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Empresa das urnas eletrônicas foi multada por fraude nos EUA?
Mensagens reproduzem texto com informação sobre a empresa americana Diebold, que já forneceu urnas eletrônicas para eleições no Brasil
Do R7
O ano de eleições chega e as informações relacionadas a urnas eletrônicas voltam. Um texto publicado nos primeiros dias deste ano se transformou em mensagem que vem sendo muito compartilhada. Ela traz a informação de que a empresa Diebold foi multada em cerca de 50 milhões de dólares pelo governo dos Estados Unidos, “por subornar funcionários na Rússia, na Indonésia e na China e fraudar programação das urnas eletrônicas e de caixas eletrônicos”.
A empresa, cujo nome é Diebold Nixdorf, tem sede nos Estados Unidos e atuação em todo mundo e foi por muitos anos a responsável pela produção das urnas eletrônicas utilizadas em várias eleições adas no Brasil.
O texto que vem sendo compartilhado nestas mensagens foi publicado no site pessoal de Jacqueline Noronha, uma influenciadora digital de Cuiabá, que tem mais de 50 mil de seguidores no Instagram e é formada em Fonaudiologia, Estética e Cosmetologia, segundo a descrição que consta no site. A data no texto é do último dia 9.
A denúncia é parcialmente verdadeira, mas é antiga. Não se sabe porque a influenciadora decidiu divulgar a informação agora, mas o caso é de 2013. A Diebold foi acusada pela Securities and Exchange Commission (SEC) de violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior ao subornar funcionários de bancos estatais da Rússia, Indonésia e China para que os bancos comprassem caixas eletrônicos produzidos pela empresa. A SEC é um órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários(CVM) no Brasil.
Além do processo ser antigo, ele não tem nenhuma relação com fraudes em urnas eletrônicas, como diz o texto publicado no site de Jaqueline Noronha. O processo tem relação apenas com a venda de caixas eletrônicos(ATMs, como são chamados nos Estados Unidos). A Diebold Nixdorf afirma ser líder mundial em caixas eletrônicos instalados.
Além de suborno, a acusação contra a Diebold também inclui denúncia de falsificação de documentos para encobrir os pagamentos de propinas. Os funcionários dos bancos estatais daqueles países, que tinham responsabilidade de escolher a empresa fornecedora dos caixas eletrônicos dos bancos em que trabalhavam, eram beneficiados com viagens de lazer bancadas pela Diebold.
A empresa tinha a prática de pagar viagens em troca de licitações. Na China e na Indonésia, a Diebold gastou cerca de US$ 1,75 milhão em presentes para altos funcionários de bancos estatais, para influenciar suas decisões de compra. De acordo com a SEC, esses presentes incluíam viagens a lugares como Disneyland, Las Vegas, Paris e Bali que foram reservados como “treinamento” ou outras despesas comerciais legítimas.
A empresa fez um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para pagar uma multa de 25,2 milhões de dólares. Para a SEC, a Diebold pagou outros 22,9 milhões de dólares para encerrar o processo. Como parte do acordo, a empresa aceitou fazer uma revisão completa de suas práticas corporativas e se submeter a um monitoramento de 18 meses, feito por uma entidade independente.
Em nota ao MonitoR7, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por todo o processo eleitoral, afirmou que a empresa prestou serviço à Justiça Eleitoral na fabricação de nove modelos de urnas eletrônicas entre 1999 e 2016. Os modelos são 2000, 2004, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015.
“Para isso, cumpriu rigorosas regras estipuladas em editais que estão disponíveis no portal do TSE, não tendo nenhum fato, nesse período, que desabonasse o trabalho da empresa” afirma a nota do TSE.
Todas as empresas selecionadas pelo TSE em licitações públicas desenvolvem a urna a partir do projeto de arquitetura de segurança feito pela equipe técnica do próprio tribunal. Isso quer dizer que todo o projeto da urna eletrônica brasileira e do sistema eletrônico de votação é “concebido e supervisionado inteiramente pela Justiça Eleitoral” como afirma a nota.
O TSE afirma que o sistema eletrônico de votação do Brasil utiliza meios próprios e criptografados de comunicação e transmissão de dados, não tendo nenhum contato com redes públicas, como a internet. De acordo com a nota, “o sistema foi reiteradamente testado e comprovadamente isento de quaisquer formas de manipulação, de fraude na totalização de votos ou de quebra do sigilo do voto”.
Por fim, o TSE aponta que, na época, questionou a Diebold e recebeu a resposta de que “ela atuou proativamente no caso e estava colaborando com as investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e que estava fechando um acordo financeiro”.
O MonitoR7 tentou contato com Jacqueline Noronha para esclarecer as informações publicadas no texto e que são reproduzidos na mensagem viralizada. Porém, até o momento da publicação desse texto, não houve retorno por parte da influenciadora digital.
Portanto, é falsa a informação de que empresa que fabrica as urnas eletrônicas foi multada por fraude. A empresa, que não é a responsável atual pela fabricação das urnas usadas pelo tribunal, foi multada por outras acusações, envolvendo suborno de funcionários de bancos estatais da Rússia, Indonésia e China, em processos relacionados à compra de caixas eletrônicos.
O TSE nega que o processo envolvendo a empresa Diebold nos EUA tenha colocado em cheque a segurança da urna eletrônica criada, desenvolvida e projetada no Brasil, por profissionais do próprio TSE e sob supervisão estrita do tribunal.
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É fake que empresa que fabrica as urnas eletrônicas foi multada por fraude Reprodução/Arte R7
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Mulher em surto causa caos ao atacar veículos com pedras em avenida de Sena Madureira
Cenas de tumulto foram registradas por testunhas; carro ficou com vidro quebrado e motoristas precisaram desviar do local

