Brasil
Mais de 20% dos municípios brasileiros têm risco de surto para dengue
Para este ano, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde para os estados chegue a R$ 1,9 bilhão.
Dados do Ministério da Saúde revelam que 1.153 municípios brasileiros, o que corresponde a 22% do total, têm alto índice de infestação e risco de surto para dengue, zika e chikungunya, o que indica a necessidade de intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, mesmo durante o outono e o inverno. Nessas estações, a tendência seria de cair a incidência de doenças associadas ao mosquito.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, em apenas três capitais, o índice de infestação por Aedes aegypti é satisfatório (Arquivo/Agência Brasil)
O mapeamento foi feito com base no Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), que compila informações enviadas por gestores municipais. Neste caso, os dados foram coletados entre janeiro e meados de março. O LIRAa mostra que, além dos municípios que estão em situação mais vulnerável, 2.069 estão em alerta e 1.711 apresentam índices satisfatórios. A lista com a situação de cada cidade está disponível no portal do Ministério da Saúde
“O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção às ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período mais frio do ano”, alertou o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto. De acordo com o secretário, as ações ddevem reverter em maior proteção durante o verão, época de maior proliferação do Aedes aegipty. “Assim será possível manter a redução do número de casos”, adiantou.
Entre as capitais, apenas São Paulo, João Pessoa e Aracaju apresentam índices satisfatórios e não devem enfrentar problemas desse tipo.
De acordo com o ministério, Rio de Janeiro, Fortaleza, Porto Velho, Palmas, Maceió, Salvador Teresina, Recife, Brasília, Vitória, São Luís, Belém, Macapá, Manaus e Goiânia estão no estágio de alerta. Natal e Porto Alegre realizaram levantamento por armadilha, utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente. Boa Vista, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Campo Grande não enviaram informações.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia e professor da Universidade Feevale, localizada no município de Novo Hamburgo (RS), Fernando Rosado Spilki, considerou “impressionante” o índice de infestação no Brasil. Spilki disse que os riscos de ocorrência de novos surtos são elevados, pois, no caso da chikungunya, por exemplo, a população imune, inclusive por já ter contraído a doença, é relativamente baixa.
Para Spilki, a manutenção desse patamar de incidência, poucos anos após surtos de doenças terem chamado a atenção do país, reflete a falta de políticas que integram ações preventivas eficazes e de conscientização da população. O professor acrescentou que a situação deriva também de outros problemas, como a urbanização precária das cidades brasileiras e a descontinuidade no fornecimento de água, o que faz com que parte da populaçãotenha de armazená-la, o que pode gerar criadouros de mosquitos.
As características do Aedes aegypti também dificultam o combate, o que amplia o desafio de superar o problema. “Hoje, a praga número 1 a ser combatido é exatamente o Aedes aegypti, que tem entrado em muitos municípios, inclusive expulsando outras espécies, como o Aedes albopictus. E o aegypti tem a característica de não só ficar ao redor da casa, mas de entrar na casa, o que dificulta o combate”, detalhou Spilki.
O professor ressaltou que o Brasil não é o único país que sofre com o problema. “Há uma recrudescência dessa situação em toda a América do Sul. Há relatos de aumento de casos de doenças transmitidas no Peru e no Equador, acompanhando a situação brasileira. Não é, portanto, uma coisa exclusiva nossa, mas, como país, precisamos tomar uma ação de prevenção e vigilância, porque nossa população é muito grande.”
O Ministério da Saúde informa que as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade. Entre as medidas tomadas para combater o mosquito está a criação da Sala Nacional de Coordenação e Controle, que orienta e articula ações contínuas ao longo do ano com governos estaduais e municipais para combate ao vetor e monitora a situação epidemiológica e as atividades para enfrentamento do mosquito. Além disso, os recursos para as ações de vigilância em saúde cresceram nos últimos anos, ando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,94 bilhão em 2017.
Para este ano, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde para os estados chegue a R$ 1,9 bilhão.
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Mulher que saiu do acre é presa pela PF em Brasília com 10 kg de drogas e bebê de 8 meses
Suspeita transportava maconha e pasta base de cocaína escondidas na bagagem; Conselho Tutelar ficará responsável pela criança

