Acre
“O Acre respira liberdade e em breve sairá do subdesenvolvimento”, diz um entusiasmado Gladson em uma das entrevistas mais bem acabadas de todos os tempos, em pleno Dia das Mães

Foto: Gladson com a mãe, dona Linda Cameli
Quando o então deputado Gladson Cameli deixou Brasília e chegou a Rio Branco como o novo presidente do PP, começou uma aventura de sonhos de uma vida melhor para os acreanos, rejeitando aquilo que a política tradicional lhes impôs. Era o ano de 2012, momento em que o então projeto de poder já tinha dito a que viera, constituindo-se em um retumbante fracasso, e o Acre podia ser resumido da seguinte forma: a economia estava arruinada e uma hecatombe social foi a consequência.
Depois de resgatar a identidade e a dignidade partidária, devolvendo o seu DNA, que é o protagonismo, o presidente e governador do Acre, Gladson Cameli, de 47 anos, transformou o Progressistas no maior partido da histórica política do Acre. Além do cargo maior do estado, tem a vice-governadora, seis deputados, quatro vice-prefeitos e quatorze prefeitos. Conforme palavras do presidente nacional, Ciro Nogueira: “Um fenômeno”.
Foi um trabalho feito há muitas mãos. Porém, a liderança de Cameli foi determinante. Além de seu governo exitoso, o estadismo, o carisma e a capacidade de aglutinar colocaram a legenda no atual patamar. “Esse mérito é de todos vocês, filiados, aliados e principalmente da população acreana”, assim concebe ele, que, além da aprovação de seu governo, em torno 75%, já é considerado o maior líder político desde a autonomia do Acre.
Com a liberdade para produzir grãos (soja e milho), pode-se intensificar a piscicultura, a criação de aves e principalmente de suínos, alimentando-os com uma ração regionalizada. A pecuária de corte, que ainda não está consolidada, está incorporando ciência e tecnologia para se expandir para as regiões dos Vales do Juruá e Purus.
Gladson assegura que o governo vai adequar e ampliar a infraestrutura, incentivando a produção em escala maior, bem como vai continuar criando um ambiente favorável, com incentivos e isenções, para a instalação de indústrias. “O Acre respira liberdade para produzir, é exportador e em breve estará em outro patamar de prosperidade”, assim vislumbra o governador, que comemora os constantes aumentos do PIB e ainda anuncia: “Vamos reativar a ZPE (Zona de Processamento e Exportação) ”.
O Papo de Domingo teve que fazer uma verdadeira cruzada até chegar a uma sala de uma universidade, onde, finalmente, conversou com o governador. Espontâneo e simpático, ele avaliou o seu governo, fez análises e projeções, sempre deixando a entender que o Progressistas ainda tem muitos desafios. Todavia, disse aquilo embalou o sonho dos acreanos por mais de um século: “Vamos sair do subdesenvolvimento”. Veja a entrevista:
No início do seu governo, o senhor recebeu o Acre em condições adversas e, logo em seguida, veio a pandemia. Comente sobre isso.
Gladson Cameli – Eu não costumo olhar para o retrovisor. Isso é para não perder tempo. O Brasil, naquele momento, vivia uma crise econômica e política. Alinhamos as contas, fiscal e financeira, nos preparamos para entrar 2020 e iniciar grandes projetos. Mas veio a pandemia. Graças a Deus e a nossa equipe, arregaçamos as mangas e enfrentamos a doença. Demos o máximo de nós.
O Acre está vivendo um novo momento no campo econômico, destacadamente na parte leste do estado, onde ficam os municípios às margens da BR 317. A prova desse “boom” econômico são os constantes aumentos do PIB. O que o senhor atribui a isso?
Gladson Cameli – Primeiro o respeito que tenho pela população, pelas instituições, pelas leis ambientais, pela minha equipe e pelo setor produtivo. Todo dia é um aprendizado novo. Não prometemos aquilo que não podemos cumprir, ou seja, a gente busca ser honesto e transparente. O Acre, graças a Deus, está decolando economicamente. Por causa desse novo porto, a ZPE agora é a menina dos olhos de investidores. Como um mais um é dois, pode ter certeza, o Acre sairá do subdesenvolvimento. No nosso governo não há extremismos ou radicalismos, e sim uma imensa vontade de melhorar a vida da nossa gente.
