Cotidiano
Homem que matou artista chilena com mais de 20 facadas no AC vira reú em processo
José Vagner Pedrosa Bezerra, de 46 anos, virou réu por feminicídio e furto. Ele está preso desde o último dia 14 de fevereiro.

Karina Constanza Bobadilha Chat foi morta no Acre — Foto: Arquivo pessoal
Por Iryá Rodrigues, G1 AC
A Justiça do Acre aceitou a denúncia do Ministério Público contra José Vagner Pedrosa Bezerra, de 46 anos, acusado de matar a chilena Karina Constanza Bobadilha Chat, de 22 anos, no último dia 1º de fevereiro.
Ele foi denunciado por feminicídio e furto e segue preso no complexo penitenciário Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco.
A chilena era artista de rua e foi encontrada ferida com mais de 20 facadas na avenida Amadeo Barbosa. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no pronto-socorro de Rio Branco.
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Dois dias após o crime, a polícia chegou a levar o suspeito para Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde ele confessou o crime. Mas, acabou sendo liberado porque já havia saído do período de flagrante.
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Após a Justiça expedir o mandado de prisão, o homem foi preso no último dia 14 de fevereiro. Ele estava escondido na zona rural da cidade de Feijó, interior do Acre. Bezerra tinha sido indiciado por feminicídio.
Após a liberação da Justiça, o corpo da chilena foi levado, no dia 11 de fevereiro, para a cidade de São Paulo, onde foi cremado e as cinzas foram levadas para Santiago, capital chilena.
Na delegacia, Bezerra chegou a afirmar que tentava um relacionamento com a vítima e, como ela se negou, acabou desferindo os golpes de faca.
Denúncia
Conforme a denúncia do MP-AC, os dois se conheceram cerca de dez dias antes do crime e estavam em uma relação que consistia em “galanteios e encontros diários”.
A informação é de que o homem oferecia à vítima alimentação e abrigo e eles se encontravam todos os dias, embora ele fosse casado e com dois filhos. Segundo o órgão, ele tinha interesses sexuais na chilena, apesar de não ser recíproco.
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No dia do crime, eles chegaram a comer juntos e foram até o apartamento dele, onde a chilena teria lavado suas roupas. Em seguida, a vítima disse que seguiria viagem até Porto Velho e foi quando o denunciado não gostou da notícia. A jovem pegou seus pertences e saiu a pé em direção à rodoviária de Rio Branco, sendo seguida por Bezerra e acabaram discutindo.
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Durante a discussão, ainda de acordo com a denúncia, o homem segurou a vítima pelo braço e ela reagiu o empurrando. Foi quando ele sacou uma faca e desferiu os mais de 20 golpes contra ela.
A jovem ainda correu para pedir socorro, mas acabou caindo na rua e sendo resgatada para o hospital. O MP-AC denunciou que após desferir as facadas, o homem ainda furtou os pertences de Karina.
Laudo descartou violência sexual
Como o suspeito afirmou que tentava um relacionamento com a vítima e, como ela se negou, acabou desferindo os golpes de faca, a polícia chegou a investigar se a chilena tinha sido vítima de violência sexual.
O delegado responsável pelo caso, Cristiano Bastos, informou que o resultado do laudo descartou que Karina tenha sido vítima desse tipo de violência.
“Foi colhido material genético dela, foi feito o exame no Instituto Médico Legal de Rio Branco e está descartada essa hipótese”, afirmou Bastos.
‘Família impactada’
A tia de Karina, Kary Chatt, contou que a menina era malabarista e havia saído do Chile em abril do ano ado.
Revoltada, ela pede por justiça. “Minha Karinita foi assassinada por um animal maldito do Brasil. Exijo justiça. A família está muito mal, estamos impactados e tristes. Chega de abusos e assassinatos. Ela era alegre, bela, terna e solidária. Um amor. Não entendo”, lamenta.
No Facebook, a avó da chilena, Silvia Irturra usou o perfil no Facebook para lamentar a morte da neta e fez um texto se despedindo.
“Em direção à luz, você está viajando para o paraíso, já não estás neste plano, estás no plano celestial. Pedimos a Deus que a encha de mais luz dando a felicidade celestial e a paz eterna hoje a nossa imensa dor. Abriremos as nossas mãos e os nossos corações e te deixaremos ir. Você merece viver longe da dor viver sem mágoas nem lágrimas. Te deixamos ir, mas nunca te esqueceremos”, escreveu.
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Prefeito de Assis Brasil ouve demandas da comunidade Divisão no ramal do Icuriã e reforça compromisso com ramais, pontes e educação
Jerry Correia se reuniu com moradores e lideranças para discutir melhorias em infraestrutura, saúde e educação; população elogia aproximação com a gestão municipal

