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Na era do celular, vírus são pragas cada vez mais móveis
Usuários devem adotar hábitos mais seguros, dizem especialistas

Celular Galaxy S3, da Samsung: segundo a McAfee, quase todo malware é voltado contra o sistema Android Terceiro / Bloomberg
RIO — Os consumidores que, neste Natal, deixaram para trás seus celulares antigos por modernos smartphones podem não suspeitar, mas o conforto de ter toda a Web no bolso implica um risco cada vez mais sério. Os malware — pragas virtuais com as quais nos acostumamos a conviver na era do PC — são agora um enxame em movimento, pronto para devorar celulares e tablets desprevenidos. Se, segundo a consultoria ESET, a detecção desses vírus em aparelhos com sistema Android — de longe o mais afetado hoje — saltou 17 vezes em 2012, a previsão para este ano é que haja uma explosão ainda mais potente.
— Daqui a três anos, é possível que o número de ataques a sistemas móveis já seja igual ao do PC. Sua expansão já é muito maior — afirmou Mariano Sumrell, da AVG Brasil, que produz software antivírus.
O vertiginoso crescimento na quantidade desses aparelhos explica a atenção que os cibercriminosos têm dedicado a eles. Nos cálculos da IDC, o mercado de tablets deve crescer 40% em 2013, chegando 172,4 milhões. O de smartphones cresceu 45% este ano, a 717 milhões de aparelhos.
Segundo a gigante de segurança McAfee, praticamente todas as ameaças hoje são direcionadas ao Android, da Google, que detém quase três quartos do mercado.
— Não existe código malicioso para iPhone, só se o aparelho sofrer jailbreak (forma de burlar as restrições à instalação de aplicativos). A Apple é muito criteriosa na permissão aos aplicativos. O que há são golpes como phishing (páginas que enganam usuários para obter seus dados), fruto de engenharia social — conta Luiz Prado, da Symantec, do antivírus Norton.
Como lembra Sumrell, no Android também é possível instalar apps que sequer estão na loja oficial. Por isso, calcula a Trend Micro, o número de apps maliciosos para Android saltou de 11 mil, em abril, para 175 mil em setembro.
Mas o que fazer para se proteger? Sumrell recomenda que o usuário esteja atento aos aplicativos que baixa. Procurar referências de amigos e ler a avaliação de outros usuários é essencial. Assim o usuário evita “ser cobaia”, afirma ele. Além disso, examinar quão profundo é o o requisitado pelo app aos seus dados é também indispensável. Sempre que considerá-lo exagerado, o usuário deve negar o pedido.
Outro cuidado importante é confiar apenas em links, e-mails e SMS recebidos de fontes conhecidas. Quando navegar por sites visados por criminosos, como páginas de bancos, é preciso verificar se o endereço exibe protocolo HTTPS, que mostra que o local seguro. O especialista da AVG também avisa que o Bluetooth só deve estar ligado quando houver transferência de arquivos. Outra dica indispensável é instalar um aplicativo antivírus.
A Lookout, de segurança mobile, também aconselha que os usuários sempre atualizem o sistema operacional e leiam com atenção a fatura do celular, pois grande parte dos ataques são do tipo que contrata serviços por SMS sem que o dono do aparelho saiba.
Mas não basta só isso para estar a salvo. A Lookout estima que a perda de celulares causou aos seus donos prejuízo de US$ 30 bilhões nos EUA este ano. Logo, adotar senhas de o ao aparelho é indispensável, por mais incômodas que elas possam ser.
Com a adoção da prática conhecida como BYOD (sigla em inglês para traga seu próprio aparelho), em que profissionais usam no escritório seus aparelhos pessoais, as empresas também estão vulneráveis aos hábitos digitais dos funcionários. E há motivo para preocupação: de acordo com pesquisa da Symantec, o custo médio anual causado às empresa brasileiras por incidentes móveis foi de US$ 296 mil, mais que os US$ 247 mil do resto do mundo.
— O BYOD é uma tentativa de colocar dois mundos no mesmo dispositivo. O que deve ser feito é uma separação suficientemente forte dentro do aparelho entre os universos pessoal e corporativo, para que o filho do funcionário possa assistir à “Galinha Pintadinha” no tablet que vai executar a tarefa pedida pelo chefe — analisa Luiz Prado, da Symantec.
Segundo os especialistas, todas as dicas de segurança para pessoas valem para as empresas, que devem reforçar a conscientização dos empregados. As firmas também não devem descuidar das atualizações dos aparelhos e aplicativos que am sua rede e sempre corrigir prontamente as falhas detectadas. Prado lembra ainda que o excesso de serviços desnecessários habilitados facilita a vida dos criminosos. A saída é abrir apenas portas essenciais ao sistema.
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Ministra Marina Silva e governadores da Amazônia reforçam encerramento da GCF Task Force no Acre com apelo por justiça climática e valorização da floresta
A ministra anunciou que os recursos do Fundo Clima saltaram de R$ 400 milhões para R$ 21 bilhões em dois anos, reflexo do compromisso do governo federal com a transição ecológica
O último dia da programação da GCF Task Force (Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas), realizada nesta sexta-feira, 23, em Rio Branco, foi marcado por discursos e ações de impacto de autoridades nacionais e internacionais, com destaque para a participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O evento reuniu representantes de estados da Amazônia Legal, países doadores como Reino Unido e Noruega, e parceiros institucionais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reafirmando o papel estratégico do Acre no debate climático global.

