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Sobrevivente cita atraso e pressa do motorista antes do acidente com ônibus que matou 11 em MG: ‘Falou que iria acelerar para chegar logo’

Militares que atenderam o acidente na MGC-223, em Araguari, ouviram relatos parecidos de outros ageiros. Motorista foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos e liberado em seguida. Ao todo, 36 ageiros ficaram feridos.
Um dos 53 ageiros que estavam no ônibus que tombou na MG-223 entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, relatou pressa do motorista antes do acidente que deixou onze pessoas mortas e 36 feridas, na madrugada desta terça-feira (8). A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) informou ao g1 que outros ageiros alegaram o excesso de velocidade.
O engenheiro mecânico Alessandro Ártico afirmou que o ônibus teria saído atrasado da rodoviária de Goiânia, em uma das paradas que fez após sair de Anápolis (GO) com destino a São Paulo (SP), e que o ônibus estava em alta velocidade na hora do acidente.
“Nós saímos já com atraso, o motorista, na imprudência, estava em alta velocidade. Ele chegou a declarar em uma parada que iria acelerar para tirar o atraso, iria pisar no acelerador. No momento do acidente, dentro do ônibus, era uma cena de terror, braços amputados, crânios esmagados, crianças chorando”, relembrou Alessandro.
O motorista não sofreu ferimentos. Ele não teve o nome divulgado. A Polícia Civil informou que conduziu o motorista para a delegacia de plantão de Araguari para prestar depoimento e que depois ele foi liberado, pois, segundo a polícia, não havia elementos para a prisão e porque o motorista prestou socorro às vítimas. As circunstâncias do acidente ainda são apuradas.
Foram solicitadas ao Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) imagens do radar de velocidade no trecho.
A Polícia Civil informou que o motorista foi conduzido para a delegacia de plantão da Polícia Civil de Araguari para prestar depoimento. Ele foi liberado, pois, segundo a polícia, não havia elementos para a prisão, além de o motorista ter prestado socorro às vítimas. As circunstâncias do acidente ainda são apuradas.
O ônibus pertence à viação Real Expresso. O g1 questionou a empresa sobre a suposta conduta do motorista, que informou que segue colaborando com as autoridades para investigar e esclarecer todos os detalhes do acidente. Leia na íntegra abaixo.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o ônibus estava com a documentação e os cadastros regulares para o transporte interestadual de ageiros. Disse ainda que instaurou processo istrativo para monitorar o caso e fornecerá todas as informações necessárias às autoridades de segurança pública para apoiar as investigações.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Araguari, duas crianças de 2 e 4 anos estão entre as vítimas. Os feridos foram levados para hospitais da região. Entre eles, cinco estão em estado grave, ainda segundo os bombeiros. Não há informações sobre o estado de saúde dos outros sobreviventes.
Onze pessoas, incluindo crianças, morreram na MG-223
Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o ônibus saiu de Anápolis (GO) às 20h30 de segunda-feira (7) e seguia para São Paulo (SP). Durante o trajeto, por volta das 3h40, o motorista teria perdido o controle do veículo no trecho conhecido como “Trevo do Queixinho” , capotou e o veículo foi arrastado até tombar.
Entre os onze mortos, estão duas meninas de 2 e 4 anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Araguari, elas eram irmãs de um bebê de seis meses que segue internado no Hospital Sagrada Família junto à mãe das crianças, que sofreu um ferimento na cabeça.
Durante o tombamento, muitas vítimas foram arremessadas para fora do ônibus.
“O veículo, ao capotar, ele ejetou diversos ageiros. A grande maioria desses ageiros, infelizmente, evoluíram para óbito. Os indícios levam a crer que aqueles ageiros que foram ejetados, infelizmente e fatalmente, estavam sem o cinto de segurança”, disse o major do Corpo de Bombeiros, Fabrício Silva Araújo.
Os trabalhos de resgate no local foram feitos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e bombeiros das cidades de Araguari, Tupaciguara e Uberlândia.
O que se sabe sobre os feridos
- O Corpo de Bombeiros de Araguari informou que dos 36 feridos, 18 foram levados para hospitais. Os outros 18 tiveram ferimentos leves e recusaram atendimento.
- Pelo menos 17 ageiros foram encaminhados para a UPA de Araguari, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Thereza Griep. Desses, 13 ficaram na UPA e os outros quatro foram transferidos para hospitais da região. Nesta tarde, quatro ainda permaneciam internados.
- O Samu confirmou que cinco sobreviventes também foram levados em estado grave para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), dentre eles está uma gestante.
- O HC-UFU confirmou o atendimento a oito pacientes feridos no acidente, um deles, uma mulher com idade não informada, não resistiu e acabou morrendo após dar entrada na unidade.
O que diz a Real Expresso
“A Real Expresso lamenta profundamente o ocorrido às 3h24 da madrugada de hoje, envolvendo um de seus veículos na MG 223 próximo a Araguari. O ônibus, que havia saído de Anápolis (GO) às 20h30 de ontem com destino a São Paulo, transportava 53 ageiros. Desde a ocorrência, nossas equipes foram mobilizadas imediatamente, incluindo profissionais especializados, para prestar apoio no local e junto a familiares.
Até o momento foram confirmadas 11 vítimas fatais. Os feridos encontram-se em três hospitais locais como o Hospital da Universidade Federal de Uberlândia e UPA de Araguari ( muitos já receberam alta e outros serão em breve liberados).
Os demais foram liberados no momento do atendimento local e seguiram viagem. Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades responsáveis para investigar as causas do acidente e esclarecer todos os detalhes. Nesse momento estamos concentrados no apoio às vítimas e todo e às suas famílias.
Para familiares e pessoas que buscam mais informações sobre os ageiros, disponibilizamos nosso canal de atendimento 24 horas através do telefone 0800 728 1992, que está à disposição para fornecer todo o e necessário.”
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Hugo Motta tenta destravar anistia e envia nova proposta a Bolsonaro
Hugo Motta enviou a Jair Bolsonaro uma nova versão do PL da Anistia e deve se encontrar com ex-presidente para discutir o novo texto

