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Irmã de jovem morta a facadas em Mâncio Lima diz que suspeito não aceitava término: ‘Fazia ameaças’
Tatiane Oliveira lembra que a irmã, Graziely, era uma pessoa fechada e nunca relatou violência, mas a família percebia o comportamento do rapaz. A jovem não contou o motivo para o fim do relacionamento, mas disse que o ex-namorado era ciumento. Principal suspeito, Pedro Tarik está preso.

Tatiane e a irmã Graziely, que foi morta a facadas em Mâncio Lima, no interior do Acre. Foto: Arquivo pessoal
Com indignação e dor. Assim a família da jovem Graziely Lima de Oliveira, de 19 anos, assassinada a facadas na última sexta-feira (17) em Mâncio Lima, interior do Acre, se sente após o crime bárbaro.
A irmã de Graziely, Tatiane Oliveira, que foi a primeira da pessoa da família ao ver o corpo da jovem, relatou que Pedro Tarik, ex-namorado e Graziely e principal suspeito do crime, não aceitava o término e fazia ameaças.
Tatiane lembra ainda que a irmã era uma pessoa fechada, que nunca relatou ter sofrido violências, mas que a família percebeu a situação. Graziely também não contou o motivo para o término, mas disse que o relacionamento não dava mais certo e que Tarik era muito ciumento.
“Ele falava que se ela não voltasse ele ia se matar. Ela nunca falou [sobre possíveis violências], ela era muito fechada, ela não falava nada. Mas a gente percebia. Aí ele ou, segunda, terça e quarta [anteriores ao crime] vindo aqui. Terça-feira (14] eu cheguei, quando eu vi ele, só olhei pra ele, ele pegou e foi embora. No dia do ato ele tava esperando eu sair de casa pra fazer isso. Ele veio aqui três vezes pra ver se eu tinha chegado. Viu que não e levou ela. Então, da última vez que ele veio aqui pra pegar ela, ele já veio ameaçando ela, porque ela não saía sem o celular dela e nem deixava o portão e a porta abertos. Nesse dia, ela deixou”, relatou.

Morte de Graziely Lima de Oliveira abalou moradores de Mâncio Lima, no interior do Acre. Foto: Reprodução/Instagram
Ex-namorado pressionava a vítima
Segundo Tatiane, os namoro dos dois ocorreu entre o início e o fim de 2023. Desde então, Tarik mandava mensagens e ia até a casa de Graziely para pressioná-la a reatar. A jovem cansou da situação e foi morar em Cruzeiro do Sul, cidade vizinha, onde estudava. Ela estava de férias em Mâncio Lima, e voltaria a Cruzeiro quando as aulas retornassem.
O ex-namorado de Graziely foi preso na noite desse sábado (18), após ar quase 24h foragido. O corpo da jovem foi encontrado na rua da casa dele e ela foi vista saindo de motocicleta com ele.
Ao ser preso, ele confessou o crime e disse ter matado a jovem por ciúmes, que tinha reatado o relacionamento com ela, mas havia descoberto uma traição. Segundo Tatiane e amigas de Graziely, isso não procede.
Agora, família e amigos esperam que o crime seja punido e a morte de Graziely seja devidamente esclarecida.
A irmã da vítima disse à polícia que, na noite do crime, a mãe delas relatou que ouviu alguém chamar Graziely no portão de casa, e que, quando foi olhar, viu a jovem levando um copo d’água para o suspeito.
Ele também pediu para fazer uma ligação no celular da vítima, e ambos ficaram conversando por um tempo. Logo depois, segundo a irmã da vítima ouviu da mãe, Graziely entrou em casa, pegou um capacete, saiu de moto com Tarik, e não voltou mais.
A irmã de Graziely estava voltando para casa acompanhada de um amigo na madrugada de sexta-feira quando foi avisada por dois homens que havia um corpo naquela rua, e, quando foi olhar, percebeu que era sua irmã e entrou em desespero.
Crime abalou Mâncio Lima
A vítima foi encontrada caída na rua pela irmã, que voltava da festa do próprio aniversário na madrugada de sexta (17). O suspeito desferiu cerca de 12 facadas na ex-namorada e ainda bateu na cabeça dela com um pedaço de madeira, o que a deixou desfigurada.
Havia a suspeita ainda de que a estudante tivesse sofrido abuso sexual. Contudo, o delegado Marcílio Laurentino disse que a vítima estava pronta para dormir quando o suspeito chegou até a casa dela e a chamou.