GCF no Acre reuniu representantes de estados da Amazônia Legal, países doadores como Reino Unido e Noruega, e parceiros institucionais. Foto: Diego Gurgel/Secom
Em sua fala, a ministra Marina Silva se emocionou ao rememorar sua trajetória pessoal e destacar a simbologia da floresta amazônica. “Trabalhei com meu pai até os 16 anos, depois com minha mãe. A floresta me formou”, declarou. Marina enfatizou a importância dos serviços ecossistêmicos prestados pelas florestas e o papel central da Amazônia no equilíbrio climático do planeta.
A ministra anunciou que os recursos do Fundo Clima saltaram de R$ 400 milhões para R$ 21 bilhões em dois anos, reflexo do compromisso do governo federal com a transição ecológica. “Reduzimos o desmatamento em 46% na Amazônia e evitamos a emissão de 450 milhões de toneladas de CO₂”, destacou, ao mesmo tempo em que alertou para a intensificação de eventos extremos como enchentes, secas e incêndios, que já configuram um novo tipo de ameaça: o “desmatamento meteorológico”.

“A floresta me formou”, declarou Marina Silva. Foto: Diego Gurgel/Secom
No final, a ministra conclamou a todos, de forma enfática, a participarem da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada este ano no Brasil, deixando claro que o momento de unir forças contra as mudanças climáticas e a devastação florestal é agora.
BNDES reforça Brasil na economia verde
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, também esteve presente e celebrou os avanços do Fundo Amazônia e reafirmou a disposição do banco em ampliar parcerias. “Desde 2008, quando muitos duvidavam, o Brasil ousou com a nova economia da floresta. Hoje, somos referência mundial”, afirmou.

Diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, esteve presente e celebrou os avanços do Fundo Amazônia. Foto: Diego Gurgel/Secom
Tereza também apontou a importância do diálogo entre governos subnacionais e aliados internacionais, como Reino Unido e Noruega: “Estamos abertos ao diálogo. Essa construção é coletiva e essencial para o futuro da Amazônia e do planeta”.
Governadores pelo desenvolvimento sustentável com inclusão
Ao lado do governador Gladson Camelí, três governadores do Norte do país também tiveram espaço para apresentar as políticas ambientais de seus estados.

Carlos Brandão (Maranhão), Antônio Denarium (Roraima) e Wilson Lima (Amazonas) acompanharam o governador acreano Gladson Camelí. Foto: Diego Gurgel/Secom
Wilson Lima (Amazonas) destacou três frentes estratégicas: bioeconomia, manejo sustentável e geração de créditos de carbono vinculados a resultados sociais. “Estamos trabalhando para que o conhecimento tradicional se alie ao empreendedorismo e à ciência, garantindo qualidade e competitividade para os produtos da floresta”, afirmou.
Antônio Denarium (Roraima) apresentou o maior programa de regularização fundiária do país, com mais de 20 mil títulos emitidos. “90% dessas propriedades são de agricultores familiares. Isso garante segurança jurídica e incentiva a produção em áreas indígenas e rurais”, disse.

