Acre
Brasiléia se antecipa e institui sua Comissão de Defesa Civil
Prefeito Everaldo Gomes estabeleceu que trabalhos devem ser realizados prevendo enchente anunciadas pelos meteorologistas

Prefeito Everaldo Gomes estabeleceu que trabalhos devem ser realizados prevendo enchente anunciadas pelos meteorologistas
Convidando os representantes do Pode Judiciário, Corpo de Bombeiros, Policia Militar, Exército Brasileiro, Vereadores e seus secretários. O Prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB) criou a Comissão Municipal de Defesa Civil. O objetivo é garantir o planejamento de contingência antecipado, caso aconteça uma nova enchente no município, como a que ocorreu em 2012.
O alerta de uma possível enchente pelos serviços meteorológicos levou o prefeito e toda sua equipe a fazer um levantamento e cancelar até mesmo o carnaval de Rua. A medida preventiva aconteceu, temendo não ter condições financeiras e estruturais para montar qualquer tipo de plano emergencial para ajudar a população.
Abrindo a reunião o prefeito agradeceu a presença dos representantes dos órgãos convidados, e desejou que não houvesse uma enchente, mas que os participantes da Comissão de Defesa Civil se empenhassem em desenvolver um Plano de Contingência antecipando uma possível alagação. “Precisamos nos preparar e termos em mãos as reais condições para atuarmos e não deixar a população que mais precisa sem amparo. A formação dessa comissão vai garantir essa atenção”, frisou Everaldo.
O Capitão da Policia Militar, Romulo Modesto disse que a decisão da prefeitura em cancelar o carnaval foi acertada e que a criação da Comissão Municipal de Defesa Civil é um marco na história do município. “Havendo uma organização antecipada podemos prever o que pode ocorrer e nos anteciparmos dos fatos no socorro a população”, destacou.
O Tenente do Corpo de Bombeiros, Arleudo Batista explicou a linha de atuação da Defesa Civil Municipal e suas responsabilidades. O tenente ressaltou ainda, que o Plano de Contingência está quase pronto, e que está precisando somente da logística dos possíveis serviços que serão desenvolvidos caso ocorra à enchente.
Aprovado por todos os presentes na reunião, o Secretário de Obras do Município, Clécio Gadelha foi escolhido como presidente da Comissão de Defesa Civil. “Vamos procurar disponibilizar a logístico caso tenha a necessidade de atuação e organizaremos um o Plano de Contingência para não deixar a população desassistida pelo Poder Público Municipal”, disse Gadelha.
Os membros escolhidos para compor a comissão, são: Clécio Gadelha, presidente; Capitão Romulo Modesto; Arleudo Batista e a Secretária de Saúde, Aldenice Ferreira. Juntos os membros irão organizar os trabalhos para a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil atuar nas ações emergenciais que vierem a ocorrer no município.
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Acre
MPF investiga irregularidades na captação de água em igarapé que abastece cidade de Epitaciolândia, fronteira com a Bolívia
Inquérito civil aponta falhas em licenciamento ambiental e outorga de recursos hídricos no Igarapé Bahia, manancial compartilhado entre Brasil e Bolívia; MPF questiona competência do governo do Acre na autorização.

MPF instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na captação de água do Igarapé Bahia, que abastece o município de Epitaciolândia, no Acre, na fronteira com Cobija. Foto: captada
O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades na captação de água do Igarapé Bahia, que abastece o município de Epitaciolândia (AC), na fronteira com a cidade boliviana de Cobija.
A apuração, conduzida pelo procurador da República Luidgi Merlo Paiva dos Santos, tem como foco falhas nos processos de licenciamento ambiental e outorga de uso da água, que podem ter infringido leis federais devido ao caráter transfronteiriço do manancial.

Procurador da República Luidgi Merlo Paiva dos Santos, e acordo com o MPF, o Imac concedeu Licença Ambiental Única ao município de Epitaciolândia (Processo LAU-597/2024) para a atividade de captação de água. Foto: captada
A investigação se baseia na Notícia de Fato nº 1.10.000.000288/2025-87, que alerta para riscos na gestão do recurso hídrico compartilhado entre os dois países. O MPF argumenta que, pela Lei Complementar nº 140/2011, a análise do licenciamento deveria ser feita pela União, e não pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), que emitiu a Licença Ambiental Única (LAU-597/2024)para Epitaciolândia.
O caso surgiu após denúncia de uma suposta crise hídrica no município acreano, que levou o MP estadual a apurar o tema em 2024. Agora, o MPF avalia se a autorização concedida pelo Imac configura invasão de competência federal, dado o impacto binacional do projeto.
O Igarapé Bahia marca a divisa territorial entre Epitaciolândia e Cobija, exigindo coordenação entre os países para evitar conflitos ambientais e de soberania.

