Acre
Polícia já tem nomes de suspeitos de chacina em Assis Brasil
Uma equipe de policiais do BOPE e DHPP foram destacados para a cidade, afim de identificar e prender os suspeitos da chacina.
A chacina ocorrida na noite deste domingo (1) na pequena cidade de Assis Brasil, localizada na fronteira do Acre com o Peru, ainda não se tem nomes de suspeitos que invadiram a pequena casa e executou quatro a tiros na cabeça e deixou outros cinco feridos.
Entre os mortos, dois eram irmãos e uma mulher escapou com um tiro no abdômen. Segundo foi levantado no local, foi dito que cerca de quatro pessoas usando capuz chegaram na casa onde estaria todos realizando uma confraternização, anunciando que seria a polícia.
Ao abrirem a porta, foram obrigados a ficar a joelhos e iniciaram as execuções com tiros na cabeça. Os moradores do Bairro Bela Vista, relataram que ouviram cerca de 20 tiros vindo do local. Uma das vítimas que está em estado crítico na Capital, foi atingido por cerca de quatro na cabeça.
A chacina mudou a rotina deixando os moradores assustados. A meses o bairro praticamente se transformou em uma ‘terra de ninguém’. Cobranças de pedágios, tocaias, ameaças, tráfico de drogas, arrombamentos, tiros pela noite e assaltos, foram registrados pelos moradores.
O município de Assis Brasil, que está localizado na tríplice fronteira do Norte do Brasil, tem menos de 10 mil habitantes no geral, sendo cerca de quatro mil na área urbana. Hoje, a tranquilidade está abalada pela disputa de facções que vem recrutando os jovens para o mundo do crime.
Sem um policiamento realmente efetivo na cidade, o índice de violência cresceu consideravelmente nos últimos meses. Uma equipe de policiais do BOPE e DHPP foram destacados para a cidade, afim de identificar e prender os suspeitos da chacina.
Após quase 12 horas, a equipe do IML chegou na cidade e levou os corpos para a Capital, onde seria realizado os procedimentos de praxe, para depois liberar os corpos aos familiares.
Mais informações a qualquer momento.
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Acre
Crise de combustível na Bolívia chega ao limite: transportadores aderem a bloqueios e país entra em colapso
População enfrenta meses de filas intermináveis; em Cobija, cidade fronteiriça com o Acre, situação se torna insustentável e paralisa economia local
A crise de combustível na Bolívia se intensifica, levando transportadores a se unirem aos bloqueios organizados pela população em protesto contra a escassez. Com meses de filas intermináveis por gasolina e diesel, o descontentamento atingiu o ápice neste sábado (31), quando manifestações se espalharam pelo país.
Em Cobija, cidade fronteiriça com o Acre, a situação é ainda mais crítica: a falta de combustível paralisa o transporte, afeta a economia e compromete o dia a dia de milhares de bolivianos. Sem soluções à vista, a pressão popular aumenta enquanto o governo enfrenta desafios para normalizar o abastecimento.
Situação crítica na fronteira:
Na cidade de Cobija, que faz divisa com o Acre, a falta de combustível:
- Paralisou o transporte de ageiros e mercadorias
- Afetou o abastecimento de alimentos e medicamentos
- Prejudicou hospitais e serviços essenciais
“Estamos vivendo um caos diário. Não há como trabalhar, muito menos sobreviver, sem combustível”, desabafa Juan Perez, motorista de ônibus há 15 anos.
Protestos se intensificam:
População exige solução imediata do governo
Filas com horas de espera se tornaram rotina
Comércio e indústria reduzem atividades
O governo boliviano ainda não se pronunciou sobre novas medidas para resolver a crise, que já começa a impactar relações comerciais com países vizinhos, incluindo o Brasil. Enquanto isso, a população segue nas ruas – seja nos protestos, seja nas intermináveis filas em postos de gasolina.
Veja vídeo com Red Digital Informativo de Pando:
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Acre
Rio Branco está entre as piores capitais do país em qualidade de vida, aponta ranking
Estudo do Índice de Progresso Social 2025 coloca capital acreana na 23ª posição entre 27; Curitiba lidera ranking enquanto Porto Velho ocupa a última colocação

Um novo levantamento do Índice de Progresso Social (IPS) 2025 expõe as profundas desigualdades regionais que ainda marcam o Brasil. Foto: internet
A capital do Acre, Rio Branco, figura entre as cinco piores do país em qualidade de vida, segundo o Índice de Progresso Social (IPS) 2025. Com nota 62,29, a cidade ficou à frente apenas de Salvador, Maceió, Macapá e Porto Velho, esta última na última colocação, com apenas 57,25 pontos.
O levantamento, elaborado pela organização internacional Social Progress Imperative e divulgado no Brasil pela IPS Brasil, avalia o bem-estar da população com base em indicadores como segurança, saúde, educação e sustentabilidade ambiental.
Enquanto as regiões Sul e Centro-Oeste dominam o topo do ranking — com Curitiba (1º lugar, 69,89 pontos) e Campo Grande (2º, 69,63) —, as capitais do Norte e Nordeste enfrentam os maiores desafios. Entre os estados, São Paulo, Santa Catarina e Paraná lideram, enquanto Pará, Maranhão e Amapá apresentam os piores desempenhos.
O estudo destaca que, apesar de avanços pontuais, as desigualdades regionais seguem profundas, exigindo políticas públicas mais eficientes para melhorar condições básicas como moradia, o à saúde e oportunidades de emprego.