Os estados que possuem reservas de petróleo estão em outro patamar de desenvolvimento. O Acre não tem esse recurso natural, mas tem florestas, inclusive algumas de sua propriedade. Por que o governo não entra no emergente mercado de carbono?
Gladson Cameli – A lei que regulamenta o mercado de crédito de carbono no Brasil foi criada em dezembro do ano ado. Ela institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece as bases para a criação de um mercado regulado de carbono no país, permitindo a compra e venda de créditos de carbono. Já estamos fazendo essas tratativas, mas, como é algo muito recente, ainda estamos aguardando decisões, principalmente daquelas que vierem com a COP30, evento da ONU, que acontecerá em novembro em Belém do Pará. Como você disse, é um mercado emergente e o Acre, pode ter certeza, vai se inserir nesse negócio, mesmo porque, em se falando desse assunto, somos protagonistas e estaremos no centro do mundo.
O senhor nunca trocou de legenda. Vais manter essa coerência?
Gladson Cameli – Com toda certeza. Foi esse partido que me deu tudo que conquistei, desde 2006, quando fui eleito deputado federal. Desde criança, o meu desejo de entrar na política ava pelo Progressista, inclusive a minha família tem essa tradição. Eu não tenho porque mudar. É o partido que dirigentes nacionais nos dão voz e vez, inclusive agora como a federalização com o União Brasil.
O que ou a quem o senhor atribui esse crescimento partidário, inclusive com reconhecimento nacional?
Gladson Cameli – À confiança que a população deposita em mim, principalmente por eu falar a verdade, doa a quem doer. Também à consciência de que o governo é para servir a população. Ninguém se perpetua no poder, que não é para todos.
Como o senhor se sente sendo presidente do Progressista?
Gladson Cameli – É uma honra e uma enorme responsabilidade. Tenho muita gratidão por esse partido. Se tivesse que escolher entre ser governador e presidente do Progressista, eu escolheria os dois (risos). Sair do partido seria uma infidelidade e uma ingratidão. Vou continuar honrando essa sigla. Eu gosto de desafios, mas sem pressão. E por que? Porque estamos lidando com a vontade das pessoas. A política precisa ser suave e saudável. E o eleitor, todos sabemos, é sábio.
Quais são as satisfações do seu governo?
Gladson Cameli – A satisfação é poder andar nas ruas e a população te acolher. É poder andar de cabeça erguida. Eu sou muito grato à minha equipe, que tem uma paciência enorme comigo. Essa aprovação é também dos motoristas, das pessoas que fazem a minha segurança, daquelas que servem o cafezinho, enfim, de todos.
O senhor esteve na China e no Peru e pôde ter contato com a proposta de criação de um novo corredor de exportação e importação mundial. Esse novo modal cortaria o Brasil, inclusive ando pelo Acre. Comente sobre isso.
Gladson Cameli – Eu não sou de criar expectativas. Nós temos a Serra do Divisor, que é um parque nacional. Para esse corredor sair, via Cruzeiro do Sul-Pucalpa, é preciso fazer uma rodovia ecológica com todas as exigências para reduzir o impacto ambiental. É preciso desviar toda a serra, ou seja, ando necessariamente pelos municípios de Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Mas esse é um componente geopolítico estratégico. O Acre sempre teve esse desejo de se integrar com o Peru por aquela região. Temos mercados consumidores próximos e estamos no centro. Mas veja bem: é um projeto a longo prazo.
Falando em projetos, quanto o senhor tem para investir nos próximos anos?
Gladson Cameli – Contando com tudo, temos mais de 1 R$ bilhão. Só o Deracre vai executar R$ 800 milhões. Na próxima semana, vamos dar a ordem de serviço do Viaduto da Corrente. O meu foco é executar esses recursos. A eleição a gente deixa para o ano que vem. A antecipação desse debate é muito ruim para a gestão. É uma tensão desnecessária. Quando chegar em dezembro, eu vou fazer um churrasco e reunir a minha equipe. E sabe o que eu vou dizer? Gratidão, gratidão.
Comente sobre os sessenta anos do Progressistas.