Bolsonaro ficou de analisar o conteúdo e deve dar uma resposta na próxima semana. Há expectativa de que ele se reúna pessoalmente com Motta para discutir o assunto. Foto: cedida
Em nova tentativa de destravar o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) uma minuta com uma versão alternativa da proposta.
Segundo aliados de Bolsonaro, o texto enviado por Motta seria uma versão “mais leve” do projeto original — com maior chance de aprovação no Congresso e menos risco de ser barrado pelo Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro ficou de analisar o conteúdo e deve dar uma resposta na próxima semana. Há expectativa de que ele se reúna pessoalmente com Motta para discutir o assunto.
Caso receba o aval de Bolsonaro, o texto poderá ser apresentado como um substitutivo ao atual projeto, destravando uma pauta que tem travado os trabalhos na Câmara durante o primeiro semestre de 2025.
Câmara assume protagonismo
Aliados afirmam que Hugo Motta decidiu assumir o protagonismo das negociações. O deputado já teria procurado o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para buscar uma saída viável.
Até agora, as tratativas em torno da anistia vinham sendo conduzidas principalmente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em diálogo com ministros do STF — o que desagradou à ala bolsonarista. Para integrantes do PL, o texto vindo do Senado era visto como uma “rendição” à narrativa do ministro Alexandre de Moraes sobre os atos do 8 de Janeiro.
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Operação contra garimpo ilegal no rio Madeira destrói 13 balsas e aplica R$ 5,2 milhões em multas
Ação conjunta do Ibama e PF no rio Madeira desativou equipamentos avaliados em R$ 10 milhões; garimpeiro confessou faturamento anual de R$ 50 milhões com atividade ilegal

Durante a operação, foram inutilizadas dragas e balsas utilizadas exclusivamente para a extração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira. Foto: cedida
Uma operação do Ibama e da Polícia Federal (PF) resultou na destruição de 13 balsas de garimpo ilegal no rio Madeira, no Amazonas, nesta quinta-feira (20/04). As ações ocorreram em sete pontos dos municípios de Borba, Nova Aripuanã e Manicoré, com aplicação de R$ 5,2 milhões em multas e equipamentos apreendidos avaliados em R$ 10 milhões.
Destaques da operação:
Criminosos afundaram seis balsas numa comunidade indígena de Manicoré para evitar apreensão
Um dos autuados itiu faturamento anual superior a R$ 50 milhões com a extração ilegal
Equipamentos eram usados para dragagem predatória no leito do rio

A Polícia Federal deflagrou a Operação Penha Colorada para combater o garimpo ilegal nas regiões de Nova Mamoré e Porto Velho, em Rondônia. Foto: cedida
Impacto ambiental:
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, alertou sobre os danos da atividade:
“Estamos enfrentando uma nova corrida do ouro no Madeira, com contaminação por mercúrio e destruição do ecossistema fluvial. Nossa ação visa descapitalizar essas organizações criminosas”.
A operação reforça a estratégia de combate ao garimpo ilegal na Amazônia, que vem se intensificando nos últimos meses. As balsas destruídas eram equipadas com maquinário pesado para extração de ouro, causando assoreamento e poluição por mercúrio no maior afluente do rio Amazonas.
As equipes continuam monitorando a região para evitar a reinstalação dos equipamentos ilegais. O Ibama estima que a ação tenha interrompido a extração de aproximadamente 20 kg de ouro por mês.

