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Dupla é condenada por tentativa de latrocínio envolvendo roubo de 47 kg de ouro
A ação resultou na prisão dos dois homens e nas apreensões de 47 kg de ouro, avaliados em R$ 15 milhões e grau de pureza superior a 90%, uma aeronave, dois carros, uma arma, munições e dinheiro em espécie.

Crime aconteceu em dezembro de 2023 e ficou registrado como a maior apreensão de ouro ilegal da história do Amazonas. Foto: PF-AM
A Justiça Federal no Amazonas condenou um homem e uma mulher por tentativa de latrocínio envolvendo o roubo de 47 quilos de ouro ilegal, além do delito de comunicação falsa de crime, em Manaus. Um segundo homem foi absolvido da acusação de latrocínio, porém foi condenado pela comunicação falsa de crime.
A decisão ocorreu após denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em cooperação com um dos ofícios da Amazônia Ocidental em Manaus, especializado no combate ao garimpo ilegal. O crime aconteceu em dezembro de 2023 e ficou registrado como a maior apreensão de ouro ilegal da história do Amazonas
A sentença ressalta que o crime foi cometido por um bando com divisão de tarefas e com grande ousadia, já que o objetivo era a subtração de pequena fortuna em barras de ouro – aproximadamente R$ 18,8 milhões na cotação atual do grama de ouro –, com disparos de arma de fogo à luz do dia e em local densamente povoado, com moradias e comércios.
Um dos homens foi condenado a 13 anos e três meses de reclusão, pela tentativa de latrocínio. Por sua vez, a mulher recebeu a pena de sete anos e oito meses de reclusão, pela tentativa de latrocínio e um mês de detenção por comunicação falsa de crime. Ambos também foram condenados ao pagamento de multa.
O outro denunciado foi absolvido da acusação de latrocínio. No entanto, foi condenado pelo crime de comunicação falsa de crime, recebendo a pena de um mês de detenção, convertida em prestação pecuniária de quatro salários mínimos.
O crime
Era início da tarde do dia 9 de dezembro quando uma equipe da Rocam recebeu a denúncia de um assalto em andamento em uma área de classe média alta, em Manaus. A corporação não imaginava que a ocorrência se tratava da maior apreensão de ouro extraído de garimpo ilegal da história do Amazonas.
A ação resultou na prisão dos dois homens e nas apreensões de 47 kg de ouro, avaliados em R$ 15 milhões e grau de pureza superior a 90%, uma aeronave, dois carros, uma arma, munições e dinheiro em espécie.
Apesar de toda abordagem ter sido feita pela equipe da Polícia Militar, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Ramos, informou que os dois homens presos estavam sendo monitorados há um ano por envolvimento em uma quadrilha especializada na extração e venda de ouro ilegal da Amazônia.

Até a publicação desta matéria, nenhum dos suspeitos havia sido identificado ou preso
Maior apreensão de ouro extraído de garimpo ilegal
A apreensão do carregamento de ouro ilegal ocorreu depois de um tiroteio entre dois veículos, na avenida Nilton Lins, na saída para avenida das Torres, na Zona Centro-Sul da capital. A gravação de uma câmera de segurança, que registrou o fato, marcava o horário de 12h30.
Segundo a PM, a carga de ouro era transportada em um carro modelo Gol, que foi atacado por um grupo armado que estava em automóvel modelo Doblò e tentou roubar o metal precioso durante o percurso.
Imagens de câmeras de segurança mostram a Doblò interceptando o Gol, até que um homem sai e atira. A equipe da Rocam foi acionada em seguida, mas quando chegaram ao local, os atiradores já tinham fugido e abandonado o carro. Até a publicação desta matéria, nenhum dos suspeitos havia sido identificado ou preso.
Na busca feita no veículo Gol, a Rocam encontrou duas malas com as barras de ouro e mais alguns objetos. Dentro da Doblò foi achado uma pistola com a caixa de munição e outros pertences.
Os dois homens, que estavam no Gol com as barras de ouro, foram presos e levados para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em Manaus. Eles chegaram a ser atingidos pelos tiros e aram por atendimento médico.
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Vice-governadora Mailza visita maternidade Bárbara Heliodora para fortalecer o combate ao sub-registro e ampliar direitos das mulheres e crianças
A proposta é identificar as necessidades das unidades para aprimorar o serviço, assegurando que nenhuma criança fique sem documentação

