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TJAC oficializa união de 502 pessoas em Casamento Coletivo na Expoacre
Evento aconteceu no final da tarde desta sexta-feira, na arena de shows do Parque de Exposições oficializando a união entre 502 pessoas
Em 25 anos foram muitos os Casamentos Coletivos realizados pelo Projeto Cidadão, e quase em todos eles, Clodomiro Neves esteve presente organizando o evento que é um sempre um momento de maior celebração na iniciativa do Poder Judiciário do Acre.
Nesta sexta-feira, 4, na Expoacre, não foi diferente, pois lá estava Clodomiro arrumando o cenário e o som, para que tudo saísse como os noivos e a noivas merecem. Mas desta vez, sua companheira, Aparecida Lucas, estava ao lado, toda de branco, esperando por ele. Sim, eles integravam os 251 casais que oficializaram a união.
Diante das vagas, Clodomiro decidiu junto a esposa que ali seria muito simbólico dizerem o sim que ele já ouviu tantas vezes. E assim fizeram. E mais uma vez o Casamento Coletivo possibilitou um cenário de muitos sorrisos, demonstrações de carinho e alegria de casais com diferentes histórias de vida, na arena de shows do Parque de Exposições.
A Coordenadoria do Projeto Cidadão, responsável pela realização do Casamento Coletivo, destinou 500 vagas para os casais interessados em oficiar a união durante a Expoacre, porém, 250 dos casais que se inscreveram, já vivem em união estável e, durante o período de habilitação, optaram pela conversão de união estável em casamento.
Ao declarar aberta a solenidade, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Samoel Evangelista, que no ato representou a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, falou da relevância do Projeto Cidadão para a sociedade e da importância das alianças que o Tribunal de Justiça tem firmado com outros órgãos públicos para realizar, anualmente, o casamento coletivo.
“O Projeto Cidadão, desde o seu início, tem desempenhado um papel crucial em nossa sociedade, promovendo a inclusão e a cidadania através de serviços jurídicos e sociais oferecidos a todos os cidadãos. E não estamos aqui sozinhos, temos a importante parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia, o Fundo Especial de Compensação (Fecom) e a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), aos quais agradecemos imensamente. A realização deste casamento coletivo é mais uma demonstração do compromisso do Judiciário com a sociedade”, ressaltou Samoel Evangelista.
O coordenador-geral da Expoacre, o secretário Alysson Bestene, representou o governador Galdson Cameli na cerimônia e parabenizou o Tribunal e a equipe do Projeto Cidadão pela realização do evento.
“O Projeto Cidadão é uma iniciativa maravilhosa. E estamos aqui representando o governador Gladson Cameli para reforçar nosso compromisso em apoiar essa ação do Poder Judiciário do Acre. E aproveito para parabenizar os casais e desejar felicidades”, disse o secretário
Prestigiaram também o Casamento Coletivo, a procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado Acre (MPAC), Rita de Cássia, a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC), Socorro Rodrigues, o deputado Estadual, representando a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Eduardo Ribeiro, os interinos do 1º e 31º Tabelionato de Notas e 1º e 31º Ofício do Registro Civil da Pessoas Naturais da Comarca de Rio Branco, Fabrício dos Santos e Fredy Damasceno, respectivamente.
A procuradora também parabenizou a iniciativa e falou do momento de alegria que é a celebração do Casamento Coletivo. “Essa realização do Tribunal de Justiça do Acre é de muita alegria. Esse Casamento Coletivo nos propicia a realização de um sonho. O Ministério Público, representando por mim, manifesta o desejo de uma vida repleta de felicidades, companheirismo, compromisso mútuo”, frisou.
A iniciativa, ainda que aberta a todos que desejem oficializar o matrimônio, tem como foco principal garantir à parcela menos favorecida da população a validação de seus direitos civis. Por isso, as taxas e emolumentos (cerca de R$ 400 por casal) correm à custa dos próprios cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais.
Dois casais representaram, simbolicamente, diante do juiz, os demais participantes da cerimônia. O casal mais experiente, formado por Januário de Jesus Carvalho, 63, e Aldelice Jesus da Silva, 51, oficializou a união de seis anos. “Tivemos a vontade e a oportunidade e entendemos que essa era a hora de oficializar nossa união”, declarou Januário.
Para o casal mais jovem, formado por Catarina da Silva Rosa, 22, e Alan Delon Nascimento, 22. “Começamos a namorar na adolescência, isso já tem oito anos. Já vivemos juntos e temos um filho, então decidimos que era a hora de casar”, disse a noiva.
Ao final, os recém-casados receberam suas certidões de casamento. A certidão de casamento é o documento responsável por conferir aos cônjuges a comunhão plena entre ambos, que são realizados com base na igualdade de direitos e deveres.
