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TST estabelece regras para paralisação de funcionários da Eletrobras
Se a decisão for descumprida, as entidades sindicais que representam a categoria poderão ser multadas em até R$ 100 mil diários.
A Justiça trabalhista determinou que ao menos 75% dos trabalhadores de cada uma das empresas do grupo Eletrobras deverão trabalhar normalmente caso a paralisação de 72 horas anunciada para começar à zero hora desta segunda-feira (11) se concretize
A determinação é do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Mauricio Godinho Delgado. Embora considere legítimo o direito da categoria à greve, o ministro considerou que, dada a essencialidade do serviço, o percentual mínimo proporcional às funções dos empregados deve ser respeitado. Se a decisão for descumprida, as entidades sindicais que representam a categoria poderão ser multadas em até R$ 100 mil diários.
Relator do dissídio coletivo de greve, instaurado na última sexta-feira (8), o ministro Godinho itiu que o pedido da Eletrobras para que a greve seja considerada abusiva ainda voltará a ser discutido no curso do processo.
“Viés político”
Ao analisar a alegação de que o movimento tem “viés político”, o ministro apontou que, além de observar as diretrizes da Lei de Greve, os profissionais têm interesse legítimo na preservação da empresa, dos postos de trabalho e das condições profissionais e contratuais.
Uma das motivações dos eletricitários ao paralisar as atividades por 72 horas é protestar contra os planos do governo federal de privatizar a estatal.
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) alega que a transferência das distribuidoras de energia do grupo para a iniciativa privada vai resultar no aumento das tarifas de energia elétrica, ameaçando a soberania nacional no planejamento e na operação da matriz energética.
Segundo a FNU, o movimento deve parar, até a 0h de quarta-feira (13), as áreas istrativas e atividades fins, como operação e manutenção de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia: Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletrobras e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), além das distribuidoras do Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas. De acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), os serviços essenciais não serão afetados.
A Eletrobras garantiu que está providenciando as medidas necessárias para assegurar aos empregados que não aderirem à paralisação o livre o a seus postos de trabalho.
Privatização
Na semana ada, o Tribunal de Contas da União (TCU) a publicação do edital de privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras.
A intenção do governo é finalizar o processo até 31 de julho, mas uma decisão da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo. Segundo o governo, a privatização da Eletrobras vai elevar o nível de eficiência e levar dinamismo à empresa.
Atualmente, o governo federal detém 63% do capital total da Eletrobras, sendo 51% da União e outros 12% do BNDESPar. A empresa responde pela gestão de 32% da capacidade de geração de energia instalada no país, atuando na distribuição em seis estados das regiões Norte e Nordeste.
Além disso, o grupo é responsável por 47% das linhas de transmissão de energia do país e possui usinas de vários tipos, como hidrelétricas, eólica, nuclear, solar e termonuclear.
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Fispal Sorvetes 2025: Empresários do Acre experimentaram novas cores e sabores para um segmento mais inovador
Encontro do mercado sorveteiro é o principal evento de alimentação da América Latina

O evento tem um papel fundamental para ajudar as indústrias e sorveterias a estarem preparadas para acompanhar uma nova demanda apresentada pelo mercado. Foto: cedida
Uma comitiva com 13 empresários acreanos participa, de 27 a 30 deste mês, em São Paulo, da maior feira de Food Service e Sorvetes do país. O encontro é considerado como uma plataforma de conexão, negócios e troca de conhecimento do setor de food service na América do Sul e reúne empresas especializadas, além de palestrantes, workshops de soluções, equipamentos, utensílios, higiene e limpeza profissional, embalagens, entre outros.
A Fispal Sorvetes é um importante evento para o setor de alimentação fora do lar da América do Sul e se consolidou, ao longo dos anos, como referência em inovação, conhecimento e transformação do mercado, reunindo profissionais de toda a cadeia produtiva através de uma plataforma estratégica para o lançamento de produtos, apresentação de novas tecnologias e promoção do desenvolvimento sustentável do setor.
De acordo com o presidente do Sindsorvetes/AC, Agacis de Lima, o evento tem um papel fundamental para ajudar as indústrias e sorveterias a estarem preparadas para acompanhar uma nova demanda apresentada pelo mercado.
“Foram dias de muito aprendizagem e inovação para os empresários e seus negócios, sendo possível trocas e conhecimentos de novas tecnologias, nos preparando para atender o setor que está em constante transformação. Inclusive quero agradecer a FIEAC e ao Sebrae que nos oportuniza participar de grandes eventos como esse que fortalece ainda mais nosso segmento”, destacou o presidente.
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Senador Marcos Rogério critica postura de Marina Silva após embate no Senado sobre BR-319
Em entrevista à Rondônia Rural Show, parlamentar lamentou saída da ministra de audiência e acusou “rigidez ideológica” do governo em debate sobre infraestrutura