Mailza Assis conversando com mães e familiares. Foto: Neto Lucena/Secom
A agenda começou com uma reunião de alinhamento sobre a subnotificação de registro infantil, especialmente dos nascituros — termo jurídico que se refere ao ser humano já concebido, mas ainda não nascido. A iniciativa busca garantir que todos os bebês deixem a maternidade com sua certidão de nascimento em mãos, evitando o sub-registro no estado.
A visita foi acompanhada pela secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Ana Cristina Moraes. Durante o encontro, foram discutidas ações para reforçar a parceria com os cartórios na emissão de registros e fortalecer a atuação da SEASDH, principalmente nas áreas mais vulneráveis.
Mailza Assis disse que o objetivo é fortalecer a parceria para que toda criança já saia da maternidade com seu registro de nascimento, para assim evitar notificações de sub-registro no estado.
“Em parceria com a Sesacre, quero agradecer à secretária Ana Cristina, que nos acompanha, e também a toda a equipe da maternidade, com quem conversamos e ajustamos algumas ações, algumas atitudes que vão fortalecer essa política e garantir que esse direito da criança, do recém-nascido, seja assegurado aqui na maternidade. Então é esse o nosso compromisso: o governo do Estado trabalhando, garantindo os direitos e cuidando de pessoas”, concluiu.
A proposta é identificar as necessidades das unidades para aprimorar o serviço, assegurando que nenhuma criança fique sem documentação. O próximo o será articular ainda mais a parceria com os cartórios, reforçando a atuação dentro da maternidade, que recebe dezenas de nascimentos diariamente.
Para a secretária adjunta da Sesacre, Ana Cristina Moraes, a presença da vice-governadora na maternidade é essencial para o combate e a redução da mortalidade materna.
“Essa é uma pauta tão defendida por ela. A vice-governadora entende a importância de garantirmos dignidade a essas famílias também por meio do registro civil. É essencial que todos sejam reconhecidos como cidadãos. Agradecemos à nossa vice-governadora pela visita e por estar sempre ao lado da Sesacre, fortalecendo a parceria para que possamos oferecer um serviço cada vez mais qualificado”, disse.

Vice-governadora conversou com as mães para entender suas necessidaes. Foto: Neto Lucena/Secom
A vice-governadora também lembrou a importância simbólica da data: o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, celebrados em 28 de maio. A data busca mobilizar e conscientizar sobre a importância da saúde materna e feminina, promovendo políticas públicas que assegurem dignidade, equidade e justiça social.
A titular também reforçou a orientação de que, quando os pais não possuírem seus documentos por perda ou extravio, a maternidade deve notificar a SEASDH para que seja providenciada a emissão da segunda via.
Juntos pelo Acre
Graças à ampliação da oferta de serviços sociais nos municípios e em áreas de difícil o, o número de sub-registros tem diminuído. A atuação da SEASDH tem sido fundamental nesse processo, especialmente com a emissão de segundas vias de certidões e documentos para comunidades distantes, como a ação na comunidade Vai Se Ver, realizada no último final de semana na rodovia Transacreana, além de outros municípios do estado, como Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e entre outros.
Serviços além das fronteiras

Maternidade conta com um Coral do Grupo Rosa de Sarom que fazem reuniões e encontros musicais e de orção. Foto: Neto Lucena/Secom
Com quase 76 anos de existência, a Maternidade Bárbara Heliodora, inaugurada em 1950, recebe, além de acreanos, muitos imigrantes e estrangeiros. Durante a visita também foram obeservadas outras demandas importantes, como a melhoria no atendimento às mulheres vítimas de abuso sexual, a agilidade nos serviços prestados e a ampliação da Casa de Bárbara, espaço que acolhe mulheres vindas do interior do Acre, sem local para se hospedar durante o pré-natal ou após o parto.
Outro ponto destacado foi a possibilidade de levar o Guarda-Roupa Social até esse local de acolhimento, disponibilizando roupas e calçados para mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, levando dignidade, conforto e acolhimento às famílias atendidas.
- Mailza Assis conversando com mães e familiares. Foto: Neto Lucena/Secom
- Vice-governadora conversou com as mães para entender suas necessidaes. Foto: Neto Lucena/Secom
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Sargento da PM atira contra esposa e comete suicídio em Humaitá (AM)
Crime ocorreu na residência do casal no bairro Santo Antônio; motivação ainda é investigada pelas autoridades