Igarapé Encrenca, que abastece cidade de Epitaciolândia, está visivelmente vazio em 2024. Foto: cedida
Moradores da cidade de Epitaciolândia, distante 240 km de Rio Branco, sofreram com o desabastecimento de água após a seca que fez com que o Igarapé Encrenca, curso de água que abastece a cidade, ficasse praticamente vazio no mês de setembro de 2024. Com isso, a população local ava de cinco a oito dias sem o abastecimento de água.
O local onde fica a ETA de Epitaciolândia, as margens do ‘Igarapé Encrenca’ na zona urbana do município ou por obras de dragagem para aumentar a capacidade de armazenamento de água e, assim, garantir o abastecimento da população.
A obra iniciou em maio do ano ado e foi feita pelo Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) com apoio do Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre), para sanar a maior falta de abastecimento de agua potável em Epitaciolândia, o serviço de água no município trabalha a mais de 60 anos por parte do estado.
Contingência
Na época que o município sofreu o desabastecimento o governo do Acre montou um ‘Gabinete de Crise’ para discutir e tomar as devidas medidas com redução dos índices de chuvas e dos cursos hídricos, bem como do risco de incêndios florestais.
O decreto com a criação deste grupo foi publicado no último dia 26 de junho 2024, em edição do Diário Oficial do Estado (DOE), e ficou em vigência até dia 31 de dezembro do mesmo ano.
Antes o estado já tinha decretado, no dia 11 de junho, emergência ambiental por causa da redução da quantidade de chuvas e riscos de incêndios florestais. O decreto de nº 11.492 foi publicado no Diário Oficial do Estado e é válido para os 22 municípios acreanos.
O estado também decretou emergência por conta da falta de chuvas, no mesmo dia, com validade até o fim daquele ano.
O decreto apontava para o baixo índice de chuvas para o período, aumento das temperaturas e queda nos percentuais de umidade relativa do ar, além do alerta para possível desabastecimento, sendo o caso de vários municípios do estado neste verão de 2024.

Igarapé Encrenca ou por obras de dragagem para aumentar a capacidade de armazenamento de água e, mesmo assim com a estiagem forte a situação continuou critica no final deste mês de agosto de 2024 – Foto/arquivo
O igarapé divide territorialmente Epitaciolândia (Brasil) e Cobija (Bolívia), o que impõe uma competência federal na análise do licenciamento, conforme prevê a Lei Complementar nº 140/2011, uma vez que o empreendimento tem implicações transfronteiriças.
O prazo inicial do inquérito é de um ano, podendo ser prorrogado conforme o andamento das investigações.
Defesa do governo do Acre:
Embora não tenha se manifestado oficialmente sobre o inquérito, o estado justificou a obra como emergencial diante do colapso no abastecimento. O Saneacre afirma que o sistema atende Epitaciolândia há seis décadas, mas a expansão foi necessária devido ao crescimento da demanda.
O MPF deve ouvir órgãos ambientais federais, como o Ibama, e analisar se a licença estadual fere acordos binacionais ou afeta o curso d’água na Bolívia.

Foi realizada ano ado a implementação de 1.700 metros de adutora para fazer a captação complementar e instalação de uma bomba submersa e um gerador de energia para o funcionamento do sistema.
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EXCLUSIVO: Presidente do CRM-AC é alvo de apuração do TCE por acúmulo de vínculos
Investigação atinge mais de R$ 3,4 milhões recebidos; caso se intensifica após recomendação polêmica da presidente que gerou reação de parlamentares acreanos
A presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), Dra. Leuda Dávalos, tornou-se alvo de investigação formal pelo Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) por suspeita de acúmulo de vínculos públicos, jornadas incompatíveis e recebimento indevido de salários. O processo foi registrado sob o número 999999.002479/2025-68 e já se encontra na Secretaria de Controle Externo do tribunal para início das diligências técnicas.
A denúncia se baseia em informações coletadas a partir dos portais da transparência da SESACRE, SEMSA e do próprio CRM-AC, que apontam para a existência de múltiplos vínculos funcionais mantidos simultaneamente pela médica. Conforme verificado, Dra. Leuda possui contrato efetivo com a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), vínculo temporário com a Secretaria Estadual de Saúde (SESACRE) como médica auditora no HUERB, além de exercer a presidência do CRM-AC — uma função que exige dedicação contínua à frente da autarquia. Soma-se ainda sua atuação como supervisora do Programa Mais Médicos, do Governo Federal.
Documentos e registros indicam que apenas no ano de 2019, a médica teria cumprido mais de 6 mil horas somando os três vínculos — o que corresponderia a 251 dias de trabalho ininterrupto. A incongruência entre essa carga horária e a presença constante da presidente em compromissos oficiais do CRM-AC levanta dúvidas sobre a efetiva prestação de serviços em todas as instituições.
Como exemplo concreto, há documentos internos da SESACRE que indicam que a Dra. Leuda estaria formalmente lotada no Pronto-Socorro de Rio Branco (HUERB) todas as sextas, sábados e domingos, no período de 7h da manhã às 19h, atuando no setor de faturamento. No entanto, não há qualquer comprovação oficial de frequência efetiva nesses turnos. Pelo contrário, imagens publicadas em redes sociais do próprio CRM-AC demonstram sua presença recorrente em eventos públicos, reuniões e solenidades institucionais nesses mesmos dias e horários, inclusive em diferentes cidades, o que torna fisicamente impossível a permanência simultânea no hospital. Apesar disso, os contracheques apontam o recebimento integral das remunerações referentes ao contrato, somadas àquelas da SEMSA e do próprio CRM-AC.
Segundo dados preliminares, os valores recebidos por Dra. Leuda nesses contratos ultraam R$ 3,4 milhões nos últimos anos. Embora o acúmulo de cargos públicos seja permitido a médicos em situações específicas, a ausência de compatibilidade de horários, se confirmada, configura infração istrativa grave, podendo ensejar devolução de valores ao erário, perda de cargos e outras sanções previstas em lei.
A abertura da investigação ocorre em meio a um ambiente já politicamente sensível. Recentemente, a presidente do CRM-AC foi protagonista de uma recomendação institucional polêmica, criticada por parte da categoria médica e considerada precipitada por diversos setores. A medida desagradou familiares de alunos de medicina e políticos locais, gerando desgaste público e institucional. O episódio levou inclusive senadores do Acre a enviarem ofícios ao Conselho Federal de Medicina (CFM), questionando a conduta da presidente e solicitando maior rigor ético e transparência na gestão do conselho regional.
A expectativa agora recai sobre os desdobramentos da apuração em curso no TCE-AC, que poderá comprovar se houve ou não dano ao erário e violação dos princípios da moralidade, legalidade e eficiência na istração pública. Autoridades de controle, como o Ministério Público e a Controladoria-Geral do Estado, também podem ser instadas a atuar no caso.
O episódio lança luz sobre a importância da responsabilidade no exercício de cargos públicos, especialmente em instituições que deveriam representar a ética e a seriedade da medicina acreana.
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Direção-geral da Polícia Civil do Acre realiza reunião estratégica para avaliação da gestão e avanços institucionais