Após a abordagem, a mulher foi conduzida à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde permanecerá à disposição da Justiça. A identidade da detida não havia sido divulgada. Foto: cedida
A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (28), uma mulher transportando 10 kg de drogas no Aeroporto de Brasília. Ela desembarcava de um voo vindo de Rio Branco, no Acre, com um bebê de 8 meses. Ela transportava cerca de 10 quilos de drogas escondidos em sua bagagem e estava acompanhada de um bebê de apenas 8 meses.
De acordo com a PF, a mala da suspeita continha aproximadamente 4 quilos de maconha, 6 quilos de pasta base de cocaína e diversos insumos para refino de drogas. A prisão ocorreu durante uma operação de fiscalização de rotina no aeroporto.
Destino da criança e investigações
Após a abordagem, a mulher foi levada para a Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, onde ficará à disposição da Justiça. O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso do bebê e decidir quem assumirá a guarda provisória da criança.
A identidade da detida não foi divulgada, e a PF investiga a origem dos entorpecentes e possíveis cúmplices no esquema criminoso.
Penalidades: O transporte de drogas em grandes quantidades pode caracterizar tráfico interestadual, crime com pena prevista de 5 a 15 anos de prisão, além de multa.
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Prazo do IRPF 2025 se encerra em 30 de maio com 10 milhões de contribuintes em atraso
Receita Federal já recebeu 76,5% das declarações esperadas; faltam 13,6 milhões de entregas antes do limite final

O prazo começou em 17 de março e se encerra às 23h59 do próximo dia 30 de maio. Foto: cedida
Com o prazo de entrega do Imposto de Renda 2025 se encerrando na próxima quinta-feira (30), cerca de 10 milhões de contribuintes ainda não regularizaram sua situação. Dados atualizados da Receita Federal mostram que, até as 18h desta segunda-feira (26), foram recebidas 32,58 milhões de declarações – equivalente a 76,48% do total esperado.
O prazo começou em 17 de março e se encerra às 23h59 do próximo dia 30 de maio. A expectativa da Receita é que 46,2 milhões de documentos sejam enviados, número que representa um crescimento de quase 7% em relação a 2024, quando foram entregues 43,2 milhões.
De acordo com o órgão tributário, 61,5% dos contribuintes que já declararam têm direito à restituição, enquanto 20,6% terão que pagar imposto. Outros 17,8% não têm valores a pagar nem a receber. A maioria das declarações (83,5%) foi enviada por meio do programa gerador instalado em computadores, enquanto 11,1% utilizaram a plataforma online e 5,4% recorreram ao aplicativo “Meu Imposto de Renda”, disponível para smartphones e tablets.
A versão pré-preenchida da declaração, que facilita o preenchimento com dados fornecidos por empresas, bancos e instituições financeiras, foi utilizada por 48,9% dos contribuintes. Disponível desde 1º de abril, o recurso teve seu abastecimento inicial atrasado por conta da greve dos auditores fiscais da Receita Federal.
Além disso, 56,2% dos contribuintes optaram pelo modelo simplificado de declaração, que oferece desconto padrão em vez de deduções detalhadas.
Estão obrigadas a declarar as pessoas físicas que, ao longo de 2024, receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 ou tiveram receita bruta superior a R$ 169.440 em atividade rural. Contribuintes que receberam até dois salários mínimos por mês estão isentos, salvo se se enquadrarem em outras condições que exijam a declaração.
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Segurança Pública participa da Formação de Profissionais da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência
Nas próximas semanas, a formação seguirá para Santa Rosa do Purus, Jordão, Bujari, Senador Guiomard, Porto Acre, Manoel Urbano, Capixaba, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Plácido de Castro e Acrelândia.

“A nossa presença é fundamental para mostrar como funcionamos e em que área atuamos, além de compartilhar experiências e melhorar a prestação de serviços às mulheres”
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), participou da Formação de Profissionais da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) e realizada em Sena Madureira, nesta terça-feira, 27. O objetivo é integrar os órgãos que atuam no acolhimento desse público, processo em que a Sejusp desempenha um papel fundamental na primeira etapa de atendimento, por meio dos números emergenciais.
A sargento da Polícia Militar Erika Gomes, da rede de atendimento, destacou a importância da participação da Sejusp no evento: “A nossa presença é fundamental para mostrar como funcionamos e em que área atuamos, além de compartilhar experiências e melhorar a prestação de serviços às mulheres”.

Sargento da Polícia Militar Erika Gomes destaca importância da participação da Sejusp no evento Foto: Mariana Moreira/Sejusp
Durante a capacitação, foram apresentadas as ações de diversos órgãos, incluindo a Polícia Civil, Patrulha Maria da Penha, Ministério Público do Acre, Secretaria da Mulher e Instituto de istração Penitenciária do Acre. A chefe do Departamento de Enfrentamento a Violência contra Mulheres da Secretaria de Estado da Mulher da Semulher, Joelda Paes, enfatizou: “É fundamental que a rede conheça as suas atribuições no atendimento às vítimas de violência, no acolhimento a essas mulheres, para que os profissionais se aperfeiçoem e tenham responsabilidade no tratamento e entendam o fluxo de cada órgão”.

Joelda Paes enfatizou importância de os profissionais conhecerem suas atribuições e fluxo de cada órgão. Foto: Mariana Moreira/Sejusp
Até o momento, os municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó e Sena Madureira já foram capacitados. Nas próximas semanas, a formação seguirá para Santa Rosa do Purus, Jordão, Bujari, Senador Guiomard, Porto Acre, Manoel Urbano, Capixaba, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Plácido de Castro e Acrelândia.
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