Segundo o senador, o ime envolvendo questões ambientais e a resistência do Ministério do Meio Ambiente têm atrasado sua reestruturação e impactado negativamente a economia local e nacional. Foto: cedida
O senador Marcos Rogério (PL-RO) voltou a criticar publicamente a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante participação na 12ª edição da Rondônia Rural Show nesta sexta-feira (30). Em entrevista ao jornalista Eduardo Kopanakis no estúdio do SGC, o parlamentar comentou o tenso embate ocorrido na Comissão de Infraestrutura do Senado na semana ada, quando a ministra deixou a audiência após discussão acalorada sobre as obras da BR-319.
Durante a conversa, Marcos Rogério lamentou a postura da ministra Marina Silva, que deixou a sessão após uma discussão acalorada. “É muito triste ver uma ministra abandonar uma audiência tão importante, especialmente quando estamos tratando de um tema essencial como a BR-319”, afirmou. Para o senador, a ausência de diálogo e a rigidez ideológica de setores do governo federal comprometem o progresso nacional.
A BR-319, rodovia que liga o estado do Amazonas ao restante do país, foi apontada por Marcos Rogério como uma via crucial para o desenvolvimento da região Norte. Segundo ele, o ime envolvendo questões ambientais e a resistência do Ministério do Meio Ambiente têm atrasado sua reestruturação e impactado negativamente a economia local e nacional.
“O que vemos é um governo que, muitas vezes, se torna obstáculo ao desenvolvimento. A BR-319 é uma necessidade para milhões de brasileiros e não pode ser travada por visões radicais e desconectadas da realidade de quem vive na Amazônia”, declarou o senador.
O parlamentar também enfatizou que a ministra está sozinha e não tem condições de permanecer no cargo e se depender dele ela não volta a participar do debate na comissão do senado.

Marcos Rogério lamentou a postura da ministra Marina Silva, que deixou a sessão após uma discussão acalorada. Foto: cedida
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Hugo Motta tenta destravar anistia e envia nova proposta a Bolsonaro
Hugo Motta enviou a Jair Bolsonaro uma nova versão do PL da Anistia e deve se encontrar com ex-presidente para discutir o novo texto

Bolsonaro ficou de analisar o conteúdo e deve dar uma resposta na próxima semana. Há expectativa de que ele se reúna pessoalmente com Motta para discutir o assunto. Foto: cedida
Em nova tentativa de destravar o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) uma minuta com uma versão alternativa da proposta.
Segundo aliados de Bolsonaro, o texto enviado por Motta seria uma versão “mais leve” do projeto original — com maior chance de aprovação no Congresso e menos risco de ser barrado pelo Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro ficou de analisar o conteúdo e deve dar uma resposta na próxima semana. Há expectativa de que ele se reúna pessoalmente com Motta para discutir o assunto.
Caso receba o aval de Bolsonaro, o texto poderá ser apresentado como um substitutivo ao atual projeto, destravando uma pauta que tem travado os trabalhos na Câmara durante o primeiro semestre de 2025.
Câmara assume protagonismo
Aliados afirmam que Hugo Motta decidiu assumir o protagonismo das negociações. O deputado já teria procurado o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para buscar uma saída viável.
Até agora, as tratativas em torno da anistia vinham sendo conduzidas principalmente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em diálogo com ministros do STF — o que desagradou à ala bolsonarista. Para integrantes do PL, o texto vindo do Senado era visto como uma “rendição” à narrativa do ministro Alexandre de Moraes sobre os atos do 8 de Janeiro.
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