Participantes
A realização do Casamento Coletivo do Projeto Cidadão na Expoacre teve a parceria e apoio da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Acre (Anoreg), Fundo Especial de Compensação (FECOM), Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT), Governo do Estado do Acre, 1° Tabelionado de Notas e Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de Rio Branco; 2° Tabelionado de Notas e Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de Rio Branco e 3º Tabelionado de Notas e Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de Rio Branco.
- O coordenador-geral da Expoacre, o secretário Alysson Bestene, representou o governador Galdson Cameli na cerimônia e parabenizou o Tribunal e a equipe do Projeto Cidadão pela realização do evento.“O Projeto Cidadão é uma iniciativa maravilhosa. E estamos aqui representando o governador Gladson Cameli para reforçar nosso compromisso em apoiar essa ação do Poder Judiciário do Acre. E aproveito para parabenizar os casais e desejar felicidades”, disse o secretário
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Os Geoglifos do Acre: Alceu Ranzi e a Redescoberta da Civilização Aquiry
Por Chico Araújo, de Brasília
Neste domingo, 25, o paleontólogo e geógrafo Alceu Ranzi, professor aposentado da Universidade Federal do Acre (UFAC) e presidente do Instituto de Geoglifos da Amazônia, embarca em uma expedição audaciosa na fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia. A missão é coletar materiais orgânicos, como fragmentos de cerâmica e carvão, para análise por carbono-14, uma técnica que mede a deterioração desse isótopo para datar vestígios arqueológicos com precisão. O alvo é a civilização Aquiry, que há cerca de 2 mil anos habitou a Amazônia Ocidental, especialmente o Acre e o sul do Amazonas, deixando um legado que desafia antigas concepções sobre a ocupação humana na região.
Os geoglifos, imensas figuras geométricas escavadas no solo, são a marca indelével da civilização Aquiry. Compostos por valas e muretas que formam círculos, quadrados, hexágonos e octógonos — alguns com mais de 100 metros de diâmetro —, esses monumentos provavelmente serviam a rituais religiosos e celebrações, não a defesas ou moradias. Entre 1000 a.C. e o início da era cristã, os Aquiry dominavam a geometria, criando desenhos colossais com ferramentas rudimentares de madeira e pedra. Curiosamente, seu desaparecimento coincide com o abandono de sítios no deserto de Yacatan, no México, sugerindo possíveis conexões culturais ou impactos climáticos que abalaram civilizações nas Américas.
Entre 15 e 20 deste mês, Ranzi e sua equipe descobriram novos geoglifos em Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas, anunciados em coletiva no dia 22, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Manaus. Com mais de mil geoglifos catalogados, Ranzi acredita que o número total seja ainda maior. “No Amazonas, o trabalho com os geoglifos está apenas começando”, declarou. A pesquisa, que reúne arqueólogos, geógrafos, ecólogos, engenheiros e arquitetos, reflete a complexidade dessas estruturas. Descobertos inicialmente em 1977, por Ondemar Dias com a participação de Ranzi, então estudante, os geoglifos ganharam visibilidade com o desmatamento e, a partir dos anos 2000, com tecnologias como imagens de satélite do Google Earth e LIDAR, que revelam formas sob a vegetação densa.
A redescoberta dos geoglifos reescreveu a história da Amazônia, antes vista como um vazio cultural. Ranzi, que estuda essas estruturas há 30 anos, publicou obras como Geoglifos do Acre: ado Profundo e Amazônia: Os Geoglifos e a Civilização Aquiry (com Martti Pärssinen), além de artigos em revistas renomadas como Science e The Guardian. Suas colaborações com instituições como a Universidade de Helsinque culminaram na indicação dos geoglifos como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2015. Essas descobertas revelam uma Amazônia vibrante, com sociedades complexas, desafiando narrativas eurocêntricas e reforçando a urgência de preservar esse legado para entender a história da humanidade.
A busca de Ranzi transcende fronteiras e inspira o mundo. Seus estudos abrem janelas para um ado em que a Amazônia era um polo de inovação cultural, com povos que moldaram a paisagem com precisão e propósito. A cada novo geoglifo descoberto, reforça-se a importância de proteger a floresta, não apenas como ecossistema, mas como arquivo vivo da história humana. As expedições de Ranzi são mais que ciência: são um convite a repensar nossa relação com o ado e a reconhecer a genialidade dos povos que, há milênios, transformaram a Amazônia em um cenário de monumentos eternos.”Nós esperamos que num futuro breve as imagens estejam nas cartilhas. Que nos livros que se dão aula não tenham só as pirâmides do Egito, Mesopotâmia, tenhamos as nossas relíquias do nosso povo aqui da Amazônia”, afirmou Ranzi.
