Acre
Deputados prometem fogos para comemorar a saída de Emylson Farias da Secretaria de Segurança
Emylson Farias, que deverá se desincompatibilizar do cargo, já que é pré-candidato a vice governador na chapa do também pré-candidato ao governo do Acre, Marcus Viana (PT).
Os deputados do bloco de oposição usaram a tribuna da Aleac na manhã desta quarta-feira (28) para criticar o que eles classificam como falta de segurança nos municípios do Acre e informarem que comprarão caixas de fogos para comemorar a saída do secretário de segurança pública, Emylson Farias, que deverá se desincompatibilizar do cargo, já que é pré-candidato a vice governador na chapa do também pré-candidato ao governo do Acre, Marcus Viana (PT).
O deputado Jairo Carvalho (PSD) informou que o sistema de segurança estaria em completo caos em Acrelândia. Segundo ele, faltam agentes, viaturas e uma estrutura adequada para combater o crime no município do interior. “Eu e o deputado Whendy Lima vamos comprar duas caixas de fogos para comemorar a saída do secretário Emylson Farias. Espero que entre alguém que cuide da segurança dos acreanos com mais responsabilidade e carinho”.
O oposicionista Nelson Sales (Progressistas) disse que a maioria das delegacias do Acre não funcionam aos finais de semana. “Porque não têm pessoal de apoio. O secretário está saindo com o objetivo de visitar a casa de cada cidadão pedindo voto. Esse é corajoso, como é corajoso. Não há pessoas para anotar boletins de ocorrência após a falência de uma empresa terceirizada. A guerra de facções acabou porque elas dividiram seus territórios não foi obra da polícia”.
Para a emedebista Eliane Sinhasique, “segurança púbica é um assunto recorrente, mas não podemos evita-lo. Só trabalham segurança depois que o crime acontece. Da mesma forma que só trabalham a saúde quando o povo adoece. Não há um trabalho interligado com as demais secretarias para evitar as doenças e a criminalidade que se enraizou e não há um solução para essas questões que afligem a população do nosso Estado”, acrescenta.
Os deputados da base de governo não se manifestaram em defesa de Emylson Farias, apesar do delegado ser o pré-candidato a vice escolhido pelo próprio governador Sebastião Viana. O prestígio do chefe do executivo petista anda em baixa na Casa. Viana sofreu três importante derrotas em votações no plenário da Casa. A mais importante foi quando o bloco de oposição contou com a ajuda de parlamentares da base de governo para enterrar o projeto de terceirização da saúde.
Comentários
Acre
Deputado Tadeu Hassem visita universidade na Bolívia e reforça apoio a estudantes brasileiros

Deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) foi recepcionado pelo reitor regional da universidade, Michel Bravo.
Em visita oficial à cidade de Cobija, na Bolívia, o deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) esteve na Universidade Privada Domingo Sávio (UPDS), instituição que recebe centenas de estudantes brasileiros, em especial nos cursos da área da saúde, como Medicina.
Durante o encontro, o parlamentar foi recepcionado pelo reitor regional da universidade, Michel Bravo, com quem dialogou sobre os desafios enfrentados pelos acadêmicos brasileiros que cruzam diariamente a fronteira em busca de formação superior.
“A UPDS é parte da vida e do sonho de muitos estudantes do Acre e de outros estados. Essa visita reforça meu compromisso de ouvir, dialogar e buscar soluções para quem estuda fora do país, enfrentando dificuldades, mas acreditando num futuro melhor”, declarou Tadeu Hassem.

Screenshot
O deputado também destacou o avanço da criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Estudantes Brasileiros no Exterior, proposta que tem como objetivo ampliar o debate e garantir representatividade para os jovens que optam por estudar em instituições fora do território nacional.
“Seguimos firmes na defesa dos interesses dos estudantes brasileiros na Bolívia. Essa frente parlamentar vai fortalecer nossa atuação, garantindo mais e e visibilidade para essa parcela importante da juventude que investe nos estudos como ferramenta de transformação”, concluiu.
Ver essa foto no Instagram
Comentários
Acre
Gesto de policial militar muda a vida de vendedor de picolé e cria rede de solidariedade
Foi cumprindo sua missão nas ruas como policial militar que o sargento Derineudo Souza ou a conhecer realidades diferentes e descobrir ainda mais a necessidade de quem vive nas periferias da capital. Movido pelo lema da instituição “Servir e proteger”, o policial hoje mantém um projeto social que alcançou destaque nacional e já ajudou milhares de famílias.

Manoel teve a vida mudada por uma ação do policial Derineudo. Foto: Davi Barbosa/PMAC
Como policial, Souza decidiu se aproximar mais da comunidade, assim como estabelece uma das missões da PM ao defender a polícia comunitária. O trabalho em prol da sociedade não termina quando ele sai do plantão. Nas horas vagas ele está ajudando a milhares de famílias, inclusive com o apoio da Polícia Militar, que disponibiliza logística para que ele faça entrega de doações.
Foi um vídeo dele fardado, que viralizou há quatro anos, que mudou completamente a vida do vendedor de picolé Manoel Antônio Vieira. Era ainda período de pandemia e o policial abordou Manoel no Horto Florestal para ajudá-lo a vender picolé.

