Extra
De volta às páginas policiais após duas décadas de muita bravata e enrolação
Outrora pacato, o Acre ou a competir de igual para igual com os estados mais violentos da Nação
Sangue todo dia
Não há um só dia, pelo que sou capaz de lembrar, em que não nos deparamos com pelo menos uma tentativa de homicídio na Capital ou nos municípios do interior do Acre. Enquanto pessoas matam e morrem por motivos banais, inexplicáveis ou mesmo por estar ligadas ao crime organizado, as emissoras de TV martelam a publicidade estatal para nos lembrar que os salários dos servidores públicos estão em dia.
Obrigação
Ocorre que manter em dia os vencimentos dos que compõem o quadro do funcionalismo público estatal não é mais do que obrigação do governo. Assim como combater a violência. Haveria recursos de sobra para as duas coisas não fosse o desperdício de dinheiro público com tantas inutilidades de um governo carcomido pela inoperância.
Inutilidades e cretinices
Enquanto os cadáveres se avolumam e as funerárias lucram como nunca antes neste estado de tantos contrastes e miséria, o governador se encarrega de ear pela Europa, seus subordinados se preocupam em defendê-lo nas redes sociais e a vice-governadora Nazaré Araújo manda conclamar a turma da boquinha para uma inútil – e cretina – caminhada pela paz.
Túnel do tempo
Nos primeiros anos do novo século XXI, o agora senador Jorge Viana – então sentado na cadeira de governador do estado – tratava de alardear que o Acre deixara as páginas de polícia para figurar nas de política dos grandes jornais do país.
De volta para o futuro
O ar dos anos e as barbeiragens cometidas contra o erário público nos reconduziram a um futuro inevitável: Rio Branco figurava até outro dia em 3º lugar no ranking das capitais mais violentas do Brasil. Em suma, estamos de volta ao noticiário policial.
A vida como ela é
Empresas faliram por levar calote do governo e este se dá ao desplante de gastar – diante dos nossos narizes torcidos pelo festival de corrupção ao qual assistimos sob os governos de Lula e Dilma – mais recursos públicos com a propaganda institucional que com as operações das polícias Civil e Militar.
Afrontoso
Ainda assim, desalmados, os companheiros mandam dizer pela TV que eles não são responsáveis pelo tráfico de drogas, como se este fosse às fronteiras abertas aos contrabandistas que pouco se importam se a culpa é do governo federal – atual e anterior – ou se dos petistas do Acre.
A que ponto chegamos!
Tudo atualmente é tratado com tanta displicência e sem o senso do ridículo que temos um pré-candidato ao governo do PT capaz de propagandear as maravilhas de uma BR (a 364) que chegou a inexistir depois de concluída pela quarta ou quinta vez pelo governador em cuja companhia ele evita andar com medo de perder votos.
Ilustre desconhecido
E esse pré-candidato, que até outro dia cumpria as obrigações de prefeito da Capital – cargo para o qual foi reeleito pela população sob a promessa de que nele permaneceria até o último dia de mandato –, agora não sai da região do Juruá, onde nem mesmo de nome era conhecido da maioria dos moradores.
Continuísmo
Candidato do continuísmo, o Sr. Marcus Alexandre age como se fosse a grande novidade da política que em duas décadas nos colocou de joelhos diante da violência galopante.
Blablablá
Como se não fosse parte do staff de um governo cujos caciques formam a nata dos novos ricos deste estado, o petista usa o slogan ‘pé na estrada’ para realçar a humildade com que trilha os caminhos pisados e repisados pela gente pobre da periferia do interior do estado.
Pergunta sem resposta
Indagado, por meio de sua assessoria de imprensa, se defende o legado (seja ele qual for!) do governador Tião Viana, Marcus Alexandre ainda não respondeu ao repórter Salomão Matos. E nem haverá de responder, ora bolas!
Decifra-me ou te devoro!
Da mesma forma como religiosos mais fervorosos costumam não responder à velha questão sobre a capacidade de Deus de fazer uma pedra tão pesada que nem mesmo Ele seria capaz de carregar, a questão formulada por Matos é – digamos – uma ‘pegadinha filosófica’.
Mato sem cachorro
Caso Marcus Alexandre se diga defensor do espólio político do padrinho, ele estaria a endossar os muitos erros da gestão de Tião Viana. O contrário o distanciaria daquilo que eles continuam a defender, apesar de tudo. E é nessas horas que o silêncio é bem mais cômodo que a coragem de dizer a verdade.
Chamando para a si a responsabilidade
Daí chamarmos a atenção do leitor para um detalhe relevante nessa época de tantas omissões – sejam elas retóricas, como a de Marcus Alexandre, ou funcionais, como a do governador Tião Viana: coube à deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) puxar para si a responsabilidade de constituir um fórum destinado a debater a questão da segurança pública.