Até o momento, não há informações confirmadas sobre a identidade da mulher, se ela recebeu atendimento médico ou se a Polícia Militar foi acionada para intervir no caso. Foto: captada
Uma cena de tensão marcou a manhã de quinta-feira (5) na Avenida Brasil, em Sena Madureira. Uma mulher em aparente crise psicótica provocou pânico ao arremessar pedras contra veículos que circulavam pela via principal da cidade. imagens divulgadas por testemunhas mostram a situação caótica, com motoristas e motociclistas sendo obrigados a parar ou desviar bruscamente para evitar serem atingidos.
“O cara querendo trabalhar, e a mulher jogando pedra em todo mundo”, relatou uma internauta durante as filmagens. As imagens revelam um carro com o vidro lateral quebrado após ser atingido por uma das pedras. O episódio durou vários minutos, assustando moradores e transeuntes, até que a situação fosse controlada.
A Polícia Militar foi acionada, mas ainda não há informações oficiais sobre a identidade da mulher ou se ela recebeu atendimento médico especializado. O caso levanta discussões sobre a necessidade de ampliação dos serviços de saúde mental no interior do Acre.
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Operação da Polícia Federal desarticula facção criminosa no Vale do Juruá
PF cumpre 12 mandados contra organização criminosa em Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves

O trabalho resultou no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves. Foto: cedida
A rotina do Vale do Juruá foi alterada nesta quinta-feira (5) por uma grande operação policial. A Polícia Federal, em conjunto com Polícia Civil, Militar, Penal e o Gefron (Grupo Especial de Operações em Fronteira), deflagrou a “Operação Sem Trégua” para combater uma facção criminosa com atuação consolidada na região.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, emitidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do TJ/AC. A investigação partiu de provas coletadas em operações anteriores, que permitiram mapear a estrutura do grupo e identificar seus integrantes.
Os alvos da ação são investigados por participação em organização criminosa e poderão responder por outros crimes que forem identificados durante as apurações. A operação representa mais uma etapa no combate ao crime organizado na fronteira acreana.
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Suspeito de série de furtos em Rio Branco é preso pela DECORE

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Pedro de Paiva Oliveira, de 45 anos, foi detido durante operação de monitoramento no Conjunto Aroeira
Agentes da Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DECORE) prenderam, na tarde desta quinta-feira (5), Pedro de Paiva Oliveira, de 45 anos, apontado como o principal suspeito de uma série de furtos registrados nas últimas semanas em Rio Branco.
A prisão foi realizada durante uma operação de investigação e monitoramento no Conjunto Aroeira, região do Calafate. De acordo com informações da polícia, Pedro vinha sendo acompanhado pelos investigadores devido ao seu suposto envolvimento em diversos crimes patrimoniais na capital acreana.
Após ser capturado, o suspeito foi conduzido à Delegacia de Investigação Criminal (DEIC), onde permanece à disposição da Justiça. A polícia informou que as investigações continuam com o objetivo de identificar possíveis cúmplices e localizar bens furtados.
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