A principal linha de investigação aponta que o sargento enfrentava problemas de saúde mental, possivelmente um quadro de depressão. Foto: cedida
Um sargento da Polícia Militar, identificado como Joelson Relvas, atirou contra a esposa e, em seguida, tirou a própria vida na noite desta quarta-feira (28), em Humaitá, no interior do Amazonas. O caso ocorreu na casa do casal, no bairro Santo Antônio.
Segundo informações preliminares, o militar disparou três vezes contra a companheira antes de cometer suicídio com um tiro na cabeça. A mulher foi socorrida, ou por cirurgia e está fora de risco, de acordo com fontes médicas.
A principal linha de investigação aponta que o sargento enfrentava problemas de saúde mental, possivelmente um quadro de depressão. A Polícia Civil também apura se havia conflitos conjugais ou financeiros.
A perícia esteve no local e a Polícia Militar ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, que causou comoção na cidade.
A Polícia Civil foi acionada e isolou o local para perícia.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), enquanto o do sargento aguarda liberação.
Repercussão e investigações
O Comando Geral da PM do Amazonas emitiu nota lamentando o ocorrido e afirmando que presta apoio à família das vítimas. A corporação também informou que coopera com as investigações.
Especialistas alertam:
— Casos de violência doméstica seguida de suicídio, especialmente envolvendo agentes de segurança, exigem análise cuidadosa sobre o a armas e saúde mental — explica a psicóloga Ana Beatriz Souza, que estuda violência de gênero.
Se você ou alguém que conhece está em situação de violência doméstica, ligue para:
Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher)
Disque 190 (Emergências Policiais)
CVV (188) – Apoio emocional e prevenção ao suicídio
O caso segue sob investigação da Delegacia de Humaitá, que deve ouvir testemunhas e analisar histórico do casal.
Com informações da Polícia Civil do Amazonas e Corpo de Bombeiros
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Esquema de pirâmide financeira movimenta dinheiro e deixa rastro de prejuízos em Cruzeiro do Sul
Prometendo altos rendimentos, modelo atrai vítimas no Vale do Juruá; especialistas alertam para riscos e ilegalidade do esquema
Um suposto esquema de investimento que promete lucros extraordinários tem dividido opiniões e causado prejuízos em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Enquanto alguns participantes afirmam ter obtido ganhos expressivos nos primeiros meses, outras vítimas relatam perdas financeiras após o colapso do sistema, caracterizado por especialistas como pirâmide financeira – prática ilegal conforme a legislação brasileira.
Como funciona o esquema
O modelo, que se espalhou por grupos de WhatsApp e redes sociais, oferece retornos de até 30% ao mês para quem recruta novos participantes. Os primeiros “investidores” de fato receberam pagamentos, mas especialistas alertam que o sistema só se sustenta com a entrada constante de novos membros – quando isso não ocorre, a estrutura desaba.
Relato de vítima: “Entrei com R$ 5 mil e, nos três primeiros meses, recebi R$ 1,5 mil de lucro. Quando tentei retirar o valor total, sumiram”, contou um comerciante que preferiu não se identificar.
Defensores do esquema: Alguns participantes insistem que o problema está na “falta de compromisso” de quem não mantém o dinheiro aplicado por tempo suficiente.
Foi o que aconteceu em Cruzeiro do Sul, com algumas pessoas que acabaram investindo ‘tarde demais’ na plataforma Huge. Desde a última quarta-feira, 28, quando a plataforma foi ‘cancelada’, algumas experiências positivas e frustrantes de pessoas, começaram a surgir, principalmente em grupos de WhatsApp. Pessoas que ganharam dinheiro e pessoas que perderam seus investimentos, porque não conseguiram tirar à tempo.
Em conversa com um morador de Rodrigues Alves, que não quis se identificar, mas participou dos ‘negócios’, ele foi categórico: “Teve pessoas que ganharam muito dinheiro, porque começaram no ano ado. Tive relatos de pessoas que chegavam a tirar R$ 10 mil por mês. Aqui, onde moro, um homem, que investiu muito, no inicio, conseguiu comprar um carro, com esse retorno. Agora lógico, pessoas que entraram tarde, acabaram perdendo tudo que foi investido“.
Há histórias positivas, mas também existem negativas. Conversando, nas últimas 24 horas, com pessoas que participavam deste ‘grupo de investidores’, houve relatos de cidadãos que chegaram a perder cerca de R$ 6 mil, em Cruzeiro do Sul. E os números, podem aumentar.
No WhatsApp, circula o áudio de uma senhora, cobrando uma mulher, em Cruzeiro do Sul (segundo relatos), que teria perdido o dinheiro da botija de gás dela, nos investimentos sem retorno.
“A culpa é sua, a culpa é sua, quero meu dinheiro, para comprar minha botija! Eu te disse: cancela isso ai, não deposita, deixa o teu cair primeiro, e você estava reclamando que não tinha caído. Se não caiu, é porque já estava com algum problema, e tu pegou, entesou, e fez. Quero meu dinheiro, pra comprar minha botija! Pode dar conta agora”, disse a senhora.
Riscos e ilegalidade
De acordo com o Procon-AC e a Delegacia de Crimes Financeiros, esse tipo de operação se enquadra no art. 171 do Código Penal (estelionato). A Receita Federal também pode investigar movimentações suspeitas.
Especialista alerta:
— Pirâmides não são investimentos, mas sim um jogo de sorte onde poucos ganham e muitos perdem – explica o economista Marcos Aurélio Silva.
O que fazer se for vítima
Reunir prints, contratos e comprovantes de transação;
Registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima;
Entrar em contato com o Procon e o Ministério Público.
Autoridades já monitoram o caso, mas ainda não há informações sobre responsáveis pelo esquema.
Com informações do Procon-AC, PC-AC e relatos de vítimas
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