Policial percorreu ruas ajudando vendedor de picolé. Foto: Reprodução
“Naquele dia, Deus colocou no meu coração que deveria ajudar um picolezeiro, então comuniquei ao comandante-geral da época, que me autorizou e saí em busca. Até que encontrei seu Manoel em uma árvore, apreensivo, e perguntei quantos picolés ele tinha vendido, ele disse que até aquele momento apenas três”, relembra.
Ao se oferecer para ajudá-lo a vender, o sargento conta que ele o alertou que andava por cerca de quatro horas todos os dias para vender tudo. O percurso feito por Manoel é entre a parte alta da cidade até o Centro.
“Eu disse que iria com ele até o final e fizemos uma caminhada, parando em lojas, veículos, parando pessoas e eu aprendendo com seu Manoel, porque é um trabalho digno e, com certeza, aquele dia ele ficou muito feliz. Uma caminhada que fazia em quatro horas, ele fez em 40 minutos com a nossa ajuda, e, claro, condução de Deus, e vendeu todos os picolés e disse ao final que tinha ganhado o dia, que tinha ganhado o dinheiro a mais para a virada do ano”.
O impacto da ação
O vídeo foi gravado no dia 30 de dezembro de 2020 e viralizou dois meses depois, quando um policial do Amazonas compartilhou o momento. Em maio de 2021, depois de uma vaquinha, feita junto ao projeto nacional Razões para Acreditar, Manoel ganhou a casa própria.
“Não imaginava que ia dar essa repercussão, mas Deus tem um propósito para tudo que fazemos nessa terra. Assim que o vídeo viralizou, entraram em contato comigo para que eu pudesse achar o seu Manoel e, após uma busca, o encontramos e soubemos que ele não tinha casa própria, morava de aluguel”.

Hoje Manoel tem a casa própria e não paga mais aluguel. Foto: Davi Barbosa/PMAC
Feito o link da vaquinha, em quatro horas foram arrecadados R$ 68 mil, o valor estabelecido para a construção da casa. Ao todo, foram R$ 100 mil em doações, que se transformaram na casa própria do seu Manoel, que também ganhou móveis.
Para ele, ser policial o incentivou a criar esse projeto que ajuda milhares de pessoas há 11 anos. O sargento vive, em sua essência, o verbo servir.
“A Polícia Militar tem um papel muito importante, que é fortalecer nossa caminhada na logística, apoio em muitos eventos, como a parte de segurança dos voluntários, porque o projeto ocorre com muitos voluntários e, com certeza, esse apoio mútuo tem feito a diferença no nosso projeto. Isso mostra que o militar tem em sua essência o ser humano”, destaca ao pontuar que, atualmente, muitos policiais são voluntários nas ações sociais.

Entrega da casa foi feita em 1 de maio de 2021, com muita comemoração. Foto: Andryo Amaral/arquivo pessoal
‘Mudou minha vida completamente’
Desde então, o vendedor de picolé Manoel Vieira, hoje com 62 anos, não paga mais aluguel e tem um lugar para chamar de seu. O quintal da casa própria reúne algumas modestas plantações e ele deixou a placa do projeto ainda hoje pendurada na sala, sinalizando que essa foi a primeira casa entregue em Rio Branco.
De lá para cá, 23 casas foram entregues a diferentes famílias, sendo duas em Plácido de Castro e as demais em Rio Branco.
“Naquele dia, ele me disse que me ajudaria a vender. No começo eu estranhei, mas quando ele insistiu, pensei que poderia vir coisa boa. Hoje vejo que foi algo de Deus por meio dele comigo. De lá pra cá, essa ação mudou minha vida completamente. Não pago mais aluguel até hoje”, conta.

Sargento conta com o apoio da PM para mudar vidas por meio de projeto social. Foto: Davi Barbosa/PMAC
Manoel trabalha há mais de 20 anos vendendo picolé e, após essa ação, ele diz que a polícia mostra não apenas a preocupação com a segurança ostensiva, mas que trabalha o senso comunitário, seja por ações coletivas ou pessoais desses homens que representam a instituição.
“Eu sempre tive vontade de ter um cantinho meu e agora tenho e me sinto bastante feliz. Jamais imaginava que iria dar essa reviravolta na minha vida. Ter policiais assim é muito bom para nós”, destaca.
Comentários
Acre
MPF vai fiscalizar contratos de transporte fluvial no atendimento à saúde indígena
O Ministério Público Federal (MPF) no Acre instaurou um procedimento istrativo de acompanhamento de políticas públicas para fiscalizar a regularidade dos contratos de locação de embarcações e contratação de barqueiros que atendem o Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Juruá (DSEI-ARJ).
A medida tem como objetivo assegurar que não haja interrupções no deslocamento das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), responsáveis por levar atendimento médico às aldeias localizadas em regiões de difícil o, especialmente ao longo dos rios do Vale do Juruá.
De acordo com o MPF, estão atualmente vigentes dois contratos: o de locação de embarcação (Contrato nº 07/2019) e o de serviço de barqueiros (Contrato nº 08/2019), ambos prorrogados até 4 de novembro de 2025. Paralelamente, tramita desde 2024 um novo processo licitatório que busca unificar a contratação de barcos e profissionais barqueiros, que ainda depende de autorização orçamentária da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).
O procurador da República responsável pela ação destacou que o acompanhamento visa garantir a continuidade dos serviços de transporte, considerados essenciais para viabilizar o atendimento de saúde às populações indígenas da região. O MPF também leva em conta sua atribuição constitucional de proteger direitos fundamentais, coletivos e difusos das comunidades tradicionais.
O procedimento terá validade inicial de um ano, prazo no qual o MPF acompanhará os desdobramentos istrativos, a fim de prevenir qualquer risco de paralisação dos atendimentos de saúde prestados às aldeias.
Você precisa fazer para comentar.