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Fazendeiro é preso suspeito de homicídio em Boca do Acre após conflito por invasão de propriedade
O filho da vítima foi quem presenciou o assassinato e foi peça fundamental no caso. Segundo Gustavo Kallil, após a morte de “Cafu” houve várias denúncias sobre a conduta do fazendeiro, que estão sendo investigadas

Segundo as investigações, Francisco estava caçando na propriedade com o filho de 14 anos quando foi abordado pelo proprietário do local. O encontro resultou em uma discussão, que rapidamente escalou para troca de ameaças. Foto: cedida
O agricultor Francisco do Nascimento de Melo, de 48 anos, conhecido como “Cafu”, foi morto na frente do filho, de 14 anos, na quarta-feira (14), na zona rural de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus). O motivo, segundo a Polícia Civil, foi desavença sobre a proibição de caça na região.
O suspeito, segundo o delegado Gustavo Kallil, é o fazendeiro Raidir Silva, de 68 anos. O fazendeiro foi preso no sábado (18) quando se apresentou à delegacia acompanhado de advogados, em Rio Branco (AC).
Gustavo Kallil disse que foi o advogado do suspeito quem entrou em contato com a polícia propondo a entrega de Raidir em Rio Branco. O advogado alegou que o fazendeiro estava com medo de “represálias” caso se apresentasse em Boca do Acre. “O caso teve muita repercussão local, já que a vítima, o Cafu, era muito querido pela comunidade. Então, ele [fazendeiro] temia voltar para o município e ser atacado pela população”, disse o delegado.
“Parece que ele já tinha uma rincha anterior, por questões basicamente de posse de terra. O fazendeiro alegava que ele [Cafu] furtava gados dele na região. Nesse dia, ele ou para caçar […] ele foi abordado e começaram a discutir, foi no momento que teve uma briga. Foram efetuados três disparos, dois atingiram a vítima, um na região da virilha e outro na perna. O médico atestou que foi o disparo da perna que matou, por hemorragia aguda”, disse o delegado em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20).
O filho da vítima foi quem presenciou o assassinato e foi peça fundamental no caso. Segundo Gustavo Kallil, após a morte de “Cafu” houve várias denúncias sobre a conduta do fazendeiro, que estão sendo investigadas. O suspeito responderá por homicídio qualificado.
T
A T (Comissão Pastoral da Terra) informou em publicação que o crime foi por disputa de terra, pois o fazendeiro tentava tomar a terra de Francisco, localizada na divisa com sua propriedade.
Segundo a T, ele havia ameaçado as famílias locais e possuía histórico de conflitos fundiários. A comunidade informou ter buscado ajuda do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para resolver o conflito, mas nenhuma medida foi adotada. “O caso reforça o clima de insegurança e a falta de intervenção efetiva em situações de disputa territorial na região”, cita a T.

A 61ª Delegacia Integrada de Polícia (DIP) investigou o caso e conseguiu localizar o suspeito, que foi preso e autuado por homicídio qualificado. Ele permanece detido à disposição da Justiça.
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Criminosos atiram contra viatura da PM durante patrulha em área de risco em Rio Branco
Grupo armado fugiu após confronto e abandonou veículo com escopeta e munições no Ramal da Judia
Policiais militares do 2º Batalhão foram alvos de disparos de criminosos armados na manhã deste domingo (8), no bairro Belo Jardim, região considerada de alto risco em Rio Branco (AC). A guarnição foi acionada pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) por volta das 8h para atender uma denúncia de tiroteio na área.
Ao chegarem ao local, os militares se depararam com um grupo dentro de um veículo Hyundai HB20 prata. Os suspeitos ignoraram a ordem de parada e atiraram contra a viatura. Os policiais revidaram e deram início a uma perseguição que seguiu até o Ramal da Judia.
Durante a fuga, os criminosos abandonaram o carro e se embrenharam em uma área de mata, conseguindo escapar. No interior do veículo, a equipe encontrou uma escopeta calibre 28 e nove cartuchos intactos.
Apesar da troca de tiros, ninguém ficou ferido e nenhum suspeito foi preso. O caso será investigado pela Polícia Civil.
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Mulher embriagada incendeia própria casa por ciúmes e impede vizinhos de apagar o fogo em Cruzeiro do Sul
Após retirar os filhos, suspeita usou faca para afastar moradores e foi presa pela Polícia Militar; imóvel teve perda total, segundo Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul confirmou que uma mulher, embriagada e tomada por ciúmes após uma discussão com o marido, incendiou a própria residência na noite deste sábado (7), na Vila Santa Luzia, localizada na BR-364. O imóvel de madeira foi completamente destruído pelo fogo.
Segundo relatos de testemunhas, o casal havia ingerido bebida alcoólica quando a mulher, em um surto de ciúmes, retirou os dois filhos menores de dentro da casa e ateou fogo em um sofá. Em seguida, armada com uma faca, ela impediu que vizinhos tentassem conter as chamas. O nome da suspeita não foi divulgado.
A Polícia Militar foi acionada e prendeu a mulher ainda no local. Não houve feridos, mas todos os bens da residência foram consumidos pelas chamas.
“O fogo se alastrou rapidamente devido à estrutura de madeira e à distância até o local. Quando chegamos, o imóvel já havia sido completamente destruído. Atuamos no rescaldo da área, e felizmente não houve vítimas, apenas danos materiais”, informou o tenente Rosenildo Pires, do Corpo de Bombeiros.
A mulher foi conduzida à delegacia, onde deve responder por incêndio criminoso e ameaça.
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