Cidades como Rio Branco, Porto Velho e Macapá continuam lutando para superar déficits históricos que as mantêm no fim do ranking de qualidade de vida. Foto: ilustrativa
Apesar de reconhecer avanços pontuais em algumas localidades, o estudo alerta que o país precisa de políticas públicas mais eficientes para garantir condições básicas à população, como moradia digna, saneamento e o a serviços essenciais.
Destaques do relatório:
- Disparidade gritante entre capitais do Norte/Nordeste e Sul/Sudeste
- Melhoria lenta e desigual em indicadores fundamentais
- Moradia aparece como um dos desafios mais urgentes
Especialistas cobram ações:
“Os números mostram que os avanços estão acontecendo, mas de forma desigual e insuficiente. Precisamos de políticas que considerem as particularidades regionais”, explica Ana Lúcia Silva, coordenadora do IPS Brasil.

O levantamento, elaborado pela organização internacional Social Progress Imperative e divulgado no Brasil pela IPS Brasil
O estudo, que avaliou 27 capitais, aponta que a falta de água tratada, coleta de esgoto e drenagem urbana compromete diretamente indicadores de saúde e bem-estar na cidade acreana.
Dados alarmantes:
Apenas 44,7% da população de Rio Branco tem o à rede de esgoto (SNIS 2023)
27% dos domicílios sofrem com alagamentos periódicos
Doenças relacionadas à água contaminada respondem por 35% das internações pediátricas (DataSUS)
Impactos em cadeia:
Especialistas explicam que o déficit sanitário:
- Reduz a produtividade econômica
- Sobrecarrega o sistema público de saúde
- Inviabiliza o desenvolvimento urbano sustentável
“Enquanto não resolvermos essa questão estrutural, continuaremos patinando em todos os outros indicadores sociais”, alerta o sanitarista Marcos Albuquerque, professor da UFAC.

Dados do Índice de Progresso Social 2025 revelam que precariedade no o a água tratada e esgoto coloca capital acreana entre as 5 piores do Brasil; problema afeta saúde e desenvolvimento local. Foto: cedida
Contexto nacional:
O problema não é exclusivo do Acre. Entre as 5 piores capitais no ranking (Porto Velho, Macapá, Maceió, Salvador e Rio Branco), todas têm coleta de esgoto abaixo de 60%. Enquanto isso, as bem classificadas como Curitiba (98% de cobertura) e São Paulo (95%) mostram como o saneamento é determinante para o progresso social.
Desigualdades regionais
Enquanto Curitiba (1º lugar, 69,89 pontos), Campo Grande (2º, 69,63) e Brasília (3º, 69,04) lideram o ranking, as regiões Norte e Nordeste concentram as piores colocações. Entre os Estados, São Paulo, Santa Catarina e Paraná tiveram os melhores desempenhos, enquanto Pará, Maranhão e Amapáfiguram nas últimas posições.
Desafios persistentes
Apesar de avanços pontuais em alguns indicadores, o relatório aponta que problemas como:
Falta de saneamento básico
o limitado a serviços de saúde
Baixo desempenho educacional
continuam impactando a qualidade de vida nas capitais com piores notas.
Especialistas destacam que o resultado reforça a necessidade de políticas públicas regionalizadas para reduzir as desigualdades entre as cidades brasileiras. A prefeitura de Rio Branco ainda não se pronunciou sobre os dados.
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Acre
Caso Nayara Vilela: MPAC vai recorrer de decisão que rejeitou levar marido da vítima a júri popular

Nayara Vilela foi achada morta em casa em abril de 2023 — Foto: Divulgação
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) vai recorrer da decisão que rejeitou levar a júri popular o marido da cantora Nayara Vilela, encontrada morta em abril de 2023, em Rio Branco. No recurso, a instituição solicitará a aplicação do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Durante a audiência de instrução e julgamento, realizada nos dias 8 e 9 de maio, o MPAC apresentou alegações finais sustentando que o marido da vítima deve responder por homicídio comissivo por omissão, concorrendo para o feminicídio de Nayara.
O promotor de Justiça Efrain Mendoza, que atuou na audiência de instrução, alegou que o acusado tinha o dever legal de proteger a esposa, negligenciou o estado de saúde mental da vítima e manteve uma arma de fogo ível em casa, mesmo ciente do histórico de tentativas de suicídio. No entanto, a Justiça rejeitou a submissão do acusado ao Tribunal do Júri.
“Por acreditar que a sentença incorreu em injustiça ao desclassificar o crime para outro que não contra a vida, entendendo o MP que todos os requisitos necessários para a pronúncia foram preenchidos, o MPAC irá recorrer com o objetivo de restabelecer o curso justo do caso”, afirmou o promotor.
O pedido de julgamento com perspectiva de gênero
O julgamento com perspectiva de gênero, institucionalizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), busca garantir uma justiça mais equitativa, considerando as desigualdades de gênero e seus impactos nas decisões judiciais. O MPAC fundamenta seu pedido de aplicação do Protocolo no reconhecimento de que a morte de Nayara Vilela está inserida em um contexto de violência marcado por padrões discriminatórios de gênero.
A procuradora de Justiça Patrícia Rêgo, que possui uma atuação destacada na defesa dos direitos das mulheres, ressaltou que o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, publicado pelo CNJ, não é uma recomendação facultativa, mas um instrumento normativo vinculante que orienta todos os agentes do Sistema de Justiça na superação de estereótipos de gênero e práticas discriminatórias nos processos judiciais.
“A adoção do Protocolo é essencial para assegurar uma interpretação constitucionalmente adequada das normas jurídicas, conforme os compromissos assumidos pelo Brasil em tratados internacionais de direitos humanos, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Convenção Interamericana de Belém do Pará”, disse.
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