Brasil
Contas públicas têm déficit de R$ 21,3 bilhões em julho; dívida avança para 78,5% do PIB
Números foram divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central. Na parcial do ano, déficit das contas públicas cresceu e atingiu R$ 64,8 bilhões.

As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 43,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, o equivalente a 0,78% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central no começo desta semana. At/GN
Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira (30).
– O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há superávit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.
O resultado representa melhora frente ao mesmo mês do ano ado, quando o rombo somou R$ 35,8 bilhões.
De acordo com o BC, o déficit das contas públicas em julho foi resultado do desempenho das contas do governo federal, dos estados, municípios e também das empresas estatais.
Veja abaixo:
- governo federal registrou déficit de R$ 8,61 bilhões em julho;
- estados e municípios tiveram saldo deficitário de R$ 11 bilhões;
- empresas estatais apresentaram saldo negativo de R$ 1,7 bilhão.
Parcial do ano e meta fiscal
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas públicas apresentaram um resultado negativo de R$ 64,8 bilhões, o equivalente a 0,98% do PIB.
Esse foi o pior saldo, para esse período, desde 2020, o pior ano da pandemia da Covid-19, quando foi registrado um déficit de R$ 448,8 bilhões.
Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões para as contas do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais).
A meta é zerar o déficit para as contas do governo federal. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). Ou seja, pode haver variação de até R$ 28,75 bilhões, para cima ou para baixo, em relação ao objetivo.
Com isso, o setor público pode apresentar um resultado negativo de até R$ 42,07 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida.
Após despesas com juros
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 1,12 trilhão nas contas do setor público em doze meses até julho – o equivalente a 10% do PIB.
Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
É a primeira vez desde abril de 2021 que o déficit do setor público brasileiro, na proporção com o PIB, atinge 10% do PIB.
O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano, após duas manutenções seguidas.
Segundo o BC, em doze meses até julho deste ano, as despesas com juros nominais somaram R$ 870 bilhões (7,73% do PIB).
Dívida pública
A dívida do setor público consolidado registrou alta de 0,7 ponto percentual do PIB no último mês, ando de 77,8% do PIB, em junho deste ano, para 78,5% do PIB em julho – o equivalente a R$ 8,8 trilhões.
O atual patamar é o mais alto desde outubro de 2021 – quando somou 7%,2 do PIB. Ou seja, é o maior nível em quase três anos.
O reequilíbrio das contas públicas é considerado importante pelo mercado financeiro para evitar uma disparada da dívida brasileira – indicador que é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco.
- Governo e mercado veem dívida pública em tendência de alta; entenda efeitos na economia e comparação com outros países
No governo Lula, a dívida pública avançou 6,8 pontos percentuais, pois estava em 71,7% do PIB no fechamento do ano de 2022.
- A gestão petista aprovou, no fim de 2022, a PEC da transição, e depois o arcabouço fiscal (a nova regra para as contas públicas).
- As regras ampliaram em cerca de R$ 170 bilhões em gastos públicos por ano, recursos destinados a áreas como saúde, educação, benefícios previdenciários, investimentos e emendas parlamentares.
- Mesmo com o arcabouço fiscal, os analistas do mercado financeiro estimaram, de acordo com pesquisa do Banco Central, que a dívida pública brasileira deve atingir 93% do PIB em 2033.
Para o governo, a dívida avançará até 79,7% do PIB em 2027 (cenário base), mas há possibilidade de que atinja 90,1% do PIB em 2028 (caso as previsões para as contas públicas e para o PIB sejam piores). Os números estão na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.
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Segurança Pública participa da Formação de Profissionais da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência
Nas próximas semanas, a formação seguirá para Santa Rosa do Purus, Jordão, Bujari, Senador Guiomard, Porto Acre, Manoel Urbano, Capixaba, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Plácido de Castro e Acrelândia.

“A nossa presença é fundamental para mostrar como funcionamos e em que área atuamos, além de compartilhar experiências e melhorar a prestação de serviços às mulheres”
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), participou da Formação de Profissionais da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) e realizada em Sena Madureira, nesta terça-feira, 27. O objetivo é integrar os órgãos que atuam no acolhimento desse público, processo em que a Sejusp desempenha um papel fundamental na primeira etapa de atendimento, por meio dos números emergenciais.
A sargento da Polícia Militar Erika Gomes, da rede de atendimento, destacou a importância da participação da Sejusp no evento: “A nossa presença é fundamental para mostrar como funcionamos e em que área atuamos, além de compartilhar experiências e melhorar a prestação de serviços às mulheres”.

Sargento da Polícia Militar Erika Gomes destaca importância da participação da Sejusp no evento Foto: Mariana Moreira/Sejusp
Durante a capacitação, foram apresentadas as ações de diversos órgãos, incluindo a Polícia Civil, Patrulha Maria da Penha, Ministério Público do Acre, Secretaria da Mulher e Instituto de istração Penitenciária do Acre. A chefe do Departamento de Enfrentamento a Violência contra Mulheres da Secretaria de Estado da Mulher da Semulher, Joelda Paes, enfatizou: “É fundamental que a rede conheça as suas atribuições no atendimento às vítimas de violência, no acolhimento a essas mulheres, para que os profissionais se aperfeiçoem e tenham responsabilidade no tratamento e entendam o fluxo de cada órgão”.