Antônio Denarium (Roraima) apresentou o maior programa de regularização fundiária do país, com mais de 20 mil títulos emitidos. Foto: Diego Gurgel/Secom
Carlos Brandão (Maranhão) ressaltou o projeto ambiental apoiado pelo Fundo Amazônia com recursos da Alemanha. O governador também defendeu mais responsabilidade das grandes potências globais no financiamento da transição ecológica. “Não é possível que países como China, Estados Unidos e Índia não contribuam para programas de sustentabilidade dos países da Amazônia”, declarou.
Acre como protagonista climático
A realização da GCF Task Force no Acre reforçou a liderança do estado nos debates sobre meio ambiente e sustentabilidade. Além da ministra Marina Silva, participaram representantes internacionais, como do Reino Unido e da Noruega, e de entidades estratégicas como o Consórcio da Amazônia Legal. O evento consolidou compromissos em torno do fortalecimento da bioeconomia, do combate ao desmatamento e da valorização das comunidades tradicionais.
“Estamos aqui para proteger as florestas e transformar o Brasil com justiça social, equidade e sustentabilidade”, concluiu Marina Silva, sob aplausos de um público que se despediu do evento com o sentimento de responsabilidade renovada diante dos desafios climáticos globais.
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OCA celebra 15 anos da unidade de Xapuri com programação especial para a população
A celebração ganha um tom mais festivo com a realização de uma festa especial de aniversário, marcada por uma manhã repleta de atividades, como cinema infantil, atendimentos de beleza

A trajetória da OCA Xapuri inspira outras unidades e reafirma o compromisso do governo em oferecer um serviço cada vez mais humano, integrado e próximo da população.Foto: cedida
Em comemoração aos 15 anos de funcionamento da OCA Xapuri, o governo do Acre, por meio da Organização em Centros de Atendimento (OCA), realizará na próxima semana uma programação especial aberta à comunidade. A iniciativa reforça o compromisso com um serviço público de qualidade, ível e centrado no cidadão, que é o grande homenageado desta celebração.
Primeira unidade da OCA implantada no estado, a central de Xapuri marcou o início de uma nova era no atendimento público do Acre. Ao longo desses 15 anos, consolidou-se como um espaço de referência, promovendo cidadania, inclusão e o a direitos com acolhimento, eficiência e respeito. A trajetória da OCA Xapuri inspira outras unidades e reafirma o compromisso do governo em oferecer um serviço cada vez mais humano, integrado e próximo da população.
As atividades comemorativas começam na segunda-feira, 26, com a palestra “Seja o profissional do futuro: de olho nas novas competências”, realizada em parceria com o Sebrae, a partir das 14h. Voltado ao público em geral, o encontro tem como objetivo refletir sobre as mudanças no mundo do trabalho e as novas habilidades exigidas pelo mercado.
Já na terça-feira, 27, a celebração ganha um tom mais festivo com a realização de uma festa especial de aniversário, marcada por uma manhã repleta de atividades, como cinema infantil, atendimentos de beleza, bolo comemorativo, apresentações musicais e distribuição de lembrancinhas.
Para a diretora da OCA, Fran Brito, celebrar este marco é reconhecer a importância do cidadão em cada conquista da instituição. “São 15 anos construindo uma história junto à população de Xapuri. Nos últimos cinco anos, vivemos um período de grandes investimentos, modernização da estrutura, aquisição de novos equipamentos, aprimoramento de processos, ampliação de serviços e parcerias, além da reforma e revitalização do prédio, com a preservação de seus elementos históricos. Cada atendimento, cada serviço prestado tem o cidadão como centro e razão de ser. É com ele e para ele que comemoramos.”
O chefe da unidade, Arthur Brito, ressalta a importância do momento. “Celebrar os 15 anos da OCA Xapuri é celebrar a força de um serviço público que se constrói no dia a dia, com escuta, dedicação e respeito ao cidadão. Cada pessoa atendida aqui faz parte dessa história.”

Celebração contará com festa especial na terça-feira, 27. Foto: Ludymila Maia/OCA
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Ufac abre período de matrícula para o semestre 2025-1 a partir desta segunda (26)
Prazo vai até 30 de maio e deve ser feito online; calouros devem cumprir etapa para garantir vaga

O procedimento deverá ser feito exclusivamente pelo Portal do Aluno, conforme estabelece o calendário acadêmico da instituição. Foto: cedida
A Universidade Federal do Acre (Ufac) divulgou, nesta sexta-feira (23), que as matrículas para o semestre 2025-1 estarão abertas entre os dias 26 e 30 de maio. O procedimento deve ser realizado exclusivamente pelo Portal do Aluno, conforme o calendário acadêmico da instituição.
Os calouros devem ficar atentos: a matrícula nas disciplinas do primeiro período é obrigatória, e a não realização dentro do prazo acarretará na perda automática da vaga, de acordo com o Regimento Geral da Ufac. Já os veteranos também precisam regularizar sua situação acadêmica dentro do período estipulado.
O início das aulas está marcado para 9 de junho. A universidade reforça a importância de cumprir os prazos para evitar transtornos e garantir a continuidade nos cursos. Mais informações podem ser obtidas no Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca) ou no site oficial da Ufac.
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