança de Rio Branco estão inoperantes

Foto: Whidy Melo
Lançado em 22 de dezembro de 2022 pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e ao custo inicial de R$ 3.811.536,00, o programa Rio Branco Mais Segura prometia revolucionar a segurança pública na capital acreana com a instalação de 324 câmeras de videomonitoramento em pontos estratégicos, sendo uma resposta do executivo municipal ao clamor social e político pela criação de uma Guarda Municipal. Contudo, menos de três anos após o início, 17% das câmeras entregues à Sejusp – que ficou responsável pela operação do programa – estão inoperantes. Casos de vandalismo e furto de equipamentos expõem fragilidades no sistema que, no lugar de inibir o crime, virou alvo das ações criminosas.
Das 332 câmeras instaladas pelo programa, apenas 267 permanecem em funcionamento. A maioria das 65 câmeras desativadas foi comprometida por rompimento de fibra óptica ou furto de cabos elétricos. “Em parte, os atores identificados são indivíduos em situação de rua que furtam cabos e danificam equipamentos em busca de bens monitorados”, informou a assessoria da Sejusp. A pasta esclarece que, embora o monitoramento 24 horas permita ações preventivas, as câmeras “não se autoprotegem”, e os danos muitas vezes só são investigados após o ocorrido.
A resposta levanta questionamentos: como equipamentos projetados para coibir crimes podem ser alvos de furtos sem repressão eficaz? A Sejusp afirma que os responsáveis, quando são identificados, são conduzidos à delegacia, mas frequentemente liberados em audiências de custódia, o que pode contribuir para a reincidência.

Foto: Whidy Melo
Além das câmeras do programa Rio Branco Mais Segura, a Sejusp gerencia outras 121 câmeras instaladas em Rio Branco desde o primeiro mandato do governador Gladson Cameli, em 2019. Dessas, 30 foram substituídas devido a defeitos ou obsolescência, já que muitas datavam de 2013 ou até de 2004, como as localizadas na rua Piauí, no bairro Dom Giocondo, e em frente ao estádio José de Melo. A pasta destaca que esses equipamentos faziam parte de projetos antigos, como o “Crack é Possível Vencer”, descontinuado, e não foram priorizados nas aquisições recentes.
O investimento total da Sejusp em videomonitoramento no Acre soma mais de R$ 5,7 milhões, incluindo manutenção e ampliação para outros municípios como Xapuri e Bujari.
A Sejusp reconhece a importância do videomonitoramento como “uma ferramenta estratégica” para a segurança pública, destacando benefícios como a dissuasão de crimes, o fornecimento de evidências para investigações e a resposta ágil a emergências. “A presença visível de câmeras desencoraja infratores, e as gravações aceleram a resolução de casos”, afirma a assessoria. Contudo, a realidade de equipamentos inoperantes e a falta de proteção contra furtos sugerem falhas na manutenção e na estratégia de vigilância.
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Acre
Expoacre 50 anos: Sessão Solene vai homenagear meio século do maior evento do Acre

Foto: Reprodução
Está marcada para o próximo dia 4 de junho, às 9h, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, a Sessão Solene em homenagem aos 50 anos da Expoacre, proposta pelo deputado estadual Afonso Fernandes (Solidariedade/AC). A cerimônia promete ser um momento de celebração e reconhecimento oficial ao papel histórico que a feira desempenha no desenvolvimento do estado.
Com a data se aproximando, cresce a expectativa em torno do evento, que deve reunir produtores, empresários, autoridades, instituições e representantes da sociedade civil. A população também é convidada a acompanhar a solenidade, que marcará o início das comemorações de uma trajetória que ajudou a moldar a identidade econômica, cultural e social do Acre.
Realizada anualmente em Rio Branco — e, desde 2005, também em Cruzeiro do Sul — a Expoacre consolidou-se como a maior feira de negócios do estado. Em 2024, movimentou impressionantes R$ 391 milhões em negócios na capital. No Vale do Juruá, a edição local atingiu R$ 36,6 milhões, crescimento expressivo de quase 64% em relação ao ano anterior.

Foto: Reprodução
Mais do que números, a Expoacre representa um ponto de encontro entre campo e cidade, tradição e inovação, produtores e investidores. É um espaço onde o Acre mostra sua força empreendedora, valoriza sua cultura e reafirma sua capacidade de se reinventar.
Para o deputado Afonso Fernandes, a Sessão Solene é uma forma simbólica e necessária de reconhecer esse legado. “Não se trata apenas de comemorar uma data. Trata-se de reconhecer o papel vital que a Expoacre desempenha no desenvolvimento do nosso estado. E dar a ela o lugar de honra que merece na história do Acre”, afirma o parlamentar.
A homenagem pretende reunir lideranças políticas, representantes do setor produtivo, trabalhadores, empreendedores e personalidades que, ao longo dessas cinco décadas, contribuíram para transformar a Expoacre em uma vitrine da pujança acreana.

Foto: Reprodução
A solenidade acontece em poucos dias e promete ser um marco nas comemorações deste jubileu histórico. Será um momento simbólico que celebra não apenas um evento, mas uma história de conquistas e de orgulho para o povo do Acre.
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