Os responsáveis pelas atividades ilegais poderão responder por crimes como usurpação de bens da União e extração de recursos minerais sem autorização legal. Foto: cedida
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Nascidos em setembro e outubro recebem hoje parcela do Pé-de-Meia

Foto: MEC/Divulgação
Os participantes do Pé-de-Meia de 2025 nascidos nos meses de setembro e outubro recebem nesta sexta-feira (30) o pagamento da segunda parcela do incentivo-frequência. Se somado ao incentivo-matrícula, esta já é a terceira parcela do ano do programa federal.
Para ter direito ao benefício de R$ 200, os estudantes da rede pública que estão matriculados no ensino médio regular ou na Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem ter presença mínima de 80% das aulas no mês de referência.
Os pagamentos do segundo incentivo-frequência do ano ocorrerão até 2 de junho, conforme o mês de nascimento dos estudantes que estiverem matriculados em uma das três séries do ensino médio da rede pública de ensino.
Segue o cronograma de pagamentos.
nascidos em janeiro e fevereiro recebem em 26 de maio;
nascidos em março e abril recebem em 27 de maio;
nascidos em maio e junho recebem em 28 de maio;
nascidos em julho e agosto recebem em 29 de maio;
nascidos em setembro e outubro recebem em 30 de maio;
nascidos em novembro e dezembro recebem em 2 de junho.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, cerca de 3,4 milhões de estudantes receberão o incentivo do programa federal, no valor de R$ 200. O banco é o responsável pela gestão dos recursos reados pelo Ministério da Educação (MEC).
Depósitos
A segunda parcela do incentivo-frequência do Pé-de-Meia está sendo depositada em uma conta poupança da Caixa, aberta automaticamente pelo banco público em nome dos estudantes.
Os valores poderão ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem ou sacados, se o aluno tiver 18 anos ou mais.
No caso de estudante menor de idade, será necessário que o responsável legal autorize o aluno a movimentar a conta. Esse consentimento poderá ser feito no próprio aplicativo ou em uma agência bancária da Caixa Econômica Federal.
Quem tem direito
Para receber o Pé-de-Meia, o estudante não precisa se inscrever ou realizar nenhum cadastro, nem fazer qualquer pagamento de taxa. O programa é gratuito.
Todo estudante que se encaixa nos critérios do programa foi automaticamente incluído na chamada “poupança do ensino médio”. O MEC explica que o próprio governo federal cruza as informações de matrícula (transmitidas pelos sistemas de ensino estaduais, distrital e municipais e pelas instituições federais que ofertam o ensino médio) com os dados do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e confere se aquele estudante pode ou não receber o incentivo.
Confira aqui quem tem direito ao Pé-de-Meia.
Informações
O estudante poderá consultar no aplicativo Jornada do Estudante, do Ministério da Educação (MEC), as informações sobre o status de cada pagamento (rejeitados ou aprovados), as próprias informações escolares e regras do programa.
As informações relativas ao pagamento do benefício também podem ser consultadas no aplicativo Caixa Tem ou no aplicativo Benefícios Sociais.
Notificações de inativos
Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) enviou mensagens por aplicativo Whatsapp e por caixa postal do app Gov.BR para mais de 655 mil participantes do Pé-de-Meia que ainda não aram suas contas bancárias onde já foram depositadas as outras parcelas do programa.
De acordo com o MEC, em seguida, o estudante receberá pelos mesmos canais (Whatsapp e o aplicativo Gov.Br) uma mensagem perguntando se ele deseja ou não continuar recebendo mensagens relacionadas ao Pé-de-Meia.
Pé-de-Meia
O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional voltado a estudantes matriculados no ensino médio público, que são beneficiários do CadÚnico.
A iniciativa funciona como uma poupança para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino.
Além do incentivo-matrícula de R$ 200 recebido no início de abril, os participantes do programa do ensino regular receberão nove parcelas de R$ 200 cada, no decorrer do ano, relativas à frequência às aulas.
O programa prevê uma parcela bônus de R$ 200 para os estudantes do último ano do ensino médio que realizarem os dois dias de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, paga após a conclusão da etapa.
O incentivo de conclusão do programa Pé-de-Meia é um depósito de R$ 1 mil por ano letivo concluído com aprovação. Esse valor, que totaliza R$ 3 mil ao longo dos três anos do ensino médio, é direcionado a uma poupança do estudante e só pode ser sacada após a formatura
Caso o estudante comprove a participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano de conclusão do 3º ano, ainda será concedido o valor adicional de R$ 200 em parcela única.
Desta forma, a soma do incentivo financeiro-educacional pode alcançar R$ 9,2 mil por aluno, no fim do ensino médio.
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