A visita aconteceu na Escola Sandoval Batista de Araújo e teve como principal objetivo ouvir as demandas da população e reforçar o compromisso da gestão com o desenvolvimento da região. Foto: cedida
Na manhã desta quarta-feira, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, visitou a comunidade Divisão, no ramal do Icuriã, para ouvir as demandas dos moradores e reforçar o compromisso da istração municipal com o desenvolvimento da região. A reunião, realizada na Escola Sandoval Batista de Araújo, contou com a participação de lideranças locais, representantes do poder público e da população.
Integraram a comitiva a secretária municipal de Saúde, Vanderleia, o sargento Albuquerque, diretor da Defesa Civil, a professora Andreia, representando o Núcleo de Educação do Estado, e a vereadora Veronice Neves. Durante o encontro, os moradores apresentaram suas principais necessidades e reconheceram os avanços já alcançados pela atual gestão.
O prefeito destacou as ações em andamento para melhorar a infraestrutura dos ramais e pontes que dão o à comunidade, além dos investimentos em educação rural. “Estamos aqui para reafirmar nosso compromisso. Sabemos das dificuldades, mas trabalhamos para garantir melhorias na infraestrutura, saúde e educação”, afirmou Correia.
A população demonstrou apoio à iniciativa, valorizando o diálogo direto com o poder público. A Prefeitura de Assis Brasil reforça que seguirá priorizando a escuta ativa às comunidades rurais, buscando soluções conjuntas para elevar a qualidade de vida no município.
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Acre recorre ao STF para garantir benefícios fiscais em áreas fronteiriças de livre comércio no estado
O Estado do Acre possui três áreas de livre comércio, que compreendem os municípios de Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul

Acre possui três áreas de livre comércio, que compreendem os municípios de Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul. Foto: internet
Desde janeiro, a economia das regiões de fronteira do norte do país tem sofrido impactos que podem comprometer a competitividade do comércio nessas localidades. Desde então, uma articulação entre a Secretaria da Fazenda do Acre (Sefaz) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) tem envidado esforços em defesa da área de livre comércio acreana.
Para garantir o que prevê a legislação fiscal sobre a questão, o governo do Estado ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para coibir infrações ao pacto federativo firmado mediante convênios celebrados no Conselho Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz).
Entenda
O Estado do Acre possui três áreas de livre comércio, que compreendem os municípios de Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul. Ocorre que uma nova norma do Estado de São Paulo tem limitado unilateralmente a vigência de incentivo fiscal sobre o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a saída de produtos nacionais destinados à comercialização ou industrialização nestas áreas, o que prejudica 71% dos estados da Região Norte, uma vez que, além do Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá também possuem fortes áreas fronteiriças de livre comércio.
“A nova medida limita o incentivo que reduzia o pagamento de ICMS na saída de mercadorias de São Paulo até as áreas fronteiriças de livre comércio da Região Norte do país, na qual o Acre está inserido, praticando alíquota integral e sem o benefício, afetando diretamente as empresas que adquirem mercadorias de São Paulo”, disse o secretário da Fazenda, Amarísio Freitas.
Com a ADI, a intenção do Estado é garantir a segurança jurídica, o equilíbrio fiscal e a autonomia entre os estados, minimizando os impactos provenientes das desigualdades regionais frente às unidades federativas do centro-sul do país.
Aquecimento e competitividade do comércio prejudicados
Outra agravante é que, ao comprometer a economia das regiões fronteiriças, pela medida, a-se a exigir o recolhimento do imposto, que antes possuía um incentivo fiscal, tornando a operação menos competitiva e desestimulante ao aquecimento do comércio.
“As áreas de livre comércio possuem um benefício. A parte do ICMS que o fornecedor de mercadorias deve recolher para o estado dele de origem não é recolhida quando ele faz uma venda para a área de livre comércio; e esse valor tem que ser reado como desconto na mercadoria. Entretanto, chegaram ao entendimento de que não caberia mais benefício para as áreas de livre comércio, tornando os produtos destinados para essas áreas mais caros, prejudicando assim o comércio local”, explica o secretário adjunto da Receita Estadual, Clóvis Gomes.
Cabe ressaltar que normas estaduais não podem entrar em confronto com Constituição ou tratados tributários firmados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Intenção é garantir segurança jurídica, equilíbrio fiscal e autonomia entre estados, minimizando impactos provenientes das desigualdades regionais frente às unidades federativas do centro-sul do país. Foto: internet
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Acusado de integrar quadrilha de assaltos a bancos é transferido do Acre para presídio na Paraíba
Gerliano Faustino Macena Mendonça é suspeito de conexões com o crime organizado na Bolívia e foi preso em operação conjunta em Rio Branco
O assaltante Gerliano Faustino Macena Mendonça, de 44 anos, foi transferido na madrugada desta quarta-feira (11) do Acre para um presídio de segurança na Paraíba. A transferência foi realizada sob um forte esquema de segurança por policiais penais, em voo comercial.
Gerliano foi preso em setembro do ano ado, em uma lanchonete no bairro Cidade Nova, em Rio Branco, após uma ação conjunta entre a polícia da Paraíba e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
De acordo com as investigações, o acusado integra uma facção criminosa e é suspeito de participar de diversos assaltos a bancos e postos de combustíveis na Paraíba. Ele também teria estabelecido conexões com o crime organizado na Bolívia, onde obteve conhecimentos técnicos sobre o funcionamento e a estrutura de carros-fortes.
Além dos crimes contra instituições financeiras, Gerliano ou a ser investigado pelas autoridades bolivianas por envolvimento com o tráfico de drogas e associação para o tráfico. Monitorado pelas forças policiais da Bolívia, o acusado fugiu para o Acre, onde acabou capturado.
A transferência do detento visa reforçar o controle sobre sua custódia e facilitar o andamento das investigações em seu estado de origem. O caso segue sob responsabilidade das autoridades paraibanas.
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