Protagonismo
E a parlamentar emedebista não fez isso por que quer sobre si os holofotes – ela simplesmente tratou de se tornar protagonista no cenário em que Tião Viana é um mero figurante, sempre obstinado em vaiar o governo Temer – e no qual o Sr. Marcus Alexandre tenta disfarçar o fato de ter como vice aquele que até dia desses era o titular da Secretaria de Segurança Pública do estado.
Pobres de nós
Dias tenebrosos, esses sob os quais vivemos – e em que muitos, coitados, acabam mortos pela violência galopante.
Comentários
Extra
Megaoperação para desapropriação assusta moradores da Reserva Chico Mendes
Polícia Federal, Exército e ICMBio atuam com helicópteros na região; colono e vereador Rosimar Castro denuncia abusos e medo generalizado
Uma megaoperação deflagrada nos últimos dias dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), na região do Seringal Maloca, em Xapuri, interior do Acre, tem gerado apreensão entre os colonos que vivem na área. A ação, que envolve a Polícia Federal, Exército Brasileiro, Força Nacional, ICMBio e conta com apoio aéreo de dois helicópteros, estaria voltada para possíveis desapropriações e apreensão de gado, supostamente mantido irregularmente dentro da unidade de conservação.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o deslocamento de forças federais com estrutura para instalar acampamentos de longa permanência. Segundo moradores, a operação não tem prazo para terminar e já teria causado abandono de propriedades, queima de casas e até migração de famílias para países vizinhos, como forma de fugir da tensão e da insegurança.
A operação ainda não teve nome oficial divulgado, e os órgãos responsáveis não emitiram comunicados detalhados sobre os objetivos ou a duração da ação.
Protesto de colono e vereador
Um dos principais críticos da operação é o vereador de Epitaciolândia, Rosimar Menezes de Castro (Republicanos). Em áudio divulgado nas redes sociais, ele classificou a atuação das forças federais como humilhante e opressiva.

Vereador de Epitaciolândia, Rosimar Menezes de Castro (Republicanos)
“Milhares de famílias estão sendo atingidas. Eu, como colono, me sinto indignado. Não dá para viver com medo, sendo humilhado em nossas próprias terras onde nascemos e nos criamos”, declarou o parlamentar, que também afirmou estar buscando articulação com vereadores de outros municípios da regional do Alto Acre, como Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba, para tentar uma resposta política conjunta.
Em um áudio amplamente compartilhado, Rosimar foi mais enfático e criticou duramente o Governo Federal, alertando para o risco de aumento da pobreza e desigualdade social caso a operação leve à expulsão das famílias da área rural. “Mais de mil famílias podem ser expulsas. Todos terão que ir para a cidade viver de auxílio. É desumano”, desabafou.
Ouça áudio abaixo:
Medo e silêncio
Moradores da região relataram que alguns já venderam ou abandonaram suas terras após receberem notificações extrajudiciais. Outros estariam temendo represálias e optaram pelo silêncio ou fuga. A situação ganhou ainda mais visibilidade após relatos de casas queimadas, conforme já noticiado anteriormente por veículos locais.
Até o momento, nenhum dos órgãos envolvidos na operação apresentou esclarecimentos oficiais. A falta de informações oficiais agrava a insegurança jurídica e o temor das comunidades, que aguardam uma manifestação formal das autoridades.
A Reserva Extrativista Chico Mendes é uma unidade de conservação federal criada com o objetivo de preservar o modo de vida tradicional de seringueiros e extrativistas, mas tem sido palco de conflitos nas últimas décadas, principalmente em áreas onde a criação de gado tem avançado.
A situação segue em desenvolvimento.
Veja vídeos abaixo:
Comentários
Extra
Com nota histórica Brasiléia fica em primeiro lugar como a melhor saúde do Acre no Previne Brasil
A Prefeitura de Brasiléia, sob o comando do prefeito Carlinhos do Pelado, acaba de registrar um feito histórico no programa Previne Brasil: a nota 9,92 no primeiro quadrimestre de 2025, a mais alta do estado do Acre.
O resultado consolida o município como referência em saúde pública, superando todas as demais cidades acrianas no índice de qualidade.
O desempenho reflete o trabalho da atual gestão, que mesmo assumindo há pouco tempo, vem implementando políticas públicas eficientes através de uma equipe altamente comprometida.
A nota quase perfeita demonstra que as estratégias adotadas estão no caminho certo para oferecer à população um serviço de saúde de excelência.