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Operação conjunta da PF e Polícia Civil prende homem por tráfico e porte ilegal de arma em Brasiléia
Suspeito foi detido nesta sexta-feira (23) durante operação e encaminhado à Delegacia da PF em Epitaciolândia

Após a abordagem e apreensões, o suspeito foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal do Acre, onde teve o auto de prisão em flagrante lavrado. Foto: cedida
Uma ação integrada entre a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Estado do Acre resultou na prisão em flagrante de um homem (identidade não revelada) no Bairro Ferreira Silva, na cidade de Brasiléia, interior do estado, nesta sexta-feira (23). O suspeito é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas, além de porte ilegal de arma de fogo e posse de diversas munições, crimes que atentam contra a segurança pública local.
A operação conjunta, fruto de investigações e do trabalho de inteligência das duas corporações, culminou na abordagem do indivíduo em um ponto estratégico da cidade. Durante a ação policial, foram realizadas apreensões de materiais ilícitos que confirmaram as suspeitas iniciais contra o homem detido.
Após a captura e a coleta das evidências, o suspeito foi conduzido pelos policiais até a Delegacia da Polícia Federal localizada na cidade vizinha de Epitaciolândia. Na unidade policial, foi lavrado o auto de prisão em flagrante, formalizando a detenção do acusado e dando início aos procedimentos legais cabíveis.
As autoridades informaram que o caso continua sob investigação para apurar a extensão das atividades criminosas do detido e identificar possíveis cúmplices ou conexões com redes maiores de crime organizado que atuam na região de fronteira. Novas informações sobre o desdobramento do caso deverão ser divulgadas pelas forças de segurança nos próximos dias, à medida que as investigações avançarem.
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Governo do Acre classifica manifestantes no GCF como ‘desordeiros’ e acusa grupo de agir com motivação política
Nota oficial afirma que protesto tentou manchar imagem do estado diante de representantes internacionais
Após o protesto que interrompeu o discurso do governador Gladson Cameli durante a abertura do Segmento de Alto Nível do GCF Task Force, nesta sexta-feira (23), na Universidade Federal do Acre (UFAC), o Governo do Estado divulgou nota oficial classificando os manifestantes como “desordeiros” e acusando o grupo de agir com interesses “particulares e políticos”.
Durante o ato, integrantes de movimentos sociais, indígenas e organizações ligadas à juventude comunista usaram faixas e palavras de ordem como “o agro é morte”, criticando a política ambiental do governo e a presença do agronegócio no evento. No primeiro momento, o governador se disse aberto a manifestações democráticas. Contudo, diante do aumento da tensão, os manifestantes foram retirados aos gritos por seguranças após tentativa de tomar o microfone.
Na nota oficial, o governo afirmou que o GCF é um espaço plural, voltado ao diálogo sobre questões ambientais e sociais, com representantes de 11 países. “Infelizmente, esse não foi o intuito dos manifestantes, que apenas tentaram manchar a imagem do Estado e causar prejuízos à organização do evento e aos participantes”, afirmou o texto, assinado pelo próprio governador.
O comunicado finaliza com um pedido de punição aos responsáveis pelo protesto e ressalta que a atitude do grupo “contrasta com o espírito pacífico e hospitaleiro do povo acreano”.
O episódio reacende o debate sobre liberdade de expressão, protestos sociais e os limites da repressão em eventos públicos financiados por instituições nacionais e internacionais.
NOTA DE REPÚDIO DO GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
A respeito dos acontecimentos ocorridos na manhã de hoje, sexta feira 23/05 durante o encerramento da reunião GCF Task Force na Universidade Federal do Acre, o governo do estado informa que:
Tradicionalmente, as reuniões do GCF são oportunidades para a discussão e adoção de medidas concretas para o equilíbrio das questões ambientais, sociais e econômicas em benefício do desenvolvimento das populações que vivem na floresta. O evento é aberto para a participação de iniciativas individuais e em grupo através da contribuição positiva com ideias e posicionamentos. Infelizmente não foi o que se viu na atuação desse grupo que agiu com interesses exclusivamente particulares e políticos.
Essa iniciativa dos desordeiros só tentou causar prejuízos aos participantes, à organização e infelizmente manchar a imagem de todos os acreanos que tradicionalmente são conhecidos como pacíficos e hospitaleiros.
Diante do fato, o governo condena veementemente o acontecido, se compromete com a investigação e punição dos responsáveis enquanto segue compromissado com a democracia e a liberdade, uma responsabilidade contínua desta gestão que exige a participação ativa de todos.
Gladson de Lima Cameli
Governador do Estado do Acre
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