Ketila da Silva era amiga de Graziely há 14 anos e disse que vítima contou que namorado era ciumento. Foto: Arquivo pessoal
Kétila e Grazy, como era carinhosamente chamada, tinham uma amizade de 14 anos. As duas conversaram pela última vez um dia antes do crime e combinaram um eio neste domingo (19).
“Era muito amiga da minha irmã, então, estávamos sempre juntas. Era uma menina muito estudiosa, maravilhosa, era o orgulho da mãe dela. Era a filha caçula, sonhava em construir uma família e em terminar a faculdade. O pai dela morreu no início do ano ado e [ela] dizia que iria honrar ele”, revelou.
A amiga dizia ainda que a jovem acreditava na índole do suspeito. “[Ela] acreditava que [ele] era muito bom, foi a pessoa que ela mais amou”, reforçou.

Pedro Tarik é o suspeito de ter matado Graziely Lima de Oliveira a facadas em Mâncio Lima, no Acre. Foto: Reprodução
‘Cheia de sonhos’
Janiquele Costa e Shayane Costa também eram amigas de longa data de Grazy. Janiquele mora em Cuiabá (MT) e está no município para visitar familiares e conhecidos. Para ela, mesmo sem saber, os últimos dias foram de despedida com a amiga.
“Estávamos juntas em todos os eventos, frequentávamos a mesma igreja e todas as datas, tanto boas como ruins, sempre estivemos perto uma da outra. Sempre foi uma menina cheia de sonhos, queria ser policial em homenagem ao pai. Pedimos que a justiça seja feita, fica o legado de uma pessoa nobre, honesta, exalava amor por onde ava, era uma ótima filha e sempre se preocupou e cuidou dos pais com muito amor e carinho”, afirmou Janequele.

Janequele e Grazy eram amigas de longa data. Foto: Arquivo pessoal
A morte de Grazy abalou os moradores de Mâncio Lima. Shayane revelou que Grazy era sua confidente, que dividiam os planos de vida, sonhos e projetos. Emocionada, a jovem lembrou de um dos últimos momentos juntas.

