Brasil
Petecão assegura nomeações estratégicas de novos fiscais agropecuários para o Acre
Além do Ministério da Agricultura, a pauta da internacionalização dos aeroportos está sendo tratada em articulação direta com o Ministério de Portos e Aeroportos, também sob sua liderança

O senador também destacou a importância de incluir técnicos de apoio, que serão responsáveis por atividades operacionais essenciais ao funcionamento das unidades. Foto: assessoria
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) celebrou, nesta quarta-feira (21), a convocação de 200 auditores fiscais federais agropecuários, anunciada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A medida reforça a estrutura de fiscalização agropecuária em todo o País, com destaque para o estado do Acre, que receberá novos profissionais — um resultado direto da articulação do senador junto ao governo federal.
O reforço na equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no estado é uma demanda antiga, em razão dos muitos desafios enfrentados nas regiões de fronteira. Petecão esteve recentemente com o ministro Fávaro para tratar da carência de servidores no estado, em especial nos postos de fiscalização de Epitaciolândia e Assis Brasil, localizados, respectivamente, nas fronteiras com a Bolívia e o Peru.
De acordo com o superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, o estado será contemplado com os seguintes profissionais:
· 2 auditores fiscais federais agropecuários (AFFA); veterinários: um para a Superintendência da Agricultura e outro para o município de Senador Guiomard;
· 1 Affa – engenheiro agrônomo para Assis Brasil e 1 para Rio Branco;
· 1 agente de inspeção para Assis Brasil e 1 para Brasiléia;
· 2 agentes de atividades agropecuárias para Epitaciolândia e 3 para Rio Branco.
Ao comentar o reforço anunciado, Petecão ressaltou a importância da medida para o fortalecimento da fiscalização agropecuária no estado. Lembrou que a falta de profissionais comprometia a atuação do Mapa em regiões estratégicas do Acre, especialmente nas áreas de fronteira, onde há grande circulação de mercadorias e animais.
“Essa é uma vitória importante para o nosso estado. O déficit de profissionais que há anos enfrentamos compromete a eficiência da fiscalização agropecuária, especialmente nas regiões de fronteira. Essa convocação é fruto de muito diálogo e articulação junto ao Paulo Trindade e ao ministro Fávaro”, destacou.
Internacionalização dos aeroportos
Além da chegada dos novos fiscais, o senador também revelou estarem em andamento tratativas com o Mapa para uma segunda fase de reforço no quadro de servidores, com foco na internacionalização dos aeroportos de Cruzeiro do Sul e Rio Branco. A iniciativa busca preparar o Acre para operar voos internacionais com segurança sanitária e estrutura adequada, ampliando a integração do estado com outros mercados.
Para essa nova etapa, tem defendido a nomeação de pelo menos três novos auditores: dois médicos veterinários — um para Cruzeiro do Sul e outro para a Superintendência em Rio Branco — e um engenheiro agrônomo para Cruzeiro do Sul. O senador também destacou a importância de incluir técnicos de apoio, que serão responsáveis por atividades operacionais essenciais ao funcionamento das unidades.
Além do Ministério da Agricultura, a pauta da internacionalização dos aeroportos está sendo tratada em articulação direta com o Ministério de Portos e Aeroportos, também sob sua liderança.
“Estamos trabalhando para que o Acre esteja preparado para operar voos internacionais com segurança sanitária e capacidade técnica. Isso é fundamental para o desenvolvimento econômico e para a integração do estado com outros mercados”, concluiu o senador.
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Brasil
Governo Lula está desmontando universidades, diz Academia Brasileira de Ciências
Procurado para comentar a carta, o MEC não respondeu até a publicação deste texto