O secretário municipal de Saúde, lio Barbosa, destacou o empenho diário de toda sua equipe: “Nossos profissionais trabalham com dedicação para atender todas as necessidades da população brasiliense. Essa conquista é fruto desse esforço coletivo”.
Já o prefeito Carlinhos do Pelado recebeu a notícia com grande entusiasmo: “Não medimos esforços para melhorar a saúde da nossa população. Essa nota é um reconhecimento importante, mas nosso trabalho continua para manter e elevar ainda mais esses indicadores. Parabenizo toda equipe da Saúde, em nome do meu secretário lio Barbosa, que faz um excelente trabalho”, afirmou o gestor.
Sobre o Previne Brasil
instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019. O novo modelo de financiamento altera algumas formas de ree das transferências para os municípios, que am a ser distribuídas com base em três critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégicas.
A proposta tem como princípio a estruturação de um modelo de financiamento focado em aumentar o o das pessoas aos serviços da Atenção Primária e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem.
O Previne Brasil equilibra valores financeiros per capita referentes à população efetivamente cadastrada nas equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP), com o grau de desempenho assistencial das equipes somado a incentivos específicos, como ampliação do horário de atendimento (Programa Saúde na Hora), equipes de saúde bucal, informatização (Informatiza APS), equipes de Consultório na Rua, equipes que estão como campo.
Comentários
Extra
“Estudar transforma sonhos em realidade”, diz Nicolau Júnior durante abertura da Oficina Redação Nota Mil em Cruzeiro do Sul
Mais de 400 estudantes da rede pública de Cruzeiro do Sul participaram nesta quinta e sexta-feira (5 e 5) Oficina Redação Nota Mil: Construindo Cidadania, projeto realizado pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), por meio da Escola do Legislativo. A iniciativa ofertou certificados a todos os participantes, levando capacitação gratuita, intensiva e cidadã a alunos do 3º ano das escolas Flodoardo Cabral, Dom Henrique Ruth e Craveiro Costa.
Presente na abertura da oficina, o presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (Progressistas), ressaltou a importância da educação como ferramenta de transformação e lembrou de sua própria trajetória como exemplo de superação:
“Para nós do Legislativo é muito gratificante ofertar, por meio da educação, um curso que muitos estudantes que irão encarar o ENEM infelizmente não conseguem fazer. Como filho de Cruzeiro do Sul, me sinto feliz e orgulhoso de trazer esse projeto para cá. O estudo possibilita inúmeras coisas. Eu mesmo nunca imaginei me tornar deputado estadual, muito menos presidente da Aleac. E hoje, com muita humildade, entrei para a história como um dos mais votados do estado. O estudo permite isso: alcançar sonhos, objetivos e transformar vidas”, afirmou.
A diretora da Escola do Legislativo, Michelle Andressa, destacou o compromisso da Aleac com a interiorização das ações educacionais e com a formação cidadã da juventude acreana.
“Essa é uma missão dada pelo presidente Nicolau Júnior, e Cruzeiro do Sul marca um novo momento da escola. Atendemos 400 alunos com aulas de redação e também sobre o papel do Legislativo nas três esferas, capacitando esses jovens não só para uma boa nota no ENEM, mas para a vida em sociedade”, disse.
A programação da oficina incluiu aulas presenciais com até 8 horas de duração, simulação de redação com correções individualizadas, aulas sobre o papel do Legislativo, e online com videoaulas e premiação simbólica para as melhores produções textuais. A proposta alia reforço escolar com formação política e social.
O deputado Gilberto Lira (União Brasil), presidente da Comissão de Educação da Aleac, também acompanhou o evento e compartilhou sua própria história de superação.
“Eu vim do Seringal, meus pais puxavam pela minha orelha para eu estudar, e mesmo sem recursos, eu nunca deixei os estudos. Vocês são vitoriosos só por estarem aqui. Aproveitem essa oportunidade, porque a educação transforma vidas”, disse aos alunos.
A estudante Emily de Oliveira Teles, da Escola Flodoardo Cabral, falou em nome dos participantes e agradeceu a oportunidade:
“A professora trouxe dicas incríveis e corrigiu muitos erros que cometemos sem perceber. Ver um projeto como esse se concretizar é muito importante, ainda mais quando sabemos que propostas como essa são justamente as que usamos nas nossas redações. A gente se sente acompanhado, valorizado, e isso motiva a sonhar mais alto”, declarou.
O projeto é fruto de parceria entre a Escola do Legislativo, a Secretaria Estadual de Educação e as unidades escolares de Cruzeiro do Sul. A expectativa da Aleac é ampliar a ação para outros municípios, levando educação de qualidade e cidadania a mais jovens acreanos.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Fotos: Sérgio Vale
Você precisa fazer para comentar.