Shayane Costa chegou a arrumar o cabelo da amiga dias antes do crime. Foto: Arquivo pessoal
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
- (68) 99609-3901
- (68) 99611-3224
- (68) 99610-4372
- (68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
- Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
- Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
- Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
- Qualquer delegacia de polícia;
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
- Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420.Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
- Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
- Ministério Público;
- Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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Mototaxista acusado de matar ex-mulher engenheira volta a ser julgado em Rio Branco
Giane Justo de Freitas enfrentará novo júri popular após STJ anular condenação de 24 anos; julgamento começa nesta segunda (26)
O mototaxista Giane Justo de Freitas, acusado de ass a ex-mulher, a engenheira civil Silvia Raquel Mota, voltará ao banco dos réus para um novo júri popular. O julgamento será realizado na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, em Rio Branco, e ocorrerá em duas etapas, começando na próxima segunda-feira, 26.
No primeiro dia do julgamento, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. No dia seguinte, está previsto o interrogatório do réu e os debates entre o Ministério Público e a defesa.
Silvia Raquel foi encontrada morta no dia 19 de agosto de 2014, dentro de uma caixa d’água na residência onde morava. Laudo do Instituto Médico Legal apontou asfixia mecânica, por afogamento, como a causa da morte. Giane, ex-marido da vítima, foi preso e, em 2019, condenado a 19 anos de prisão. Posteriormente, após recurso do Ministério Público, a pena foi ampliada para 24 anos pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.
O promotor responsável sustentou que o crime foi premeditado, motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. No entanto, a defesa, conduzida pelo advogado Sanderson Moura, alegou prejuízo processual, afirmando que duas testemunhas fundamentais não foram ouvidas durante o julgamento.
Em novembro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o recurso da defesa e anulou o júri. A nova sessão será presidida pelo juiz Alesson Braz, e a expectativa é que as testemunhas ausentes anteriormente sejam finalmente ouvidas.
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Policial civil mata vizinho a tiros após discussão em Rio Branco
Agente da Polícia Civil, marido de delegada, é preso em flagrante após matar homem de 55 anos com dois disparos durante briga por telha quebrada
Uma discussão entre vizinhos terminou em tragédia na manhã deste sábado (24), em Rio Branco, capital do Acre. O agente da Polícia Civil identificado como Fábio, lotado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher e casado com uma delegada, matou com pelo menos dois tiros o vizinho Francisco Rui Costa, de 55 anos, conhecido como Rui.
O crime ocorreu na Rua Almirante Jaceguay, no bairro Izaura Parente. Segundo testemunhas, Fábio foi até a casa de Rui para tirar satisfações sobre uma telha quebrada em sua residência. A conversa rapidamente evoluiu para uma acalorada discussão. Durante o confronto verbal, o policial sacou uma arma e efetuou ao menos dois disparos a curta distância.
Rui, que era dependente químico, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Vizinhos relataram que os dois já tinham um histórico de desentendimentos e não mantinham uma boa convivência.
Após o crime, Fábio foi preso em flagrante pela Polícia Militar. A arma utilizada, uma pistola calibre .40, foi apreendida. O corpo da vítima foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) após a realização da perícia no local. O agente foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes, onde permanece à disposição da Justiça.
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Polícia Militar do Acre participa do 1º Encontro Nacional de Corregedores-Gerais das PMs e CBMs em Gramado-RS

Tenente-Coronel José Jamisson de Paiva Neri, corregedor-geral da PMAC. Foto: Arquivo PMAC
A Polícia Militar do Acre (PMAC), por meio da Corregedoria-Geral, marcou presença no 1º Encontro Nacional de Corregedores-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, realizado entre os dias 21 e 23 de maio de 2025, na cidade de Gramado, Rio Grande do Sul.
O evento reuniu representantes de corregedorias de 24 unidades da federação e representou um marco histórico para o fortalecimento das atividades de controle interno e da governança nas instituições militares estaduais. A PMAC foi representada pelo corregedor-geral, Tenente-Coronel José Jamisson de Paiva Neri, e pelo Capitão PM Edinei da Silva Souza.
Entre os principais avanços do encontro, destaca-se a da Carta de Gramado, documento que estabelece diretrizes para o alinhamento nacional de procedimentos e práticas correcionais, preservando a autonomia e as particularidades de cada estado.
Outro importante resultado foi a proposta de criação do Conselho Nacional de Corregedores-Gerais das PMs e CBMs, que visa fortalecer a integração, o intercâmbio técnico e a padronização de boas práticas, promovendo mais eficiência e transparência nas atividades disciplinares em todo o país.
Para o Tenente-Coronel Neri, a participação no encontro reafirma o compromisso da PMAC com a legalidade e a excelência institucional. “O Encontro de Gramado consolida uma nova fase de cooperação entre as corregedorias do Brasil. Estamos construindo um ambiente de diálogo técnico e ético, que respeita as especificidades de cada estado, mas que busca soluções conjuntas para os desafios comuns. A Carta de Gramado é um marco do compromisso com a legalidade, a justiça e o aperfeiçoamento constante dos nossos procedimentos”, destacou.
Com essa participação, a Polícia Militar do Acre reforça seu papel na construção de uma gestão cada vez mais transparente, ética e alinhada aos princípios que regem a istração pública, fortalecendo a Corregedoria-Geral como instrumento essencial de credibilidade institucional e de confiança da sociedade.
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