Crítica ocorre após decreto limitar orçamento de instituições federais até novembro. Foto: cedida
A Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência emitiram nota demonstrando “profunda preocupação” com as recentes medidas adotadas pelo governo Lula (PT) em relação ao financiamento das universidades federais.
Um decreto assinado pelo presidente em 30 de abril permite ao MEC (Ministério da Educação) liberar até novembro apenas 61% do orçamento de cada instituição.
Isso, segundo as entidades científicas, inviabiliza o funcionamento básico das universidades, afetando diretamente a manutenção de suas atividades istrativas, acadêmicas e científicas ao longo do ano.
“Mais de 90% da pesquisa científica brasileira é resultado das pesquisas realizadas nas universidades públicas do país. A limitação orçamentária imposta não somente ameaça a continuidade das pesquisas, como também compromete a formação de profissionais altamente qualificados, essenciais para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país”, diz o texto enviado à reportagem nesta segunda-feira (19).
Segundo a nota, essa política não atinge apenas a ciência. Ela também destrói um dos principais mecanismos de ascensão social no país.
“As universidades públicas são a porta de entrada para milhares de estudantes pobres, negros e periféricos que dependem delas para romper o ciclo da desigualdade, empurrando os mais vulneráveis para o ensino privado e o endividamento”, afirma o texto, assinado por Helena Bonciani Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências, e Renato Janine Ribeiro, presidente Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Eles dizem que países desenvolvidos investem massivamente em educação e ciência. O Brasil, ao contrário, estaria desmontando suas universidades, exporta cérebros e aumenta sua dependência tecnológica estrangeira.

Segundo a nota, essa política não atinge apenas a ciência. Ela também destrói um dos principais mecanismos de ascensão social no país. Foto: cedida
Leia a nota completa
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) vêm a público manifestar sua profunda preocupação com as recentes medidas adotadas pelo Governo Federal em relação ao financiamento das universidades federais.
A decisão de liberar apenas no final do ano um terço dos recursos previstos inviabiliza o funcionamento básico dessas instituições, comprometendo de forma severa o funcionamento das universidades federais brasileiras, bem como afetando diretamente a manutenção de suas atividades istrativas, acadêmicas e científicas ao longo do ano.
Mais de 90% da pesquisa científica brasileira é resultado das pesquisas realizadas nas universidades públicas do país. A limitação orçamentária imposta não apenas ameaça a continuidade das pesquisas, como também compromete a formação de profissionais altamente qualificados, essenciais para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país. Ao adiar e diminuir significativamente a liberação de recursos, o governo dificulta o funcionamento dessas instituições, comprometendo sua capacidade operacional.
Essa política não atinge apenas a ciência – destrói um dos principais mecanismos de ascensão social no Brasil. As universidades públicas são a porta de entrada para milhares de estudantes pobres, negros e periféricos que dependem delas para romper o ciclo da desigualdade, empurrando os mais vulneráveis para o ensino privado e o endividamento.
Países desenvolvidos investem massivamente em educação e ciência. O Brasil, ao contrário, desmonta suas universidades, exporta cérebros e aumenta sua dependência tecnológica estrangeira. Sem pesquisa pública, não haverá inovação, nem soluções para crises sanitárias, ambientais ou econômicas.
Diante desse cenário, a ABC e a SBPC reiteram a importância de garantir o pleno funcionamento das universidades federais, condição indispensável para o avanço da ciência, da educação e da soberania nacional.
Helena Bonciani Nader
Presidente Academia Brasileira de Ciências
Renato Janine Ribeiro
Presidente Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
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Hemoacre realiza projeto para ensinar crianças sobre a importância da doação de sangue
O projeto é composto por três fases. A primeira delas ocorre ainda na escola, momento em que uma equipe do hemocentro conversa com os alunos, apresenta e ensina uma música criada pelo setor de captação de doadores