Delegado-Geral Dr. Henrique Maciel conduz reunião estratégica com a cúpula da PCAC para avaliação da gestão e definição de novas metas. Foto: cedida.
Na tarde desta sexta-feira, 6, o Delegado-Geral da Polícia Civil do Acre (PCAC), Dr. Henrique Maciel, reuniu-se com a cúpula da instituição para uma avaliação dos principais avanços da atual gestão e definição de novas estratégias para o fortalecimento da segurança pública no estado. A reunião ocorreu na sede da Direção Geral, em Rio Branco, e contou com a participação dos diretores de departamentos, corregedores, coordenadores e chefes de unidades especializadas.
Diversos temas estratégicos foram debatidos, entre eles a execução e captação de recursos por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNS) e do Fundo Especial da Polícia Civil (FUNESPC), além do andamento de projetos de infraestrutura e modernização da instituição. Um dos principais anúncios foi o retorno das atividades da 1ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro Cadeia Velha, que ou por obras de revitalização.
Também foi destacada a entrega em breve de importantes reformas em unidades como o Complexo da Cadeia Velha, o Núcleo Qualivida e a Delegacia de Rodrigues Alves, além da inauguração da nova Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), voltada ao enfrentamento de crimes digitais no estado.
Durante o encontro, foi discutida ainda a criação do Núcleo de Recuperação de Ativos, que funcionará sob a coordenação da Divisão Estadual de Investigação Criminal (DEIC), com o objetivo de fortalecer a estrutura, investimento e custeio com os bens apreendidos em razão dos crimes.
A equipe técnica apresentou o planejamento para novas obras e reformas, contemplando delegacias e núcleos do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) nas cidades de Rio Branco (Tucumã, 1ª e 3ª regionais), Capixaba, Xapuri, Brasiléia, Cruzeiro do Sul e Sena Madureira.
A capacitação contínua dos policiais civis foi outro ponto fundamental da pauta. Foram apresentadas propostas de novos cursos e treinamentos por meio da Academia de Polícia (ACADEPOL), com foco no aprimoramento das investigações e no enfrentamento qualificado à criminalidade.
A distribuição de veículos e equipamentos modernos às unidades da capital e do interior também foi avaliada, reforçando o compromisso da gestão com a valorização e estruturação da Polícia Civil.
Para o Delegado-Geral Dr. Henrique Maciel, o momento é de consolidação de conquistas e de projeção para um futuro ainda mais eficiente e estruturado.
“Estamos realizando um balanço estratégico que mostra o quanto avançamos em pouco tempo, com entregas concretas, modernização das estruturas e fortalecimento do nosso corpo técnico e operacional. Com o apoio incondicional do governador Gladson Cameli, seguimos firme na missão de prestar um serviço de excelência à população acreana, combatendo o crime com inteligência, estrutura e comprometimento. O que estamos planejando para os próximos meses representa um novo salto para a Polícia Civil do Acre”, enfatizou.
A reunião encerrou-se com a definição de metas para o segundo semestre de 2025, com foco na redução dos índices de criminalidade, intensificação do trabalho investigativo e valorização permanente dos servidores da segurança pública.
Fonte: PCAC
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