Joelda Paes enfatizou importância de os profissionais conhecerem suas atribuições e fluxo de cada órgão. Foto: Mariana Moreira/Sejusp
Até o momento, os municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó e Sena Madureira já foram capacitados. Nas próximas semanas, a formação seguirá para Santa Rosa do Purus, Jordão, Bujari, Senador Guiomard, Porto Acre, Manoel Urbano, Capixaba, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Plácido de Castro e Acrelândia.
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Governo recebe R$ 35 milhões em recursos federais para obras de infraestrutura no Acre
A Secretaria de Agricultura pretende utilizar os implementos em programas de mecanização agrícola e de construção de açudes

Governo recebeu R$ 35 milhões em recursos federais para importantes obras de infraestrutura no Acre. Foto: Eudes Góes/Deracre
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) liberou, nesta quarta-feira, 28, R$ 35 milhões ao governo do Acre. Os recursos serão utilizados na execução de obras de pavimentação e restauração de rodovias estaduais, saneamento básico e aquisição de maquinário agrícola.
Para a área da infraestrutura, o Estado contará com R$ 29,5 milhões, provenientes de emenda parlamentar do senador Marcio Bittar. A maior parte deste investimento será utilizada na recuperação das rodovias AC-10, AC-40, AC-90, AC-445 e AC-475. Os recursos também contemplam a pavimentação de 10,6 quilômetros do Ramal dos Paulistas, na Vila do V, em Porto Acre.
Dando continuidade às melhorias na rodovia AC-405, o governo, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), vai fazer a restauração de 10,3 quilômetros da estrada, no trecho entre o Aeroporto de Cruzeiro do Sul e o entroncamento com a rodovia AC-407. O serviço contemplará a implantação de novo pavimento, ciclofaixa, acostamento e alteamento de uma parte da pista.

A Secretaria de Agricultura pretende utilizar os implementos em programas de mecanização agrícola e de construção de açudes. Foto: cedida
Para fortalecer a produção no campo, o governo recebeu R$ 4,2 milhões (destinados pela ex-senadora e atual vice-governadora Mailza Assis), que serão empregados na compra de máquinas e equipamentos. A Secretaria de Agricultura pretende utilizar os implementos em programas de mecanização agrícola e de construção de açudes.
O Estado também obteve R$ 1,2 milhão para construção de sistemas de abastecimento de água nos municípios de Capixaba e Senador Guiomard. O valor é oriundo de emenda parlamentar da ex-deputada federal Vanda Milani.
As tratativas para a liberação dos recursos contaram com a participação da Representação do Governo do Acre em Brasília (Repac). “Nossa equipe participou de diversas reuniões, para que esses valores pudessem ser viabilizados. Ver o resultado do nosso trabalho se concretizando em grandes investimentos para o estado e em melhoria de vida da população é sempre muito importante”, afirmou Fabio Rueda, gestor do órgão acreano na capital do país.

Tratativas em Brasília (DF) foram fundamentais para a liberação dos recursos. Foto: Wesley Moraes/Repac
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Pesquisa revela mudança no cenário político acreano e crescimento da vice-governadora Mailza
A vice-governadora aparece como a primeira colocada quando o eleitor é perguntado sobre sua segunda opção de voto, o que indica um alto potencial de crescimento nos próximos meses.

A posição consolidada de Mailza como terceira força crescente e com menor rejeição pode redefinir o equilíbrio político nos próximos meses. Foto: cedida
A mais recente pesquisa de intenção de voto para o governo do Acre, realizada pelo Instituto Multidados, de Minas Gerais, e divulgada nesta quarta-feira (28), mostra um cenário embolado, com movimentações importantes entre os pré-candidatos e um crescimento consistente da vice-governadora Mailza Assis.
O levantamento foi feito entre os dias 11 e 16 de maio, em 21 municípios do estado, com 1.001 entrevistas. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 93%.
Na pesquisa estimulada, o senador Alan Rick lidera com 30%, seguido pelo ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre com 24%. Mailza Assis aparece em terceiro lugar com 18%, à frente do atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que tem 11%. Já na espontânea, Mailza se aproxima ainda mais de Marcus Alexandre: ela aparece com 11%, ele com 13%, enquanto Alan Rick tem 18% e Bocalom, 5%.
Além disso, a vice-governadora aparece como a primeira colocada quando o eleitor é perguntado sobre sua segunda opção de voto, o que indica um alto potencial de crescimento nos próximos meses. Outro fator favorável é o fato de sua rejeição ser menor do que a de outros nomes fortes da disputa, como Alan Rick.
A ascensão de Mailza ocorre num momento em que ela intensifica sua agenda pública, percorrendo diversas regiões do estado e liderando programas sociais voltados à população mais vulnerável. Sua imagem começa a ser percebida como a continuidade viável do governo de Gladson Cameli, que segue com boa aprovação popular, especialmente no interior.
Enquanto Alan Rick e Marcus Alexandre continuam entre os nomes mais competitivos, a posição consolidada de Mailza como terceira força crescente e com menor rejeição pode redefinir o equilíbrio político nos próximos meses. Analistas apontam que o eleitorado ainda está em movimento, o que torna o cenário totalmente aberto e sujeito a reviravoltas.
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