Alunos conhecem o ciclo do sangue. Foto: Larissa Paiva/Hemoacre
Visando despertar nas crianças o interesse e o conhecimento sobre a doação de sangue, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado (Hemoacre) recebeu, nesta quinta-feira, 22, em uma manhã recreativa e educativa, os alunos de 5° ano da Escola Estadual Natalino da Silveira Brito, como parte do projeto Doador do Futuro.
O projeto busca apresentar a doação de sangue como um gesto heroico e solidário, capaz de salvar vidas. Além disso, a iniciativa propõe sensibilizar os familiares das crianças, incentivando a doação voluntária entre os adultos. Para isso, a programação desta quinta-feira incluiu música, visita guiada pelo hemocentro, presença do mascote e outras atividades lúdicas.
“A gente visa trazer esse aluno do Ensino Fundamental I para ter consciência a respeito da doação de sangue, para que eles levem esse assunto aos pais e responsáveis, e também para que esse aluno venha a ser um doador de sangue no futuro”, destaca a coordenadora da captação de doadores do Hemoacre, Quesia Nogueira.
O projeto é composto por três fases. A primeira delas ocorre ainda na escola, momento em que uma equipe do hemocentro conversa com os alunos, apresenta e ensina uma música criada pelo setor de captação de doadores, e mostra uma videoaula educativa sobre a importância do sangue na vida das pessoas.
“Nessa segunda fase, eles vêm até o hemocentro e conhecem o ciclo do sangue. Já na terceira e última fase, eles elaboram um desenho, que em seguida é exposto. Nós apresentamos a música que foi ensaiada e, por fim, entregamos para eles a carteirinha de doador do futuro”, finaliza a coordenadora.
Critérios para doação:
- Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos necessitam de autorização dos responsáveis);
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar em boas condições de saúde;
- Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;
- Apresentar documento oficial com foto.
Funcionamento:
Rio Branco
O Hemoacre funciona das 7h às 18h, e fica localizado na Av. Getúlio Vargas, 2787, no bairro Bosque, ao lado do Teatrão, em Rio Branco. Para facilitar o processo de doação de sangue, esclarecer dúvidas e até agendar horários, a população pode entrar em contato pelo WhatsApp: +55 68 99258-5551.
Brasileia
O Hemonúcleo de Brasileia funciona no Hospital Regional do Alto Acre, localizado na rua Dois, 31, bairro José Peixoto, das 7h às 12h e das 14 às 17h, todas as terças-feiras.
Cruzeiro do Sul
O Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul funciona na rua Pedro Teles, 600, bairro Manoel Terças, de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.

Alunos das turmas de 5° ano da Escola Estadual Natalino da Silveira Brito em uma manhã educativa no Hemoacre. Foto: Larissa Paiva/Hemoacre
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Presidente da ApexBrasil critica juros altos e rotatividade entre BC e mercado financeiro
Jorge Viana diz que Selic elevada é “injustificável” com inflação controlada e critica carreiras milionárias de ex-autoridades monetárias no setor privado

O ex-governador também mirou a migração de ex-presidentes do BC para cargos em bancos privados: *”Todo ex-presidente do Banco Central vira banqueiro. Foto: cedida
Em entrevista coletiva, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, atacou a política de juros do país e a proximidade entre ex-dirigentes do Banco Central e o setor financeiro. Para ele, a taxa Selic atual, uma das mais altas do mundo em termos reais, é incompatível com a inflação controlada e prejudica a competitividade da economia.
“Temos quase 200 países no mundo. Por que o Brasil precisa ter a maior taxa de juros com uma inflação de 4,5%, 5%? Nenhum outro país faz isso”, questionou Viana, que já foi prefeito, governador do Acre e senador. Ele destacou sua trajetória no setor público e acadêmico para reforçar a crítica: “Não consigo entender essa política, que desestimula investimentos e produção”.
Relação com o mercado financeiro
O ex-governador também mirou a migração de ex-presidentes do BC para cargos em bancos privados: “Todo ex-presidente do Banco Central vira banqueiro, ganhando 1, 2, 3 milhões por mês quando sai. Isso é uma ação difícil de explicar”. A declaração surge em meio ao debate sobre a independência da autoridade monetária e possíveis conflitos de interesse.
Viana defendeu que o Brasil poderia reduzir os juros sem risco de descontrole inflacionário, liberando crédito para empresas e fortalecendo a indústria nacional. A Selic atualmente está em 10,5% ao ano, enquanto a inflação acumulada em 12 meses fica em 4,6%, dentro da meta do regime de metas.
A fala do presidente da ApexBrasil ecoa críticas de setores produtivos, que pressionam por um afrouxamento monetário para estimular o crescimento. O Banco Central, no entanto, mantém cautela, citando incertezas externas e pressões domésticas sobre os preços.
Viana ainda alertou sobre os impactos negativos dos juros altos sobre o crédito e o desenvolvimento econômico. “Você perde competitividade. Vão pegar dinheiro no banco, a que custo? Isso atrasa um país”, completou.
A fala do presidente da ApexBrasil se alinha às pressões que o governo federal vem fazendo sobre o Comitê de Política Monetária (Copom) para a redução dos juros, em meio ao desafio de estimular o crescimento sem comprometer o controle da inflação.
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