Gladson Cameli – O nosso partido ajudou a escrever a história do Acre. As duas pontes de Rio Branco, ligando o Primeiro com o Segundo Distrito, foram nos nossos governos. É inegável a contribuição de nossos gestores, notadamente na infraestrutura. Não foi por acaso que a integração terrestre (nacional e estadual) se deu nos governos de Edmundo Pinto e Orleir Cameli. Acrescente-se a isso a Ponte do Rio Madeira, inaugurada há poucos anos. Entre tantas outras realizações progressistas, só a título de exemplo, destacam-se a criação da Ufac, a introdução da agropecuária em nossa região e a criação dos Núcleos Rurais Integrados (Nari’s), nos governos de Jorge Kalume, Wanderley Dantas e Geraldo Mesquita, respectivamente. O Progressistas deixou todo esse legado. O nosso partido não é dez. Somos onze (risos).
Fonte: Acre News
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Moradores da Baixada da Sobral manifestam contra transferência do Centro Pop

Foto: Jardy Lopes
Moradores de bairros da regional da Baixada da Sobral voltaram a se manifestar na Câmara Municipal de Rio Branco nesta terça-feira (27), unindo-se ao movimento dos servidores municipais da Educação em greve. Durante a sessão, os moradores protestaram contra a mudança do Centro Pop — unidade voltada ao atendimento de pessoas em situação de rua — para o Conjunto Castelo Branco.
A principal queixa da comunidade é a sensação de insegurança que, segundo eles, aumentará com a presença da unidade no bairro.
“Essas pessoas são agressivas, mas não porque querem, e sim pela situação em que vivem, que as leva a agir dessa forma. Colocar cerca de 600 pessoas em situação de vulnerabilidade em uma comunidade residencial é colocar todos em risco — tanto os moradores quanto os próprios acolhidos —, porque não existe nenhuma política de tratamento ou ressocialização sendo oferecida a eles”, declarou Helyadia da Silva, moradora do Castelo Branco.
Os moradores reivindicam que a Prefeitura reavalie a mudança e proponha alternativas que envolvam ações estruturadas de saúde mental, assistência social e reinserção social para as pessoas atendidas pelo Centro Pop.
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Reforma do calçadão da Benjamin Constant deve ser entregue em outubro

(Foto: Marcos Araújo/Secom)
A reforma do calçadão da Rua Benjamin Constant, no centro de Rio Branco, deve ser concluída até outubro deste ano. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Infraestrutura, Cid Ferreira, que acompanha a execução das obras.
O projeto prevê, inicialmente, a construção de seis quiosques dedicados ao setor de alimentação. Na sequência, será feita a reestruturação da área comercial, com espaços modernizados e íveis para cerca de 35 permissionários que atuam no local.
Além das melhorias estruturais, o calçadão também ará a contar com uma ciclovia e uma via exclusiva para veículos de serviço, mudanças que devem facilitar a mobilidade e aumentar a segurança na região.

(Foto: Marcos Araújo/Secom)
Para quem trabalha no local, a expectativa é de que a revitalização impulsione o comércio. “A expectativa é que atraia mais clientes e valorize o espaço para todos”, afirma Fábio de Souza, que há duas décadas atua na Benjamin Constant.
Outro aspecto destacado pelos trabalhadores é a melhoria na ibilidade. “Hoje tem muitos buracos, pessoas idosas têm dificuldades e cadeirantes não encontram espaço adequado. A revitalização vai mudar essa realidade”, avalia Afonso Cell, também atuante na região.
De acordo com Cid Ferreira, o investimento é fruto de uma emenda parlamentar, com contrapartida da Prefeitura. Ele destacou que a obra integra um conjunto de ações que visam melhorar a infraestrutura urbana de diversos pontos da cidade.
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Prefeitura de Brasiléia participa de ação cívico-militar em parceria com o Exército Brasileiro
Nesta terça-feira (27), a Prefeitura de Brasiléia, por meio da Secretaria de Saúde, participou de uma ação cívico-militar realizada pelo Exército Brasileiro na Escola Kairala José Kairala.
O evento contou com a presença do Secretário de Saúde, Francélio Barbosa, que destacou a importância da parceria.
Vale lembrar que a Prefeitura de Brasiléia apoiou a iniciativa disponibilizando atendimento médico, odontológico, aplicação de vacinas e realização de testes rápidos.
A ação que ocorre em diversos locais do país, integra as comemorações pelo Dia da Saúde do Exército Brasileiro celebrado em 27 de maio.
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